"mas não é pela diferença de valores que se "justifica" a recarga, mas antes pelo gozo que dá e sobretudo pelo prazer de estarmos a atirar com tiros "feitos" por nós"

Concordo plenamente, não é só €€€, é também o prazer ás vezes desconcertante da recarga...

100% de acordo Alfenim.
E tb como diz um amigo que tb tem este Hobby, "nunca gostei de comida pronta a comer!"

Outra curiosidade, o fecho em estrela em seis ou em 8, qual o motivo ou qual a vantagem ?

Luis Batista

Luis Manuel Batista escreveu:

Outra curiosidade, o fecho em estrela em seis ou em 8, qual o motivo ou qual a vantagem ?

Luis Batista

Boa pergunta!

Há quem diga que em 8 fecha mais o tiro.
Quanto a mim, e já testei isso, só serve para não deixar cair o chumbo. Não vejo grandes diferenças entre 6 ou 8.

Abraço

Ensaios que fiz á uns anos, baixava ligeiramente a velocidade.
Como fiz os testes só por curiosidade, desliguei-me do assunto, no entanto e pela lógica, como diminui a pressão............menor dispersão.......

Não notei diferenças significativas na velocidade entre os dois fechos.

Amigos, não sou bem dessa opinião....
Antes de mais, diga-se, nunca testei em nenhum "aparelhómetro" as diferenças de pressão/velocidade dos cartuchos fechados em 6 e em 8, pelo que o que vou expôr resulta mais "do que me parece" das experiências que fiz....a ideia que vos deixo é que se "fizerem tudo igual" (aperto inclusive...) no mesmo cartucho carregado em 6 e em 8, o carregado em 8 "bate mais"...à partida parece-me ter mais pressão... depois também "me parece" que um fecho em 8, porque "vinca mais" o fecho do cartucho que o de 6, ficará com mais resistência no fecho e como tal dará mais pressão...
Depois, também em termos empíricos, conclui o mesmo há uns anos numa experiência que a Ex.Miratiro fez com um cartucho que usava na competição - o Rocket 28 - que, se carregado com a AS e com a mesma dosagem, "batia bem mais" com o fecho em 8 e até "abria mais" o tiro!!!

Mas, amigo Rogério, "bora lá nisso"....faça lá a experiência "certinha direitinha" (mas pese bem antes a pólvora e o chumbo, claro...) na sua maquineta e depois diga-nos da sua ciência....
Abraço

Assim faz mais sentido Denis!

Mas já à uns anos testei e não notei diferenças. Mas não me importo de repetir

AH! Só mais uma "achega": nas 28 grs., quando carrego fechado em 8, diminuo a pólvora em 0,02...faço esse tiro com a AS e como fica "geitoso"...
O amigo Rogério até já os testou a pensar que eram os FOB originais......

Qual é a carga que faz com a AS amigo Denis?

Hélio escreveu:

Qual é a carga que faz com a AS amigo Denis?

Reporto-me às 28grs....e cartuchos fechados em 6.
Antes de mais temos que ter em consideração o invólucro....os "espanhois" têm o fundo ligeiramente mais alto que os da Nobel Sport, pelo que temos que levar em consideração tal facto no aperto final do cartucho...com os da Nobel sport "dou-lhes" 56,5 e com os espanhois menos 1mm,ou seja, 57,5.
Fulminante: o "espanhol" ou então o Fiochi 616 (até gosto mais deste para a AS...)
Bucha "Vitor Lopes" para 28grs.....
Cargas de pólvora: Tempo quente 1,38; tempo frio, 1,4.
Quanto à carga de chumbo não "meta" mais que 28grs... e se diminuir até 1/2 grama não perde nada com isso!!!!!
Se fechados em 8, diminuo 0.02 na carga de pólvora...aliás é a carga que estou a usar agora nos pratos e "funca" que é um luxo....!
Atenção que a AS é muito sensível às diferenças de apertos ou alturas da bucha....o ideal é ter um aperto que praticamente "só encoste" a bucha à pólvora...é o que acontece com as cargas que refiro pois a bucha do Vitor Lopes tem um copo alto e por isso fica mais "fundo" a carga de chumbo....aconselho-o a, no início, fazer a experiência em cartuchos transparentes que lhe deixem ver a carga....

Abraço

Caros colegas dos carregamentos<

Estive a reparar no site onde compro o material de recarga, que os cartuchos da Fiochi e da Chedite aparecem com uma denominações de T1 e T2 e T3... O que é que querem dizer estas denominações, assim como o Shived and no shived????

O mais engraçado é que depois estive a ver os rebordadores para finalizar o fecho e eles aparecem também com essas denominações, T1, T2 e T3...

Obrigado colegas

T1 / T2 / T3 nos invólucros correspondem á altura da copela (T1 8mm / T2 12mm /T3 16mm....T5 25mm)
Shived significa que a parte superior do invólucro é cónica ou seja a parede interna do plástico tem menos espessura.

Qt aos rebordadores, a designação de T1 / T2 e T3 significa as várias alturas desde a parte superior do rebordo do cartucho depois de fechado até ás "petalas da estrela.

Obrigadissimo:)

vvbaptista escreveu:

Obrigadissimo:)

Complemento de informação relativamente aos rebordadores:

N.1 Bobina per chiusura stellare "a becco di civetta" con polveri vivaci e caricamenti leggeri 24-28gr.
N.2 Bobina Universale la più usata per chiusura stellare "a becco di civetta" per la massima resa con cartucce da 30-36gr.
N.3 Bobina Universale per chiusura stellare e tonda, adatta a polveri con combustione medio-lenta per caricamenti 38-42gr
N.4 Bobina per chiusura stellare, adatta a polveri progressive a combustione lenta, consigliata per caricamenti magnum e supermagnum.

Pode ser dos meus olhos, mas pouca ou nenhuma diferença noto entre as peças que tenho...
O meu método é o seguinte:

Carrego cartuchos com uma Hornady Pacific DL 366 e saem quase perfeitos, mas sem aquele fecho quase igual ao de compra, depois aplico-lhe o rebordador ligado a um berbequim ( engenho de furar) e ficam practicamente iguais aos de compra:)
Mas nesta fase, não noto quase diferença nenhuma entre um t1 um T2 e um T3... pode ser dos meus olhos...
Aliás qualquer um deles já usei para fazer cartuchos dispersor com Rebordo normal e ficam perfeitos:)
Abraços

Bem, quanto a esta questão, pois há diferenças sim senhor...e algo significativas....
Tenho 3 cabeças de rebordar, uma n.1, outra 3 e uma terceira, a que uso "para tudo" da qual não sei o nº mas que faz um fecho intermédio, que quero acreditar corresponda ao 2....
As diferenças que noto estão na espessura do rebordo...a n.º 1 faz mesmo um rebordo "fino", até demais para meu gosto...se carregarmos com uma bucha "alta", tipo carregar 28grs. de chumbo com uma bucha para 24, se a bucha for "dura" (tipo Sulbeja para 24grs.) até há dificuldade no cartucho "fechar bem" já que a pressão do chumbo faz levantar o fecho no meio, na zona de confluência das "pétalas"...
Por sua vez a n.3, talvez por estar já muito "gasta" faz um rebordo miserável.....
A que uso regularmente faz um rebordo "XPTO" e com mais ou menos altura na coluna de rebordar fica sempre um fecho perfeito....

Amigo Denis,

Obrigado pelas preciosas dicas sobre a AS.

Ainda bem que me alertou para a altura do fundo do invólucro.

Boas
Quem têm alguma duvida, aqui no fórum á sempre alguém para tirar essa duvida
Tanto faz nas leis...Como nos testes, ninguém fica com a duvida

Cumprimentos

denis cruz escreveu:

Amigos, não sou bem dessa opinião....
Antes de mais, diga-se, nunca testei em nenhum "aparelhómetro" as diferenças de pressão/velocidade dos cartuchos fechados em 6 e em 8, pelo que o que vou expôr resulta mais "do que me parece" das experiências que fiz....a ideia que vos deixo é que se "fizerem tudo igual" (aperto inclusive...) no mesmo cartucho carregado em 6 e em 8, o carregado em 8 "bate mais"...à partida parece-me ter mais pressão... depois também "me parece" que um fecho em 8, porque "vinca mais" o fecho do cartucho que o de 6, ficará com mais resistência no fecho e como tal dará mais pressão...
Depois, também em termos empíricos, conclui o mesmo há uns anos numa experiência que a Ex.Miratiro fez com um cartucho que usava na competição - o Rocket 28 - que, se carregado com a AS e com a mesma dosagem, "batia bem mais" com o fecho em 8 e até "abria mais" o tiro!!!

Mas, amigo Rogério, "bora lá nisso"....faça lá a experiência "certinha direitinha" (mas pese bem antes a pólvora e o chumbo, claro...) na sua maquineta e depois diga-nos da sua ciência....
Abraço

Partilho da opinião do confrade Denis. Os Melior Esp.Batida Plus são, ou eram, um bom exemplo de um cartucho fechado a 8 com pressão suficiente pra excelentes tiros médios ao contrário dos seus "irmãos" Esp.Batida que eram para tiros largos. Mudava o fecho, 1 grama de chumbo e praticamente mais nada.

Questionário/interrogatório, baseado nos L32/grives.
- Todos os intervenientes que aqui postaram, foram unanimes em dizer que era um excelente tiro, tanto em velocidade, perfuração e boa distribuição.
- Depois temos o pessoal que carrega, onde também são unanimes a dizer que os seus carregamentos são mais eficazes com a carga da pólvora no mínimo a 1,7.
- Vindo estes cartuchos com 1,63, com essa quantidade de pólvora e os mesmos fulminantes Chedite 2000 ou Nobel sport 688, não está sujeito a que os canos fiquem um pouco diferentes?
- Se temos um tiro que até nem bate muito e que é eficaz é trocado por outro que fica mais caro, menos confortável e dá trabalho, qual a justificação da troca ?
- Se estamos a utilizar uma maquina na casa dos 300/400€, a carga da pólvora é colocada manualmente uma a uma ou os pesos da maquina tem variações mínimas? É que se as eletrónicas são o que são com determinadas pólvoras, estas mais baratuchas não sendo viáveis e tendo de pesar tudo à mão torna-se uma grande renda.

Luis Batista

P.s. Não é obrigatório responder se estiver em segredo de justiça.

Boa noite Luis,

Acho que não há segredo de justiça.
Todos nós sabemos que as pólvoras perdem rendimento com o frio e com a humidade e também sabemos que cada fulminante é diferente, nos meus testes o CX2000 é mais fraco do que o 688.
O motivo que leva a colocar mais 0,07g de pólvora é para tentar anular a quebra de rendimento. Parece-me que a Dechatlon tinha na sua página que esse cartucho dava cerca de 390m/s medidos a cerca de 20º, ora quando chegamos ao Inverno, com temperaturas próximas do 0º esses 390m/s vão quebrar uns 10, 15m/s.
Na minha opinião, 390m/s é o mínimo que um cartucho deve ter e cerca de 415, 420m/s de velocidade máxima. Quer seja de Verão ou de Inverno.
Ainda pode haver mais um motivo para colocar mais 0,07g de pólvora, imagine que o fecho é menor, o cartucho irá ficar com menos pressão, o que pode originar um tiro ainda mais suave do que as tais 1,63.

As máquinas manuais quase nenhuma é precisa, ou mesmo nenhuma. Todas têm variações, que dependem do estado da mesma e da pólvora que se utiliza, assim como o chumbo. As minhas variam cerca de 0,03g de pólvora, máximo. Mesmo assim não é por aí que deixará de haver homogeneidade nos cartuchos. Só juntando um grande numero de factores é que poderá dar uma grande discrepância nos resultados. Os factores que falo são buchas de peso diferente, de diâmetro diferente (e estou a falar de buchas do mesmo lote) fulminantes com diferentes prestações, e da qualidade do chumbo, pois porque se não tiverem todos o mesmo diâmetro, dentro da mesma medida cabem mais ou menos chumbos.
Mas juntar todos estes factores num cartucho ui ui, era preciso ter azar.

A vantagem das máquinas eletrônicas é só uma, o vibrador. Agora também já existem modelos manuais e com vibrador. Este vibrador obriga a que as cargas de pólvora e chumbo sejam mais homogeneas, e com a maquina a trabalhar a velocidades correctas originam carregamentos de qualidade.

Abraço

Amigo Luís Batista, se abrir uns L32 Gives e lhe retirar a A1 que vem neles, e depois com os mesmos restantes componentes os carregar com o mesmo aperto mas com 1,63 da A1 comercializada e carregada por cá, verá que já não irá ter a mesma performance nos tiros, aliás, nem no aspecto a A1 que vem nesses (e em outros cartuchos de origem Francesa) é bem igual à comercializada por cá

Se abrir dois L32 e depois com a pólvora que vem neles carregar um cartucho com 1,70gr, verá que a pastilha é muito mais rija que os carregados por cá com 1,7 ou 1,75gr da A1 por cá comercializada em barricas.

A A1 que tenho visto por cá (que não sei se é fabricada na NobelSport Itália, ou na NobelSport França) tem uma cor mais clara e sem "verniz", a outra que vem nos L32 e nos FOB Grives é mais grafitada (tipo um verniz brilhante) e de cor mais verde.

Ainda, os L32 já os apanhei com diversas doses (de 1,53 a 1,65gr) mas sempre com o mesmo rendimento final, o que é natural, uma vez que, até de lote para lote a mesma pólvora poderá apresentar algumas variações na concentração dos seus compostos químicos, razão pela qual as fábricas vão verificando no canhão balístico o rendimento quando passam para novo lote de pólvora, e corrigindo a dose de forma a obterem nos tiros a mínima variação de rendimento.

Abraço

Amigo João Rodrigues, agradeço desde já o seu comentário.
Entendo pela sua descrição, que vamos ter o mesmo problema aquando da aquisição dos cartuchos carregados. A diferença aqui é mais fácil de resolver, (à exceção do trabalho que dá) que é a da compra de uma quantidade maior de pólvora do mesmo lote.

Luis Batista

Amigos, como já tenho postado praticamente ´so uso cartuchos na caça carregados por mim...mas no ano passado uns amigos meus pediram-me que levasse da Decathlomn do Montijo uns quantos e lá fiquei com uma "caixita" (de 25) para mim...e em má hora já que na semi-automática, em tiros mais "larguitos", os tordos "eram rijos"..só largavam penas....ou seja, faltava perfuração!!!
No demais, tanto quanto o Rogério expõs, como o João, "fala quem sabe..."