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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Ter maio 27, 2014 11:57 pm
Feira dos Pássaros em Arcos de Valdevez [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] ARCOS DE VALDEVEZ – Decorreu no passado domingo, dia 18 de maio, no Campo do Trasladário, em Arcos de Valdevez, a Feira dos Pássaros. Uma iniciativa organizada pela loja Exóticos do Vez e que tem como objetivos a promoção de espécies como, entre outras, canários, agaponis, periquitos, diamantes gould e papagaios. Todos os interessados terão também ao dispor todo o tipo de acessórios e alimentação relacionada com estes animais. A Feira esteve aberta ao público das 10h00 às 17h00. Este é mais um evento ao qual a Câmara Municipal se associa, pensando na atração de visitantes e na geração de dinâmica económica e turística do concelho. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
José Luis Moderador
Sexo : Nº. Mensagens : 4367 Idade : 54 Localização : Lisboa Ocupação : Metalurgico Humor : De tudo Data de inscrição : 25/05/2011 Pontos : 4927
Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Ter maio 27, 2014 11:59 pm
Predadores da Noite” em foco no Centro Ciência Viva do Alviela
O Centro Ciência Viva do Alviela (CCVAlviela) promove no dia 17 de Maio, pelas 16h30, a actividade "Predadores da Noite". Com base nos animais noctívagos, irá falar-se de aves de rapina nocturnas, com Ana Marques do Projecto TytoTagus, do lobo ibérico com Francisco Petrucci-Fonseca, do Grupo Lobo, e de morcegos com Maria João Silva, do CCVAlviela.
A par de toda a aprendizagem sobre os diferentes animais haverá um pic-nic partilhado, observação de aves de rapina no seu habitat e um passeio até à entrada de uma gruta para ver a saída dos morcegos para caçar. As inscrições são obrigatórias e devem ser feitas através do número 249881805 ou do email [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link].
A iniciativa é realizada com a colaboração do Grupo Lobo e da Universidade de Évora para comemorar o Dia Mundial das Famílias e o Dia Internacional da Diversidade Biológica.
Milhões de aves migratórias são anualmente caçadas ilegalmente e envenenadas antes de chegarem ao seu destino durante as longas viagens que fazem no inverno para se reproduzirem, indicam dados divulgados esta sexta-feira por ocasião do Dia Mundial das Aves Migratórias.
A Sociedade de Ornitologia da Espanha, um dos Estados mais importantes do mundo para estudar o fenómeno da migração das aves, refere que apenas no país, especialmente na bacia do Mediterrâneo, cerca de cinco milhões de aves migratórias são abatidas. Anualmente, passam pelo Estreito de Gibraltar mais de 250 espécies de aves que viajam de seus locais de reprodução na Europa para os locais de invernada em África. Por ocasião da efeméride, que se comemora este fim de semana, a Sociedade Espanhola de Ornitologia (SEO/BirdLife) e outras Organização não-governamentais ambientais apelaram para necessidade de se proteger essas espécies, muitas delas ameaçadas de extinção. Citada pela EFE, Ana Bermejo, do programa "Migra" SEO/BirdLife, explicou que, durante a migração, muitas aves são caçadas, envenenadas e veem os seus habitats destruídos, além de que os poucos pontos de descanso estão a desaparecer. “Outro problema da ação humana é a instalação de turbinas eólicas em corredores de migração de pássaros e poluição luminosa, a principal causa de desorientação em voo das espécies”, disse Ana Bermejo. O programa "Migra" introduziu recentemente um projeto que permite fazer o rastreamento dessas espécies durante o percurso, bem como controlar os riscos que correm, o tipo de alimentação que consomem e a dispersão dos pássaros menores de idade. No âmbito desta iniciativa, a SEO/BirdLife lançou este ano uma campanha denominada “Voar, Viajar, Viver” que visa sensibilizar os governos sobre as ameaças a que os pássaros estão sujeitos, adotando ações de combate à caça ilegal. Face à elevada escalada de caça ilegal de aves migratórias, em 2006, as Nações Unidas adotaram o 11 de maio como Dia Mundial das Aves Migratórias, um tema de eleição dos naturalistas que consideram que o comportamento dessas espécies se tornou um indicador de saúde dos espaços naturais e do clima.
José Luis Moderador
Sexo : Nº. Mensagens : 4367 Idade : 54 Localização : Lisboa Ocupação : Metalurgico Humor : De tudo Data de inscrição : 25/05/2011 Pontos : 4927
Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Qua maio 28, 2014 12:07 am
Dia Mundial das Aves Migratórias: EVOA é paraíso português para as aves LISBOA – O Dia Mundial das Aves Migratórias (World Migratory Bird Day – WBMD), celebrado este sábado, dia 10 de Maio, é uma iniciativa global dedicada a valorizar a importância das aves migratórias e a promover a sua conservação em todo o mundo. A Brisa – Auto-estradas de Portugal alia-se ao EVOA – Espaço de Visitação e Observação de Aves naquele que é um dos maiores projetos de turismo da natureza de Portugal, no âmbito do birdwatching. O tema escolhido, este ano, para o Dia Mundial das Aves Migratórias é o turismo e as aves migratórias, concentrando-se na observação da vida selvagem e no turismo sustentável, como um veículo para a conservação de aves migratórias e seus habitats. O EVOA é um projecto multifuncional que tem como objectivo a divulgação e conservação da avifauna do Estuário do Tejo e da Lezíria de Vila Franca de Xira, aliando-a a uma vertente didáctica e de preservação. Para as aves, o estuário do Tejo é uma autêntica “área de serviço” durante as suas passagens migratórias, constituindo o local ideal de repouso e alimentação. O EVOA apresenta-se, deste modo, como um local turístico inovador junto das principais rotas migratórias do mundo. Desde a sua criação e desenvolvimento que o Espaço conta com a Brisa como patrocinador fundador, que, no âmbito da iniciativa Business & Biodiversity, contribuiu para o projecto com metade do investimento total (cerca de 1.3 milhões de euros), e garantiu a elegibilidade do projecto a fundos comunitário, no âmbito do POR-Lisboa/QREN. Para a Brisa, o EVOA surge como uma componente fundamental na sua política de protecção e promoção da biodiversidade, além de ser um projecto da maior importância para a sustentabilidade da região de Lisboa e Vale do Tejo, e para referência nacional da viabilidade de projectos de conservação da natureza. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
José Luis Moderador
Sexo : Nº. Mensagens : 4367 Idade : 54 Localização : Lisboa Ocupação : Metalurgico Humor : De tudo Data de inscrição : 25/05/2011 Pontos : 4927
Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 9:33 pm
Abutres-barbudos podem salvar vidas Estudo conclui que abutres-barbudos poderão tratar e curar fibrose quística [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] Uma investigação da Universidade de Zaragoça concluiu que o material genético dos abutres-barbudos permitirá tratamentos mais eficazes e curativos da fribrose quística, doença que afeta o organismo, causando deficiências progressivas.
O estudo, realizado no laboratório de citogenética e genética molecular da Faculdade de Veterinária da Universidade de Zaragoça, centrou-se em comparar o gene humano que controla a síntese da proteína CFTR, responsável por numerosas doenças graves, e o gene dos abutres-barbudos, aves de grande porte também conhecidas como quebra-ossos.
A investigadora María Victoria Arruga disse à agência espanhola Efe que a comparação genética entre seres humanos e as aves justificam-se pelas «características do abutre-barbudo, que possui um aparelho de grande resistência a microorganismos».
As investigações genéticas são realizadas com o objetivo de obter vacinas para combate daquela enfermidade, que tem despertado o interesse da comunidade científica internacional.
A fibrose quística afeta pulmões, pâncreas, fígado e intestinos de uma em cada cinco mil pessoas e quatro por cento dos europeus são portadores do gene que ocasiona esta doença.
A Associação Nacional de Fibrose Quística calcula que nascem em Portugal por ano entre 30 e 40 crianças com esta doença genética.
João Gil Administrador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 9:42 pm
Muito bom...em grande
José Luis Moderador
Sexo : Nº. Mensagens : 4367 Idade : 54 Localização : Lisboa Ocupação : Metalurgico Humor : De tudo Data de inscrição : 25/05/2011 Pontos : 4927
Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 9:42 pm
Aves de Macau em alto risco
A construção intensiva e a poluição das águas continuam a ser ameaças para as aves que migram para as terras húmidas de Macau, alertam especialistas. Cláudia Aranda A densidade da construção em Macau e a poluição das águas são das principais ameaças à protecção das aves migratórias que encontram o seu habitat natural nas terras húmidas de Macau, zona eleita em 2013 como uma das dez “mais encantadoras” da China. “Há muita construção em Macau”, disse ontem Geils Loi, director adjunto da Macau Aves Society (MAS), uma das organizações que coordena a exposição “Paraíso das Aves” dedicada às terras húmidas de Macau inaugurada ontem no Jardim da Cidade das Flores, na Taipa. A mostra – organizada pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), juntamente com a MAS e o South China Institute of Endangered Animals – visa “educar e sensibilizar a população para a preservação da vida selvagem”, disseram os responsáveis. Geils Loi deu o exemplo da construção do túnel subterrâneo da Ilha da Montanha de ligação ao novo campus da Universidade de Macau, em Zhuhai, que “afectou bastante a zona de mangal”. As aves continuam a vir, mas há o risco de se afastarem, alertou Geils Loi. Leong Kun Fong, administrador do IACM, afirmou ontem, na abertura da exposição, que o Governo poderá vir a considerar construir mais terras húmidas nos novos aterros. Por sua vez, Joe Chan, presidente da União de Estudantes Macau Verde, contactado pelo PONTO FINAL, considera que Governo da RAEM deve, antes, concentrar-se na elaboração de um plano de longo prazo para “melhorar o habitat das aves migratórias”. “Estamos preocupados com o índice de poluição das águas por metais pesados, que é muito elevado”, disse. Na opinião de Joe Chan, o projecto de melhoria das terras pantanosas deverá passar por aperfeiçoar a qualidade das águas e por uma avaliação do impacto dos novos projectos de construção de casinos, sobretudo, na zona junto à reserva natural perto da Ponte de Flor Lótus, no Cotai.
José Luis Moderador
Sexo : Nº. Mensagens : 4367 Idade : 54 Localização : Lisboa Ocupação : Metalurgico Humor : De tudo Data de inscrição : 25/05/2011 Pontos : 4927
Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 9:43 pm
Macho ou fêmea? Pesquisadores desenvolvem método mais rápido e barato para determinar o sexo de aves recém-nascidas. Além de ser menos estressante para os animais, a nova técnica, que se baseia em raios X emitidos pela penugem, não prejudica o meio ambiente.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] Normalmente, a distinção do sexo das aves é feita a partir de características físicas que, no caso de pintinhos, só surgem quando eles têm quatro semanas de vida. (foto: Thomas Vlrerick/ Flickr – CC BY 2.0) Barato, rápido e ecologicamente correto. Assim pode ser descrito o método desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para determinar o sexo de aves recém-nascidas. Em apenas cinco minutos, a técnica é capaz de dizer com 100% de precisão se uma ave é macho ou fêmea – distinção imprescindível para a indústria avicultora e para o sucesso reprodutivo de aves silvestres ameaçadas de extinção. A técnica foi testada em 25 pintinhos recém-nascidos que ainda não tinham características físicas suficientemente desenvolvidas para a sexagem – nome dado ao processo de distinção entre macho e fêmea. Em apenas cinco minutos, a técnica é capaz de dizer com 100% de precisão se uma ave é macho ou fêmea Do primeiro ao oitavo dia de vida dos animais, a química Juliana Terra, que desenvolveu o método durante seu pós-doutorado na Unicamp, cortou diariamente uma pequena quantidade da penugem de cada um para analisar sua composição. “Nas penugens coletadas no oitavo dia de vida, foi possível detectar o sexo dos animais com 100% de acerto”, diz a pesquisadora. A distinção por características físicas costuma ser feita somente quando os pintinhos já têm quatro semanas de vida. Terra explica que, para fazer a sexagem, as amostras de penugem recebem radiação eletromagnética. Tal processo faz com que elétrons de camadas internas dos átomos que compõem a penugem sejam ejetados e o espaço deixado por eles passa a ser ocupado por elétrons oriundos de camadas externas. Quando esses elétrons se locomovem para as camadas internas, liberam energia. “Conforme a energia liberada, é possível saber qual átomo estava presente na amostra”, completa. “Além disso, a intensidade da radiação emitida é proporcional à concentração do elemento.” Ao medir a energia liberada pelas amostras irradiadas, Terra determina a concentração de enxofre presente na penugem. Tal elemento compõe a queratina, proteína que constitui, além das penas das aves, unhas, pele e pelos humanos e animais. “A rigidez e resistência das queratinas são consequências das ligações entre moléculas de enxofre e variam entre os sexos”, explica a química. “A causa dessa variação ainda não está clara, mas existem indícios de que a estrutura da proteína é diferente para machos e fêmeas e o mesmo ocorre para homens e mulheres.” Nos pintos, há maior concentração de enxofre na penugem dos machos em comparação à das fêmeas. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]Para analisar a composição da penugem das aves, a técnica desenvolvida na Unicamp utiliza raios X com intensidade 100 a 1.000 vezes menor que a dos usados na prática clínica. (foto: Juliana Terra) Atualmente, a sexagem de pintinhos recém-nascidos é feita por meio da identificação visual da presença ou ausência de um órgão masculino rudimentar. “Esse órgão pode ser identificado com 95% de acerto por profissionais bem treinados e a técnica é quase uma 'arte', devido à complexidade envolvida”, comenta Terra. A necessidade de especialistas torna o método caro e, por exigir que o profissional aperte a cloaca do animal, o procedimento é considerado estressante para as aves. “Há também métodos que envolvem análise citogenética, ultrassonografia e técnicas baseadas em DNA, mas eles são caros e/ou invasivos”, complementa a pesquisadora. Ela destaca que, futuramente, a proposta é utilizar equipamentos portáteis para medir os raios X, dispensando o corte da penugem do animal.
Vantagens para a indústria Por ser capaz de distinguir com precisão o sexo de aves com apenas oito dias de vida, o método se mostrou muito vantajoso para a indústria avicultora. Como cada sexo possui necessidades nutricionais diferentes, o avicultor evita o desperdício de ração e reduz os custos ao criar machos e fêmeas em locais separados. “O ideal é que a sexagem de pintinhos e a consequente separação por sexo ocorra o quanto antes”, diz Terra. O método foi testado apenas em pintinhos, mas pode ser adaptado para outras aves Além da aplicação na indústria, a nova técnica pode ser útil no combate à extinção de algumas espécies de aves silvestres, já que a identificação do sexo é fundamental para o sucesso reprodutivo de espécies mantidas em cativeiro. A pesquisadora explica que mais de 50% das aves apresentam dificuldade de identificação dos sexos mesmo em idade adulta – caso de araras, papagaios e tucanos, que correm risco de se extinguir. São animais que não têm diferenças visíveis em seus órgãos genitais nem apresentam características secundárias que permitam a distinção sexual. Até agora, o método foi testado apenas em pintinhos, mas pode ser adaptado para outras aves. Terra acrescenta que o grupo envolvido na pesquisa optou por não patentear a técnica, apesar de sua aplicação comercial. “A proposta inicial do trabalho não envolveu apelo de mercado, mas a constatação de que a metodologia proposta poderia ser uma alternativa aos métodos vigentes”, completa.
José Luis Moderador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 9:49 pm
3 novas espécies de aves são encontradas em cidade baiana
Pesquisadores e analistas ambientais do Centro Nacional de Pesquisas e Conservação das Aves Silvestres (Cemave/ICMBio) descobriram novas espécies na Floresta Nacional (Flona) no município de Contendas do Sincorá, centro-sul baiano. As aves identificadas são o falcão-relógio, maior representante do gênero e também predador de outros grandes pássaros, o falcão-de-coleira, de médio porte e que vive em áreas abertas da caatinga, cerrado, pastos, campos, praias e restingas, e o pica-pau-dourado-escuro, animal pequeno que está presente em vários tipos de habitats, como matas de terra firme, várzeas e pastagens arborizadas (com árvores). De acordo com o analista ambiental Diego Mendes, responsável pelos trabalhos, essas aves nunca tinham sido avistadas anteriormente na unidade, mas são relativamente comuns na caatinga e no restante do país. O objectivo agora é acompanhar as mudanças no número de espécies e quantidade de indivíduos. Tais dados podem ser influenciados pelo regime de chuvas, vegetação, manejo e impactos provocados pelo homem. Segundo Mendes, a intenção é fazer duas expedições ao ano nas unidades, uma na época da seca e outra no período de chuva. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] Pica-pau-dourado-escuro
"Estamos monitorando desde 2013 a Floresta Nacional (Flona) Contendas do Sincorá e 2012 a Estação Ecológica (Esec) Raso da Catarina. É um trabalho de médio e longo prazo e pretendemos incluir mais unidades de conservação com a ajuda de outras instituições de pesquisa e conservação. Daqui a seis ou dez anos, mais ou menos, teremos uma boa base de dados científicos para entender como está a qualidade no habitat dessas aves no bioma Caatinga", afirmou. Em onze dias de trabalho, foram catalogadas 109 espécies e contabilizadas 156 diferentes aves dentro da Flona. Também foram encontradas outras espécies fundamentais para a conservação da biodiversidade, como o rabo-branco-de-cauda-larga e o chorozinho-da-caatinga. Este projeto integra o programa de Monitoramento da Biodiversidade do Cemave. A próxima expedição na Flona está prevista para a estação seca na região, entre agosto e outubro deste ano. Com os dados obtidos, a Cemave pretende desenvolver programas de conservação da espécie e participar da gestão florestal por meio de subsídios na unidade de conservação. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] Falcão-de-coleira
José Luis Moderador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 9:53 pm
Fezes de rouxinol são usadas em tratamento anti-idade
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] Procedimento é feito com matéria-prima de espécie rara do pássaro e promete mais eficiência do que o botox
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] O tratamento custa mais de R$ 700 no Reino Unido Foto: Getty Images Um novo tratamento estético, que promete ter mais efeitos antienvelhecimento do que o botox, envolve o uso de fezes de pássaros no rosto. Chamado de Geisha Facial ou Rouxinol Facial – que é o pássaro responsável pela matéria-prima – o tratamento é considerado eficaz contra acne e cicatrizes e já foi adotado por famosos como Victoria Beckham, Tom Cruise e até por Harry Styles, do grupo One Direction. As informações são do Daily Mail.
As fezes são de uma espécie de rouxinol nativa da ilha japonesa de Kyushu e, devido à raridade, a aplicação tem custo alto, chegando a mais de R$ 700 uma sessão de 90 minutos, no Reino Unido. O excremento do rouxinol era usado já no século 17 no Japão, para reparar os danos causados pela maquiagem em gueixas. Os pássaros são alimentados com dieta especial de sementes. Após a coleta das fezes, elas passam por tratamento com luz ultravioleta para esterilização e desidratação, são transformadas em um pó e enviadas a salões de beleza. Quando chega ao cliente, o tratamento é um pó com coloração amarela misturado a um pouco de farelo de arroz. O odor é forte e remete a mofo. A esfoliação é feita com auxílio de uma máquina de vapor. Depois é aplicada uma máscara e gaze por cima do rosto para hidratação. O procedimento promete ajudar no clareamento de manchas na pele e olheiras.
José Luis Moderador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 9:55 pm
LPN promove workshop sobre alimentação de aves necrófagas
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] A LPN - Liga para a Protecção da Natureza, promove, hoje, o workshop “Campos de Alimentação para Aves Necrófagas”. A iniciativa faz parte do projecto LIFE “Promoção do Habitat do Lince-ibérico e do Abutre-preto no Sudeste de Portugal”. Segundo a LPN, o workshop pretende “explicar o objectivo, funcionamento e vantagens da rede de campos de alimentação para aves necrófagas criada pelo projecto LIFE - Habitat Lince Abutre, no âmbito dos esforços para a conservação do abutre-preto ao nível regional”. A iniciativa acontece na Herdade dos Lameirões, em Safara, Moura. Destina-se ao público em geral e, em particular, a todos os produtores pecuários da área.
José Luis Moderador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 10:00 pm
China e Rússia monitorarão pássaros migratórios
Cientistas da China e da Rússia iniciaram conjuntamente um programa para monitorar os pássaros aquáticos migratórios nas regiões fronteiriças para evitar e controlar melhor os surtos de doenças.
O programa é realizado de acordo com um plano de ação sobre a proteção de animais raros, assinado pelos dois países em 2012, disse Wang Xiaolong, professor da Universidade de Silvicultura do Nordeste, em um seminário sobre a administração e o controle de riscos ecológicos em Harbin, capital da Província de Heilongjiang, nordeste da China.
O programa pesquisará as condições de saúde e a segurança ecológica dos animais selvagens nas regiões circumpolares e participará da proteção da biodiversidade ártica, disse Wang.
O projeto também fará estudo sobre a influência na saúde aviária dos resíduos de pesticidas e vazamento de petróleo nas águas do mar extremamente frias, acrescentou.
A China e a Rússia compartilham uma fronteira de 4,3 mil quilômetros. Estima-se que cerca de 2,5 milhões de pássaros de mais de 200 espécies habitem a área fronteiriça ao leste de Heilongjiang.
A cada outono, as aves migratórias voam para as regiões no sul da China e aos países do sudeste asiático no inverno.
O programa de vigilância ajudará os cientistas a entender melhor as doenças comuns dos pássaros migratórios e evitar melhor os surtos das moléstias.
João Gil Administrador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 10:04 pm
Zé obrigado por nos dares a conhecer todas estas coisas...nem fazia ideia...
José Luis Moderador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 10:06 pm
Pássaro esperto pesca peixe com isca de pão A garça-real é conhecida justamente por suas habilidades par fisgar presas [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
A garça-real europeia é uma das aves mais inteligentes da natureza. Para caçar, a espécie desenvolveu uma técnica de pescaria única. As garças conseguem uma isca - geralmente um pedaço de pão - jogam na água e esperam um peixe fisgar. Após conseguir pescar a presa, ela ainda bate com ela em uma pedra para terminar de matá-la. Muito espertinha, não?!
José Luis Moderador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 10:07 pm
De nada Gil ,é sempre um prazer trazer material novo até aqui ,obrigado eu pela visita ,abraço
José Luis Moderador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 10:11 pm
Jardim Zoológico. A vida selvagem aterrou em Lisboa há 130 anos [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Recordamos o caminho pela biodiversidade num passeio com a serpente mais comprida ou o maior felino do mundo. Amanhã é a data comemorativa
Aves. Uma centena delas deram o mote ao jardim que abriu portas em 1884. O holandês Pedro Van Der Laan juntou-se a José Thomaz Sousa Martins e ao barão de Kessler para fundar o Jardim Zoológico de Lisboa. O projecto foi apoiado por D. Fernando II e pelo zoólogo Barboza do Bocage. O último, assim como o holandês Van Der Laan, tinha uma grande colecção de aves: juntou-se o útil ao agradável quando trouxeram as maravilhas do mundo animal ao grande público. A casa emblemática que fica em Lisboa, na zona de Sete Rios, vai na sua terceira morada em 130 anos. A primeira foi no Parque de São Sebastião da Pedreira (actual zona do El Corte Inglés), mas, culpa de uma tempestade, teve de se mudar para Palhavã, na Praça de Espanha. Só em 1905 é que se estabeleceu o último endereço do Jardim Zoológico de Lisboa, que hoje conta com mais de 2 mil animais e cerca de 330 espécies. Muito mudou desde essa altura além do local propriamente dito, continua Tiago Carrilho, da área educativa do zoo e nosso guia num passeio matinal. Aqui a história estende-se a áreas inesperadas, até ao vocabulário: Tiago aponta para o jardim e palacete, hoje gabinete do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, adjacente ao zoo. A casa do conde Farrobo, que era conhecido pelas suas festas monumentais, foi o que deu origem à expressão que indica farra: o farrobodó. E seguimos adiante para o mundo animal. Nas últimas décadas o parque cresceu na sua forma e conteúdo mas também mudou a própria lógica de relação visitante/animal. Se antes era possível atravessar a alameda principal do jardim no dorso de um elefante, hoje esse contacto é proibido: os animais apreciam-se de longe, em promoção do gosto pela natureza e pela conservação das espécies. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
José Luis Moderador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 10:17 pm
O que têm as aves-elefante e os kiwis em comum? Afinal, são primos
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]Estudo revela que os antepassados das aves-elefante e dos kiwi, a ave símbolo da Nova Zelândia, faziam longos voos. O que ajuda a explicar o seu parentesco. Dão nome a uma fruta e são também uma ave. Os kiwis, que têm quase o tamanho de uma galinha, cerca de cinco quilos e não voam, são o símbolo da Nova Zelândia. Uma equipa de cientistas percebeu agora que os kiwis são primos de outras aves também incapazes de voar – as gigantescas aves-elefante, que viviam em Madagáscar e já estão extintas, provavelmente desde o século XVII ou XVIII. Como é que duas aves que não voam, que são tão diferentes e de territórios tão longe um do outro podem ser parentes próximos? As ratitas são um grupo de aves sem capacidade de voar. Até agora, pensava-se que a dispersão pelo mundo das várias espécies de ratitas – onde se incluem as avestruzes (Austrália e África), as emas (Austrália), os casuares (Austrália, Nova Guiné e ilhas à volta), os kiwis (Nova Zelândia), os extintos moas (Nova Zelândia), as extintas aves-elefante (Madagáscar) ou os nandus (América do Sul) – tinha sido feita à medida que o supercontinente Gonduana se ia fragmentando. Iniciada há 130 milhões de anos, essa separação da Gonduana acabou por resultar nas actuais massas continentais da América do Sul, África, Madagáscar, Índia, Austrália e Antárctida. E, há cerca de 65 milhões de anos, segundo o novo estudo, essa separação teria conduzido à divisão das ratitas. Mas um estudo, divulgado esta sexta-feira na revista Science, revela que afinal os antepassados das ratitas batiam as asas voando para longe, percorrendo muitos e muitos quilómetros. Assim, para a equipa de Kieren Mitchell, da Universidade de Adelaide (Austrália), e colegas os antepassados das ratitas eram aves voadoras. E a perda desta habilidade apenas aconteceu após a fragmentação da Gonduana. Portanto, não terá sido a partir de um antepassado comum não voador, e que se tinha dispersado através da separação continental, que surgiram novas espécies de ratitas nos vários cantos do mundo. Um imigrante australiano que desagradava No entender dos cientistas, este estudo põe fim a uma discussão com mais de 150 anos, segundo um comunicado da Universidade de Adelaide. Por outro lado, também permitiu descobrir que, ao contrário do que se pensava, os parentes mais próximos dos kiwis neozelandeses não são as emas australianas – mas sim as aves-elefante de Madagáscar, que podiam atingir 275 quilos e chegar aos dois a três metros de altura. A ideia de que as emas eram os parentes mais próximos dos kiwis resultou de um estudo na década de 1990, pelo investigador Alan Cooper, actual director do Centro de ADN Antigo da Universidade de Adelaide. Ora a ideia de que os kiwis descendiam de uma ave que tinha imigrado da Austrália para a Nova Zelândia, massas continentais separadas há cerca de 60 a 80 milhões de anos, não agradou nada aos neozelandeses na altura. “É fantástico poder finalmente olhar para os registos de maneira correcta, uma vez que os neozelandeses ficaram chocados ao descobrir que a sua ave nacional seria um imigrante australiano”, diz agora Alan Cooper, que coordenou este novo trabalho na Science. “Peço desculpa por ter demorado tanto tempo.” Já agora,o fruto que todos conhecemos por kiwi não se chamava inicialmente assim. Originário da China, o kiwi era conhecido precisamente como groselha-da-china. Na década de 1940, começou a ser cultivado na Nova Zelândia, onde a planta foi melhorada, para se obterem novas variedades de frutos, que passaram a ser chamados kiwis. Voltando às aves, como é que os cientistas chegaram às novas conclusões? Afinal, as gigantes aves-elefante e os pequenos kiwis não podiam ser mais diferentes. Além da morfologia e de viverem tão longe, os seus hábitos alimentares também são distintos: enquanto as aves-elefante eram herbívoras, os kiwis comem de tudo um pouco, desde insectos a pequenos vermes e frutas, que, como animais nocturnos que são, apanham durante a noite. A equipa sequenciou o ADN das mitocôndrias (transmitido apenas por via materna) de duas espécies de aves-elefantes, cujos ossos estão no Museu Te Papa Tongarewa da Nova Zelândia. E compararam esse ADN com o dos kiwis. Através do ADN mitocondrial, que pode ser usado como relógio molecular que permite andar para trás na evolução das espécies, os cientistas puderam compreender melhor a relação evolutiva entre as ratitas, chegando a este inesperado parentesco. “As provas sugerem que os antepassados voadores das ratitas se dispersaram pelo mundo logo depois da extinção dos dinossauros [há 65 milhões de anos] e ainda antes de os mamíferos terem aumentado drasticamente de tamanho e tornado o grupo dominante”, refere Alan Cooper.
jorgemeida Moderador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 10:21 pm
Sempre em cima Zé boas noticias
José Luis Moderador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 10:23 pm
Os pássaros são tão capazes quanto nós, diz cientista
O professor Onur Güntürkün mostrou que gralhas são capazes de se reconhecer no espelho – algo que maioria dos mamíferos não consegue fazer
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[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] Pássaro: "entendemos muito pouco o cérebro dos pássaros", diz Onur Güntürkün Durante muito tempo predominou entre os neurocientistas a ideia de que o cérebro havia evoluído de forma linear.
De acordo com a teoria proposta em meados do século 19 pelo neurologista alemão Ludwig Edinger (1855-1918), os peixes seriam os animais com o cérebro mais primitivo. Em seguida viriam os anfíbios, as aves e, finalmente, os mamíferos. O cérebro dos mamíferos, segundo a teoria de Edinger, não apenas continha todas as estruturas existentes nos cérebros precedentes na escala evolutiva como também apresentava uma novidade que lhe proporcionava uma capacidade cognitiva superior e inédita: o neocórtex. Mais desenvolvido nos primatas, o neocórtex é uma espécie de capa que recobre a parte externa do cérebro. Nos seres humanos, ele é dividido em seis camadas e apresenta uma grande quantidade de sulcos repletos de neurônios que comandam funções complexas como percepção sensorial, coordenação motora, raciocínio espacial e linguagem. Para Edinger, como os pássaros não são dotados de neocórtex, jamais poderiam ser treinados como cachorros e gatos nem desenvolver habilidades cognitivas complexas, como usar ferramentas. Mas, no início do século 21, um grupo de cientistas demonstrou que essa teoria estava errada em artigo publicado no The Journal of Comparative Neurology. Entre os autores estava Onur Güntürkün, professor da Ruhr-Universität Bochum, na Alemanha. Em outra pesquisa divulgada na revista PLoS Biology, Güntürkün mostrou que as gralhas são capazes de se reconhecer no espelho – algo que a maioria dos mamíferos não consegue fazer e que requer um certo grau de autoconsciência. Por seu pioneirismo na área de Psicologia Biológica, Güntürkün, nascido na Turquia, recebeu em 2013 o Prêmio Gottfried Wilheim Leibniz, considerado o Nobel alemão. Em 2014, foi o ganhador do Communicator Award, oferecido anualmente pela Deutsche Forschungsgemeinschaft (DFG) e pela Stifterverband für die Deutsche Wissenschaft a cientistas com boa habilidade de comunicar os resultados de sua pesquisa para um público amplo, fora da esfera científica. No dia 20 de maio, Güntürkün esteve na sede da FAPESP para apresentar a palestra “Cognition without Cortex: The convergent evolution of avian and mammalian forebrains”, na qual contou que, a partir de seus experimentos com as gralhas, foi possível concluir que as aves teriam uma estrutura cerebral comparável ao neocórtex dos mamíferos. “As aves possuem uma estrutura cerebral com as mesmas especificidades do neocórtex, a mesma bioquímica e o mesmo padrão de comunicação. A diferença é que não é dividida em camadas”, disse. Segundo Güntürkün, é como se a natureza tivesse criado duas soluções diferentes para o mesmo problema (capacidade cognitiva avançada), em eventos distintos e independentes da história evolutiva. “É possível que o design do cérebro das aves seja até mais eficiente do que o dos mamíferos, pois permite habilidades cognitivas complexas mesmo com um volume muito menor. No entanto, o cérebro das aves é pequeno demais para competir com o nosso”, avaliou. Em entrevista concedida à Agência FAPESP, Güntürkün contou mais detalhes sobre suas pesqizas voltadas a entender as origens e a evolução do pensamento. Falou ainda sobre a importância da comunicação científica e sobre seus estudos relacionados às diferenças de gênero no cérebro. Qual é o motivo de sua visita ao Brasil? Onur Güntürkün – Vim a convite da DFG para apresentar a “Palestra Leibniz” [formato desenvolvido para titulares do prêmio com o intuito de estimular o diálogo tanto com as comunidades científicas no exterior quanto com a sociedade em geral] e conversar com colegas cientistas do Brasil. O Brasil é um país muito importante, não apenas em termos de economia e política, mas também em termos de ciência. A Alemanha tem uma longa tradição em ciência, mas precisa planejar seu futuro de forma apropriada e, para isso, precisa pensar quais serão as grandes nações na área da ciência no futuro e como fomentar o relacionamento entre cientistas alemães e internacionais. Penso que o conceito da DFG é muito sábio: não são os diretores ou ministros que devem ser os embaixadores da ciência, mas os próprios cientistas. A única forma de isso ocorrer é possibilitando a interação entre eles, para que descubram interesses em comum. Dessa forma, é possível descobrir que, do outro lado do Atlântico, há uma ótima pessoa interessada nos mesmos assuntos que você e com quem você pode cooperar. Essa é a ideia. Como surgiu seu interesse pela evolução do cérebro e do pensamento? Güntürkün – Só conseguimos entender alguma coisa quando conhecemos sua história. Só posso entender a mim mesmo quando sei algo sobre meu passado. O mesmo vale para o cérebro e a cognição. Se entendermos em quais condições evolutivas surgiram a cognição e o pensamento, podemos entender por que pensamos o que pensamos. Esta é a razão básica. Não me recordo de um momento de minha vida em que não estava interessado nesse assunto, então não há um ponto zero. Quando eu era criança já fazia ciência, realizava experimentos. Claro que eram simples e errados, sem conhecimento da literatura. Mas era ciência e foi um momento decisivo da minha existência. Muito do que faço hoje também deve estar errado e eu ainda não tenho consciência disso. Como forma e função estão relacionadas no cérebro? Até que ponto a estrutura cerebral define a capacidade de cognição? Güntürkün – Se a arquitetura de nosso cérebro fosse diferente, nossa cognição seria diferente? A resposta é sim e não. Se perdêssemos um pedaço de nosso cérebro e nossa arquitetura fosse alterada, nossa cognição mudaria de forma radical. Há, no entanto, diferentes tipos de cérebros, com arquiteturas completamente diferentes, possivelmente capazes de criar o mesmo tipo de cognição. É como se você estivesse dirigindo um carro e perdesse uma parte do motor e ele deixasse de funcionar. Mas há outros tipos de motores que podem impulsionar um carro. Há diferentes soluções para o mesmo problema. Por isso, quando me perguntam se a estrutura define a cognição, minha resposta é sim e não. Sim – há diferentes soluções – e não – dentro de uma solução específica, todos os componentes precisam estar lá para o sistema funcionar. Essa é uma questão profunda de neurociência cognitiva. Podemos entender a evolução da cognição usando esse conhecimento como pano de fundo. Há diferentes organismos e diferentes tipos de cérebro. Eles pensam como nós ou possuem formas completamente diferentes de pensar que ainda não conhecemos? Isso é material suficiente para uma vida inteira de pesquisa. Em sua palestra, o senhor disse que as aves têm capacidades cognitivas comparáveis às dos mamíferos, embora não possuam o neocórtex. Isso ocorre com todas as aves ou apenas um grupo especial? E como isso é possível? Güntürkün – Acredito que nem todas as aves conseguem fazer isso, apenas algumas, como as gralhas e os corvos. E não sabemos por que as outras não têm essa habilidade. Mas o mesmo ocorre com os mamíferos. Os cachorros não se reconhecem no espelho, nem os gatos e nem mesmo os macacos rhesus. Apenas alguns mamíferos e alguns pássaros são capazes disso e ainda não sabemos ao certo a razão. O que há de especial no cérebro da gralha que o difere do cérebro do pombo? O que há de especial no cérebro do chimpanzé que lhe dá a capacidade de se reconhecer no espelho que o rhesus não tem? Não sabemos ainda. É uma questão profunda, pois, se o autorreconhecimento é uma pista para a consciência, poderemos entender melhor a consciência se formos capazes de entender como essas diferenças entre os animais aparecem. Teriam as aves uma espécie de neocórtex primitivo? Güntürkün – Não é primitivo. É como se a natureza tivesse inventado a roda duas vezes, de forma independente uma da outra. No cérebro das aves há uma estrutura interior virtualmente idêntica ao córtex pré-frontal humano. No entanto, ela não é dividida em camadas como o nosso córtex. Me parece que, em duas situações distintas na evolução, um grupo de animais precisou desenvolver altas capacidades cognitivas e terminou com o mesmo tipo de solução básica para esse problema. Mas um grupo desenvolveu o neocórtex e, o outro, um tipo diferente de estrutura cerebral. As invenções, porém, são absolutamente idênticas. É como ir a Marte e descobrir espécies completamente diferentes, com uma origem completamente diferente, mas, ao analisar profundamente, descobrir que alguns aspectos do cérebro dessas criaturas são virtualmente idênticos ao seu. É uma grande descoberta, pois sugere que não há duas soluções para um grande problema. Sempre se acaba inventando o mesmo tipo de roda quando se deseja criar um carro. O senhor sugeriu que o design do cérebro das aves talvez seja até mais eficiente que o dos mamíferos. Por quê? Güntürkün – É possível. De outra forma seria difícil entender como pequenos cérebros conseguem ser tão poderosos em termos cognitivos como o cérebro grande dos mamíferos. No entanto, o cérebro das aves nunca conseguiu ficar tão grande como o nosso. Não existe um único pássaro ou réptil que tenha sido capaz de desenvolver um cérebro de vários quilos. Não há nem sequer um réptil cujo cérebro pese mais do que 100 gramas. Não sabemos o porquê. Desde há mais de 300 milhões de anos, répteis e aves tiveram a chance de desenvolver um cérebro grande e nunca conseguiram. O argentinossauro, descoberto na Argentina, foi provavelmente o maior ser vivo que já habitou o planeta. Era enorme e tinha o cérebro do mesmo tamanho que o de um pássaro. O cérebro desses animais é restrito em termos de tamanho absoluto, enquanto nosso cérebro com a arquitetura cortical pode ficar grande. Essa foi a vantagem evolutiva que tivemos. De outra forma, estaríamos na gaiola e seríamos os animais de estimação das aves. O fato de o neocórtex corresponder a 76% do volume cerebral humano pode ser a explicação para sermos os animais mais inteligentes? Güntürkün – Sim. É possível que tenhamos apenas um cérebro de primata muito grande. Simplesmente possuímos maior número de neurônios no neocórtex que qualquer outro animal do planeta. Há animais com cérebros maiores, como algumas baleias, elefantes, mas eles têm número menor de neurônios. Possivelmente nossa superioridade tenha razões quantitativas. É como os computadores. Colocamos mais memória, melhoramos outras especificações e, de repente, a máquina fica mais rápida, mais poderosa e capaz de calcular mais coisas. Somos, então, apenas primatas com um cérebro grande? Güntürkün – Sim. Sou orgulhoso por ser um primata. O que já se conhece sobre o neocórtex e suas funções? Güntürkün – Sabemos muito sobre o neocórtex, é uma das neuroestruturas mais bem estudadas. Por outro lado, entendemos muito pouco o cérebro dos pássaros. Obviamente, como somos mamíferos, acreditamos por centenas de anos que apenas com o neocórtex seria possível ter capacidades cognitivas avançadas, então havia um grande interesse em estudar o neocórtex. Agora que descobrimos que pássaros são tão capazes quanto nós, temos que trabalhar fortemente para preencher essa falta de conhecimento sobre as estruturas cerebrais das aves.
Estudar o cérebro é sempre um grande desafio, pois não se pode simplesmente tirar um pedaço de tecido e analisar sob o microscópio sem grande consequências. Quais metodologias o senhor usa? Güntürkün – Claro que em humanos não podemos fazer experimentos invasivos, mas podemos gravar um eletroencefalograma, colocar nossos voluntários em uma máquina de ressonância magnética funcional e avaliar a atividade cerebral.
Quando os pacientes têm má sorte ou genes ruins que resultam em uma alteração da estrutura cerebral, há sempre uma alteração correspondente nas habilidades cognitivas que podemos estudar. E, obviamente, fazemos experimentos comportamentais e coisas desse tipo. Nos animais, como os pombos que tenho usado muito no meu laboratório, podemos, mediante autorização, fazer experimentos invasivos, como implantar pequenos eletrodos no cérebro para gravar a atividade. O senhor tem estudos relacionados ao beijo e à tendência de os casais virarem a cabeça para a direita quando estão se beijando. Por que estudou esse tema? Güntürkün – É preciso deixar claro que não estudei o beijo para entender o beijo e sim para compreender a assimetria do cérebro humano. Tudo começou com a descoberta de que as aves têm um cérebro assimetricamente organizado. Essa assimetria aparece mesmo antes de saírem do ovo, quando viram a cabeça para o lado direito. Isso proporciona maior estimulação de luz no olho direito do embrião, que fica voltado para a casca do ovo. Então descobri, pela literatura, que humanos também viram a cabeça, desde antes de nascer, na maioria das vezes para o lado direito. E continuamos apresentando essa tendência por vários meses após o parto. Tenho uma teoria maluca de que isso, de alguma forma, modula nossos circuitos cerebrais. Se sou um recém-nascido, olho quase sempre para a direita, vejo minha mão direita e começo a fazer alguma atividade com a mão direita. E faço menos atividades com a mão esquerda. Então o fato de ser destro poderia ter sido influenciado por minha tendência de olhar para a direita. O senhor conseguiu comprovar essa teoria? Güntürkün – Formulei essa teoria e meus colegas me disseram que era bobagem, pois os bebês param de olhar para a direita por volta de 3 ou 4 meses de idade. E a destreza manual se manifesta muitos anos depois. Há um intervalo de tempo entre os dois eventos. Mas eu não acreditava nisso e pensei que talvez o padrão de movimentação dos bebês seja apenas muito complexo para que vejamos com clareza a tendência de virar a cabeça para a direita. Se essa tendência realmente nunca desaparece, nós, adultos, também devemos manifestá-la de alguma forma. Certo dia, eu estava sentado no sofá de minha casa e, de repente, me ocorreu: o beijo. Durante o ato de beijar não posso ficar com a cabeça reta, é preciso virá-la para um dos lados. Decidi observar casais em aeroportos enquanto eles estão esperando seus amados. O experimento foi feito em grandes aeroportos internacionais, de três diferentes continentes, para reduzir a possibilidade de qualquer viés cultural. Descobri que humanos têm a tendência de virar a cabeça para a direita em proporção absolutamente idêntica entre adultos e recém-nascidos: dois terços. Essa tendência não muda durante toda a vida e possivelmente ela modula a destreza manual nos humanos. No caso das aves, de certa forma, há uma relação com a estimulação do olho direito pela luz. E com os humanos? Güntürkün – Isso não acontece porque nossa visão é frontal. Minha teoria é que viramos a cabeça na tentativa de visualizar os próprios membros. Mas ainda não descobrimos o que mais é afetado por esse padrão de virar a cabeça além da destreza manual. É apenas um dos aspectos da assimetria cerebral que estamos estudando atualmente em meu laboratório. É verdade que há um lado do cérebro que controla emoções e habilidades com a música e outro lado responsável por atividades mais relacionadas com a razão? Güntürkün – Isso é folclore existente na área de Psicologia e Neurociência. Precisamos de todo o cérebro para tocar uma música ou para raciocinar. Há algumas especializações relevantes. Para a música, por exemplo, nossa habilidade de compreender o ritmo é mais dominante no hemisfério direito. Então há um aspecto da música mais relacionado ao lado direito do cérebro. Depois que o famoso compositor [Maurice] Ravel teve um derrame no hemisfério direito, embora ainda fosse capaz de ouvir música, ele não conseguia mais compreendê-la, pois perdeu a habilidade de computar o ritmo. O raciocínio, porém, é algo que requer todo o cérebro. Muitos desses folclores possuem algum fundo de verdade, mas nem todos os fatos envolvidos são verdadeiros. Também é folclore que os homens têm mais neurônios do que as mulheres? Güntürkün – Isso é verdade. Os homens têm entre 10% e 15% mais neurônios, mesmo se o cálculo for proporcional ao tamanho do corpo. Mas a diferença na prática, francamente, ainda não sabemos. A inteligência de homens e mulheres é possivelmente idêntica. Há alguns cientistas que defendem que o QI [coeficiente de inteligência] é um pouco mais elevado nos homens. Se isso for verdade, no entanto, o efeito prático seria pequeno. Há outros estudos que não foram capazes de mostrar qualquer diferença. Minha teoria é que homens e mulheres são idênticos em termos de inteligência. Assumo essa premissa porque a maior parte da literatura mostra que, se há uma diferença, ela é muito pequena e não é importante. No entanto, é possível que exista diferença em termos de conhecimento. Homens aparentemente podem guardar um número de fatos cerca de 10% a 15% maior. Pode ser que o córtex seja um grande armazém e, se você tem um armazém maior, pode guardar mais itens dentro dele. Esta é minha teoria preferida e estamos elaborando estudos para analisá-la. Mas por que os homens precisariam de um armazém maior? Güntürkün – Não tenho ideia. Não faz sentido em termos evolutivos. A pressão evolutiva de seleção, no que se refere ao conhecimento, atua sobre homens e mulheres de maneira igual. Por que os homens precisariam ter mais neurônios? Realmente não sei. Vamos morrer com muitas questões a serem respondidas. Mas, pelo menos, eu gostaria de descobrir se, de fato, existe uma relação entre ter mais neurônios e conseguir armazenar mais conhecimento. Aí uma questão ainda mais profunda apareceria: por quê? Fico ansioso de pensar que nunca vou saber. O senhor ganhou o Communicator Award de 2014, o que demonstra seu interesse em comunicar os resultados de sua pesquisa também a um público leigo. Por que acredita que a comunicação científica é importante? Güntürkün – Estou muito honrado por ter sido escolhido. De acordo com o júri, sou capaz de me comunicar muito bem com a mídia e com o público em geral. Penso que isso é algo que todos nós, cientistas, temos de fazer. Precisamos falar sobre nossas pesquisas com a mídia, o público leigo e com outros cientistas e estudantes. E temos de fazer isso de forma que todos possam entender. É algo que considero meu dever, pois sou financiado pelos impostos dos contribuintes. Esses impostos garantem o melhor emprego do planeta a um número muito pequeno de pessoas: os cientistas. Trabalhamos naquilo que nos interessa, com quem desejamos e com as técnicas que escolhemos. Somos livres e podemos brincar com nossas ideias e isso é algo absolutamente fantástico. Ao mesmo tempo, somos rodeados por alunos brilhantes e muitas pessoas interessantes de todas as partes do mundo. Em troca, os contribuintes têm o direito de saber o que você está fazendo. E quando falo com esses trabalhadores não devo usar palavras que dificultem o entendimento. É meu dever. De forma geral, os cientistas cumprem bem esse dever? Como melhorar? Güntürkün – Acredito que, de maneira geral, os cientistas estão cientes desse dever e fazem um bom trabalho. Mas há algumas limitações. Há um imenso interesse em ciência por parte do público. Na televisão, não há apenas esportes e telenovelas, mas também programas sobre novas descobertas, animais e muitos outros aspectos relacionados à ciência. Jornalistas me procuram com frequência e a muitos de meus colegas. Fazem isso, obviamente, porque o jornalismo científico desperta interesse nas pessoas. Mas há uma responsabilidade dupla. Aos cientistas cabe não ter vergonha de falar com a mídia e ser claro. E a mídia tem a responsabilidade de divulgar a ciência da forma como ela é realmente, e não divulgar apenas escândalos, invenções fantásticas e coisas desse tipo. O senhor já teve problemas com a mídia? Güntürkün – Eu aprendi muito sobre a interação com a mídia ao longo de minha vida e tive algumas experiências difíceis. A maioria das pessoas da mídia realmente tenta fazer um bom trabalho. Mas, às vezes, os mecanismos internos da imprensa fazem com que as mensagens sejam muito simplificadas. Acho que esse é um problema que tanto cientistas quanto jornalistas precisam tentar solucionar de alguma forma.
José Luis Moderador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 10:31 pm
Aves «espertas» aprendem a abrir portas automáticas [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Um grupo de aves pode ser visto em vídeo a demonstrar que aprendeu como se abre uma porta automática sensível ao movimento. Um grupo de andorinhas que fez ninho num antigo parque estacionamento coberto ficou preso quando o espaço foi transformado num centro de bicicletas. Os proprietários acrescentaram um par de portas automáticas para controlar o fluxo de entradas e saídas de pessoas, mas nunca imaginaram que esse dispositivo seria utilizado pelos pássaros. Assista de seguida ao video [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
jorgemeida Moderador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Dom Jun 22, 2014 10:35 pm
José Luis Moderador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Qua Jul 02, 2014 5:25 pm
Ararinha-azul mais velha do mundo morre aos 40 anos Extinção Animal era símbolo da conservação da espécie e dos problemas provocados pelo tráfico ilegal de animais silvestres
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] Presley, o macho de ararinha azul mais velho do mundo, morreu aos 40 anos
Presley, o macho de ararinha-azul mais velho do mundo, morreu aos 40 anos na última quarta-feira (25). O animal era um ícone da conservação da espécie e dos problemas enfrentados por muitas outras espécies que são alvo do tráfico de animais, atividade criminosa que todo ano captura cerca de 38 milhões de exemplares apenas no Brasil. "Ele era um dos últimos indivíduos do ambiente natural. Como essa espécie é extinta na natureza, existem poucas matrizes para reprodução. Ele é muito valioso para ampliar a diversidade genética e evitar os cruzamentos entre aparentados", explica Patrícia Serafini, analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisas e Conservação das Aves Silvestres (Cemave/ICMBio). A morte de Presley é uma oportunidade para refletir sobre a importância da conservação da espécie e conscientizar a sociedade sobre o tráfico de animais. Animais silvestres são vendidos ilegalmente, muitas vezes por valores irrisórios, colocando em risco a existência das espécies. Depois, centenas de milhões de reais são gastos pelo governo e instituições privadas para evitar a extinção, nem sempre com sucesso.
História
Presley foi retirado ilegalmente da natureza por traficantes de animais silvestres, em 1984, e vendido como animal de estimação nos Estados Unidos. Através de iniciativas oficiais de conservação da espécie, Presley retornou ao Brasil em 2002.
Na Fundação Lymington, onde viveu por quase dez anos, foram feitas várias tentativas de reproduzi-lo em cativeiro, sem sucesso. Ano passado, o nascimento de filhotes por técnicas assistidas de fertilização sinalizou o potencial e o êxito da inseminação artificial em outros espécimes de ararinha-azul. Em março de 2014, especialistas da Universidade de Giessen (Alemanha) colheram sêmen de Presley por eletroejaculação. Porém, os espermatozoides apresentaram aspectos negativos, morfológicos e de motilidade, consequência dos problemas cardíacos e idade avançada da ave. Presley permaneceu na Fundação até ser internado no Hospital Veterinário da Unesp de Botucatu, em 20 de junho, porque não se alimentava mais sozinho. Lá, ficou sob cuidados veterinários de alta qualidade até o dia de sua morte. A necropsia foi realizada no Laboratório de Patologia Comparada de Animais Selvagens (Lapcom), da Universidade de São Paulo, e as células germinativas (conservação de germoplasma) da ave foram preservadas para serem transplantadas em outro macho, que passaria a produzir o esperma de Presley. Esta técnica já foi realizada em outros grupos de aves e é a última tentativa para incorporar o material genético desta ave no grupo das ararinhas-azuis em cativeiro atualmente.
Ararinha na Natureza O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) faz parte do Projeto Ararinha na Natureza, iniciativa que reúne dezenas de instituições públicas e privadas, para a conservação das ararinhas-azuis.
José Luis Moderador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Qua Jul 02, 2014 5:36 pm
Morreu uma das últimas araras-azuis selvagens do mundo Atualizado Uma das espécies de aves mais ameaçadas do mundo ficou ainda mais ameaçada. Com a morte de um dos indivíduos selvagens, que inspirou a Blu do filme "Rio", as notícias não auguram nada de bom. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] As araras-azuis são das aves mais raras do mundoPATRICK PLEUL/AFP/Getty Images
Presley morreu. A arara-azul macho que se acredita ter servido de inspiração ao filme “Rio” da Blue Sky Studios faleceu no dia 29 de junho,notícia a National Geographic. Esta ave, uma das mais raras do mundo, não teve a mesma sorte de Blu, personagem do filme de animação, que encontrou Jade e teve crias. Presley não deixou descendência, tornando cada vez mais difíceis os esforços de conservação desta espécie. Existem apenas cerca de cem araras-azuis (Cyanopsitta spixii), todas elas sob cuidados humanos em centros de conservação e reprodução. Os cruzamentos entre animais aparentados neste centros torna os animais mais frágeis porque aumentam a probabilidade de aparecimento de doenças na descendência e diminui a variedade entre animais. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] Presley e outra arara-azul ainda viva são os únicos animais de origem selvagem conhecidos. Os genes destas aves poderiam aumentar a diversidade genética das populações em cativeiro, mas Presley morreu sem deixar descendência e sem os cuidadores terem tido oportunidade de recolher sémen para tentar inseminação artificial. A outra arara-azul vive livre na natureza, mas sem parceira com quem acasalar acabou por fazer par com uma arara-maracanã-verdadeira (Primolius maracana). Mas as duas espécies diferentes não conseguem ter crias. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] As araras-azuis costumavam viver no noroeste do Brasil, mas agora estão extintas na natureza. Foram vários os problemas que levaram ao desaparecimento desta espécie como a desflorestação (o abate das árvores que lhes forneciam abrigo e alimento) ou a introdução de abelhas exóticas que competiam com as araras pelo espaço nas árvores. Outro, de que Presley também foi vítima, é a captura ilegal para animais de companhia. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] O tráfico de animais selvagens é o terceiro maior tráfico do mundo a seguir ao tráfico de armas e de droga, refere-se na página Animal Diversity Web. Capturadas com custos baixos, as aves podem ser vendidas por valores altíssimos – a venda de uma arara-azul pode render 200 mil dólares (cerca de 147 mil euros). A captura dos adultos e ovos quer de araras quer de outras aves na América-do-sul é uma das principais ameaças às aves neste continente. Foi isso que aconteceu a Presley. Foi capturado na natureza nos anos 1970 e levado para uma casa particular. Viajou por vários países na Europa até chegar aos Estados Unidos. Quando, em 2002, a então dona disse à veterinária que tinha uma arara-azul doente em casa, a médica nem quis acreditar, sabia que a ave era das mais raras do mundo, conta o National Geographic. Terá sido esta história que inspirou o filme Rio. Portugal não está fora deste tráfico. O aeroporto de Lisboa é uma porta de entrada para a Europa – só em 2012 foram apreendidos mais de 500 animais, revela o Público. Alguns dos animais podem mesmo ficar no país e ser vendidos nas lojas de animais. Cabe a cada cidadão exigir um certificado que comprove que o animal não foi capturado na natureza de cada vez que pensa em adquirir um animal exótico. Estes certificados são emitidos pela CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e da Fauna Selvagens em perigo de extinção), Presley já tinha regressado ao Brasil há mais de dez anos. Viveu cerca de 40 anos, um recorde dentro da espécie, visto que os animais sob cuidados humanos não costumam ir muito além dos 30 anos. No filme “Rio 2″, Blu e Jade encontram uma população de araras-azuis na floresta, mas esse é um futuro demasiado fantasioso para a realidade desta espécie.
jorgemeida Moderador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Qua Jul 02, 2014 5:56 pm
Infelizmente é assim à muita gente que não se importa de destruir seja lá o que for só por causa de uns trocos no bolso
José Luis Moderador
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Assunto: Re: Noticias e Curiosidades Qua Jul 02, 2014 6:02 pm
âmara do Cartaxo preocupada com aumento de pombos no centro da cidade
A Câmara Municipal do Cartaxo está preocupada com o aumento da população de pombos que nos últimos meses tem aparecido no jardim do centro da cidade, nos telhados e nas coberturas, tanto no edifício dos paços do concelho como no mercado municipal. Segundo o presidente da autarquia, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), esta situação tem causado danos nos edifícios em causa. Em comunicado, o autarca refere que o aumento de pombos provocou infiltrações e inundações devido ao entupimento dos sistemas de escoamentos das águas pluviais, com a acumulação de penas e detritos dos ninhos. A autarquia solicitou apoio à Direcção Geral de Alimentação e Veterinária para que seja feita uma intervenção no sentido de reduzir a população de pombos na cidade, de acordo com regras de segurança e cumprindo boas práticas ecológicas e ambientais. Recorde-se que também a Câmara de Santarém se tem debatido com o mesmo problema. Como O MIRANTE noticiou (ver edição 18.Dezembro.2013) o presidente da autarquia, Ricardo Gonçalves (PSD), disse que a autarquia iria contratar serviços para tentar controlar a população de aves, sobretudo no centro histórico, após tentado outras soluções sem êxito, como a distribuição de milho anti-concepcional e a colocação de obstáculos dissuasores para proteger monumentos e imóveis públicos, como o dos paços do concelho. Prevê-se a instalação de seis caixas armadilha, com engodo, para atrair os pombos, que serão depois removidos e abatidos em câmara de gás CO2, seguindo posteriormente para incineração.