Amigos foristas, queria saber qual a vossa opinião sobre o seguinte:

Não acham que as caixas/embalagens de cartuchos deveriam ser todos devidamente rotulados, à semelhança do que se passa noutros setores de atividade, onde tudo tem de ser descriminado ao pormenor?

Se sim com que informação?

    - Gramas, tamanho do chumbo e calibre já vêm devidamente indicados;
    - Lotes (já nem todos o indicam);
    - Rigidez e tipo chumbo;
    - Pólvora (tipo e quantidade);
    - Pressão;
    - Fulminante;
    - Bucha;
    - ...

Um dos objetivos da referida rotulagem era melhorar a informação do consumidor para que este pudesse comparar os cartuchos, entre as várias opções de que dispõe, com base noutros critérios que não o preço.

Este dispositivo iria permitir que os caçadores ficassem mais bem esclarecidos, permitindo-lhes fazer escolhas mais conscientes.

Também obrigaria os fabricantes a um maior rigor no fabrico dos seus produtos, evitando assim as “afamadas” trocas no material que o cartucho contém, tornando muito mais fácil para todos (consumidor comum ou entidades fiscalizadoras) o controle de qualidade dos mesmos.

Na minha opinião “quem não deve não teme” e acho que esta medida só iria premiar os mais honestos.

Hehehe assim era muito fácil copiar a receita do "vizinho"... ou não

E quem quer copiar já não o faz?

Compra, abre, mede, pesa, testa...

Para mim a questão não é o cartucho ser copiado a questão é o consumidor não ser enganado.

Qual de nós ainda não comprou "gato por lebre"?

Sim, há quem faça. Mas por vezes é difícil "deitar a mão" a determinado cartucho

Para mim desde que seja identificado a polvora e as gramas chega bem. Desde que nao digam que é uma polvora e depois é outra.

Amigo Rogério, "deitar a mão" a determinados cartuchos acredito que não seja fácil, pelo menos para o comum dos caçadores (que é o meu caso), mas para caçadores mais experientes e interessados, que carreguem os seus próprios cartuchos, não será assim tão difícil.

Mais fácil ainda se torna para os verdadeiros profissionais (nomeadamente empresas), pois não acredito que esses tenham qualquer problema em saber quais as cargas corretas dos cartuchos dos seus concorrentes e só não as copiam porque as tentam melhorar, alterando sempre alguma coisa.

Amigo Roberto.1, o problema é mesmo esse... julgamos que estamos a comprar uma coisa e depois vendem-nos outra.

E nisto dos cartuchos tem muito que se lhe diga... por exemplo pólvora diferente corresponde a um tiro necessariamente diferente (com o qual nos podemos dar bem ou não).

Acho que todos nós deveríamos trazer para casa o que realmente comprámos e não o que o comerciante (muitas vezes por uma razão meramente económica) nos quer vender.

Algumas marcas tem nos seus sites alguma dessa informação.
Por exemplo a Sulbeja têm informação acerca de todos os cartuchos e bastante  completa.
Mas é omissa no que diz respeito à pólvora com que carrega os cartuchos da linha SB.
Mas mesmo assim há pessoal a queixar-se de terem sido enganados compraram uma coisa e têm outra.
Eu já estive na fábrica da Sulbeja e vi as maquinas a trabalhar com uma velocidade para mim inimaginável.
Nunca pensei que carregar cartuchos industrialmente fosse assim.    
A Sulbeja, não me paga nada, nem nunca atirei com cartuchos dessa marca, portanto estou à vontade para dizer que quanto a mim, pelo que vi, digo que, o "homem" é que muitas vezes "atrapalha"...
A J&G também tem informação no seu site, a Rio, a Baschieri & Pellagri e talvez outras marcas.  Não sei.
Agora se a informação que está nos sites ou na caixa é a que têm correspondência exacta nos cartuchos ... só abrindo um a um    e isso não é praticável.
Por exemplo há dias escalpelizei um cartucho J&G 34grs A1SP chumbo 5 e mesmo a "olho" aquilo não tinha as 34grs...nem andava lá perto. Por isso e porque notei "fraqueza" no tiro  vou mudar de marca ando a obter informação.
Entendo também  que se faça algum segredo, "pois é a alma do negócio".
Mas também percebo onde o confrade quer chegar e concordo se o conteúdo não é o que está no rótulo podemos e devemos reclamar.
Nesse aspecto os "carregadores de garagem" estão muito bem pois sabem sempre o que contêm os seus cartuchos.

Bom dia, e mais que logico e na minha opiniao sera uma questao de tempo.

Conforme a fiscalizaçao aperte vai acabar por acontecer. Aqui tambem conta muito a pressao por parte das entidades que representao os consumidores/caçadores junto das entidades oficiais que regulamentao este setor de atividade.

Amigo Manuel Rendeiro, é verdade que a Sulbeja até identifica relativamente bem os seus cartuchos, inclusive indicando o n.º de lote, mas também é verdade que, e segundo relatos de colegas aqui do fórum, também altera as cargas de vez em quando. Se depois faz mensão a isso eu já não sei.

Realmente os carregadores de garagem sabem sempre com o que atiram (e, segundo consta, é cá com cada bomba!).

Quanto à questão de ser uma questão de tempo, como diz o amigo MGrilo eu, sinceramente, espero bem que sim (está mesmo visto que não sou um carregador de garagem... com muita pena minha).

Nunca vi um cartucho Sulbeja dizer "A" e ter "B".
Sou da opinião que tomáramos nós que todos trabalhassem como a Sulbeja.

( gasto Sulbeja mas não tenho patrocínio )

Ainda sobre a Sulbeja, pra mim só têm um defeito: preço.

Rui quanto custam os Sulbeja por aí? Premier, Caça32 ou o que atires deles...

Bem não sei como está agora a sulbeja, mas o ano passado comprei o caça32 a pensar que era com psb3 e era com csb1, e não havia qualquer referencia a isso.... Apesar de tudo eram bons os cartuchos, mas não gosto de comer gato por lebre.

O amigo Espalhachumbo disse:

espalhachumbo escreveu:

... mas não gosto de comer gato por lebre.

E para mim a questão é mesmo essa.

É muito chato estarmos a comprar um produto e depois trazermos outro, e isto independentemente da qualidade deste.

Também conheço quem, e por causa de uma troca de pólvora num determinado cartucho, diga "descobri a pólvora certa para mim... agora só atiro com cartuchos carregados com esta pólvora", mas era bem melhor que ele a tivesse descoberto ao experimentar cartuchos onde viesse mencionado (e que estivesse efetivamente carregado) com esse tipo de pólvora.

A mim aconteceu-me este ano com os Premier 32g, que no final da época dos tordos vieram carregados com F2, em vez das tradicionais D20 e Aquila. Não me posso pronunciar sobre os tiros (dos 250 que comprei não cheguei a gastar 25), pois fiz o resto da época a atirar com calibre 28  . A desculpa que me deram da fábrica foi de que tinham esgotado a Aquila. E não houve tordos. Imaginem se tivesse sido um ano bom, com o pessoal a comprar cartuchos em barda, então até carregavam com carvão e salitre...

Pois parece que nenhum de nós tem confiança absoluta nos cartuchos que compra.

Razão tem quem os carrega em casa. Estes só são enganados se quiserem!

Já agora um pedido de esclarecimento

As embalagens da Sulbeja traziam indicação de uma pólvora e ao abrirem o cartucho, por desconfiarem do tiro ou por qualquer outro motivo viram - confirmaram- que era carregado com outra pólvora diferente da que estava impressa na embalagem?

Ou compraram estando indicado na caixa qual era a pólvora, abriram o cartucho verificaram que a pólvora conferia com o que estava impressa na embalagem o tiro, é que não era o que estavam habituados e não vos satisfez?

Manuel penso que essa situação nunca aconteceu.

Qual situaçao amigo Rogerio a 1 ou a 2?

Roberto.1 escreveu:

Para mim desde que seja identificado a polvora e as gramas chega bem. Desde que nao digam que é uma polvora e depois é outra.

Isso é uma grande verdade.

Eu comprei uns cartuchos á 2 épocas " espetaculares" Caros, mas cada tiro cada peça cobrada.

Esta temporada fui comprar os mesmos cartuchos " Grande Treta " Caros, mas cada tiro cada peça falhada.

Pode ser dos olhos, mas não errava assim tanto duma época para a outra.

Cordialmente
J.Carvalho

Eu em minha opinião, todos os cartuchos, pelo menos na caixa deviam ter indicado:

Lote
Numero de chumbo incluindo a medida em mm
Gramarem de chumbo
Tamanho do cartucho
Tipo de bucha
Pólvora com que é carregado, pelo menos quando essa pólvora não é segredo da marca.
E uma coisa que nenhum traz e acho essencial, mesmo quando a pólvora é "segredo", é a gramarem de pólvora utilizada. Isto porque é costume fazerem-se cargas de verão e de inverno. Se calha a comprarmos os cartuchos no verão, para não se correr o risco de falta de stocks, estamos sujeitos a não prestarem no inverno.

A sulbeja por exemplo comprei ano passado 7,5; 7; e 6, e o 7 e o 6 vinha com 1,60 psb3, o 7,5 vinha com 1,80.... A pólvora pode ser a de sempre, mas diferenças de cargas como esta para mim não serve....

Não, comprei a pensar que era com psb3, até o armeiro me disse que eram carregados com psb3.

Amigo Espalhachumbo, comprar um cartucho a contar que tenha uma pólvora (indicada pelo comerciante) e depois sermos surpreendidos com outra pólvora é o "pão nosso de cada dia", principalmente mais para o final da época quando alguns stocks se acabam e há a necessidade de carregar mais cartuchos.

E o que refere o amigo Tiago1 também é verdade, as cargas chamadas de inverno são, por norma, bem diferentes das cargas de verão.

É por estas e por outras que eu acho que tudo deveria vir descriminado. Assim cada um compraria o que queria.

Cumprimentos.

Tem razão no que escreve, eu também gostava que fosse tudo descriminado, acabava muitas reclamações.