Neste dossier , o segundo dedicado a montagens de Surfcasting vamos esclarecer alguns pormenores e dúvidas levantados por muitos pescadores curiosos e interessados nos detalhes das primeiras montagens. Também vamos apresentar alternativas às primeiras montagens, com o fim de as adaptar ou ao nosso material (caso nos falte o indicado), ou com o fim de as transformar numa montagem com um objectivo completamente diferente. Começamos por uma ideia interessante que pode resolver a muitos leitores a falta dum "release clip" ou "bait clip" numa montagem. A montagem já é conhecida do dossier anterior (fig.1) e nesta mostramos agora como é possível introduzir um anzol de olhal de tamanho razoável (não especificamos o tamanho deste porque como em casos anteriores terá de ser sempre proporcional ao resto da montagem) no lugar do anterior release/bait clip exactamente para o mesmo efeito, rematado este com um nó para fixação à linha. Assim, e exactamente como na situação anterior poderemos usar o anzol (também devidamente iscado) para segurar a linha que seria demasiado comprida para o lançamento.
fig.1
Uma modificação menor poderá ser a utilização de dois anzóis na linha de derivação do estralho (fig.2). Existem várias razões para isto, estamos a duplicar a intensidade de apresentação do isco em várias vertentes, no aroma e na capacidade de visualização para o peixe. Uma variação de equipamento a ser usado é os tubinhos metálicos por onde se pode passar a linha em substituição do silicone ou do plástico retráctil. Estes, com um pequeno alicate podem ser pressionados para fixação e assim prendem as pérolas e sequins onde quisermos (cuidado que certas espécies podem estranhar o metal e por isso nem tocam no isco).
fig.2
A terceira montagem (fig.3) apresentada é muito simples mas nem por isso menos eficaz se for bem aplicada para o fim que foi desenhada. Aqui, está apresentada com apenas um anzol, mas podemos sem muita dificuldade tornar esta montagem mais complexa, acrescentando mais um anzol ao lado deste ou mesmo pérolas, etc.
fig.3
O segredo reside apenas no chumbo e na sua forma que lhe permite "rolar" pelo fundo do mar livremente. Conseguimos por isso vários objectivos que em determinadas circunstâncias podem ser interessantes, seja: Dar ao peixe uma certa sensação de liberdade apôs a ferragem, em águas muito calmas dar mais mobilidade a apresentação que doutra maneira poderia ser muito estática, fazer rolar a montagem com a corrente para as zonas mais profundas onde existe mais peixe.
A pedido de vários leitores que me contactaram e porque os diagramas apresentados não serem optimizados para mostrar os detalhes de montagem, vou mostrar o aspecto com que alguns destes ficam.
Aqui está a imagem de um anzol com o tubo de silicone aplicado (ou plástico retráctil).
Tubos de silicone, sequins e pérolas luminosas tal como podem ser apresentados nas lojas de pesca.
Chumbo aranha e um kit de montagem do mesmo (podemos ver os moldes para onde o chumbo derretido é vertido.
Anzol montado com sequin e pérola flutuante.
Montagem de anzóis muito usada fora do nosso país (com pérola flutuante e sem esta) e menos por cá provavelmente porque o numero de anzóis numa montagem está limitado a três. Com os anzóis desta maneira aumentamos a probabilidade de ferragem, não só pelo número de anzóis mas também pela diferença de tamanho destes.