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pintas Membro VIP
Sexo : Nº. Mensagens : 85 Idade : 45 Localização : algures no norte Ocupação : ir a pesca Humor : quanto baste Data de inscrição : 27/07/2008 Pontos : 14
| Assunto: Alcançar o peixe Qui Jul 31, 2008 11:19 pm | |
| Muito praticado pelos pescadores desportivos o surícasting implica conhecimentos técnicos e continuada experiência para a obtenção de bons resultados. Como em qualquer desporto o adequado equipamento tem directa interferência na acção de pesca. Reconhecidamente nos últimos anos, têm surgido materiais e equipamentos que permitem aos pescadores desportivos, quer iniciados quer consagrados, encarar o seu desporto favorito com mais confiança e prazer. Vão longe os dias das fatigantes jornadas de pesca com pesadas canas, e linhas muito grossas incompatíveis com a actualidade. No que diz respeito às canas, a sua fabricação em carbono com todas as vantagens daí resultantes, provocaram o aparecimento de muitos modelos para quase todos os gostos. Contudo, é no mar que se testam e que se apreciam os verdadeiros atributos dos equipamentos de pesca. Assim, no dia 11 de Dezembro de 2004, na véspera da lua nova, com vento fraco de leste fomos na maré vazia ver o perfil da praia. Como é habitual fizemos a observação de um local mais alto, na falésia, para assim ter uma melhor leitura da praia. Vimos como estava a cor da água, a altura da rebentação, localizando as coroas de areia, fundões, curveiros e agueiros. Descemos então à praia e começámos de imediato a montar os equipamentos. Após uma curta troca de impressões, resolvemos que cada um escolhia um local para aí fazer os primeiros lançamentos. A estratégia era lançar para os curveiros e para os declives laterais das coroas a diferentes distâncias, para mais facilmente detectar a zona mais frequentada pelo peixe. Foi o José Nunes quem conseguiu apanhar o primeiro peixe, lançando para um fundão para lá de uma coroa de areia. Tratava-se de um robalo de bom porte. De imediato chamou-nos e disse que o peixe estava longe, pois já tinha sentido mais dois puxões, sem que ficassem presos. Nestas circunstâncias, decidimos ficar no canto da praia perto das pedras onde o nosso companheiro já se encontrava. Nesse local, a rebentação que se fazia em cima da coroa ao retornar pela parte mais funda, provocava uma corrente de refluxo transversal à praia, a que chamamos agueiro. Esta corrente arrastava consigo pequenos vermes e pequenos crustáceos que o peixe procurava. Tal como já foi referido os robalos estavam longe e como sempre optámos por pescar com linha fina, 0,30 mm na mestra do carreto HIRO MAGNA 10 005. Este carreto vem de origem com 3 bobines, o que permite ter sempre à disposição linha de diversos diâmetros. |
| | | pintas Membro VIP
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| Assunto: Re: Alcançar o peixe Qui Jul 31, 2008 11:20 pm | |
| MAS COMO APLICAR ESTES CONHECIMENTOS NA PESCA? Todos nós, de uma forma mais ou menos empírica, construímos, ao longo dos anos que fomos pescando, as nossas teorias acerca das melhores cores de fios de pesca, das melhores cores de amostras ou das pérolas e tubos mais atractivos. Os fios de pesca, por exemplo, não devem ser analisados pela sua discrição quando estamos a comprálos numa loja. Temos sempre que pensar no que se passa debaixo de água. Os fios brancos são muito visíveis mesmo de noite, enquanto um fio castanho pode ter pouca visibilidade. Para pesca nocturna são óptimos. O fio mais discreto de dia com águas claras é sem dúvida o fio fluorocarbono. Não só por ter uma retracção da luz muito semelhante às da água cristalina, mas também por ser transparente. Sem dúvida que os denominados fios cristal (transparentes ou cor de cristal) são também bastante discretos em águas limpas e pouco profundas. Já na pesca de barco, os fios de cor opaca e que se encontrem perto da cor cinzenta, são muito bons, embora os melhores resultados com águas claras e transparentes sejam obtidos com fios fluorocarbono, Não quer isto dizer que não se obtenham bons resultados com situações completamente distintas. Mas a pesca é mesmo assim. Mas voltemos à visão dos peixes. Já várias vezes nos apercebemos, tanto na pesca ao fundo como com amostra, que de manhã funciona bem uma cor, "provocante" para os peixes, e à tarde, no mesmo dia, funciona outra! Muitos factores poderão contribuir para essa alteração, mas sem dúvida que a direcção dos raios solares e a diferente luminosidade na água, exercem um papel preponderante na transformação do comportamento dos peixes. No surícasting, onde mais experiências temos feito com pérolas e tubos atractivos de diversas cores, chegamos a algumas conclusões. Com águas muito claras e abertas o melhor é usar só o isco e linha muito fina e discreta. Quando as águas estão tapadas, entra em acção o "jogo" das cores. As cores fluorescentes são de facto as melhores, nomeadamente as que se situam entre o chartreuse, amarelo, laranja, vermelho e rosa. O verde fosforescente também é uma cor de eleição. Quando aplicamos uma pequena manga de silicone por cima do anzol, normalmente com águas barrentas utilizamos o laranja, dourado ou preto; com águas azuis o vermelho ou corderosa e com águas verdes o amarelo, chartreuse ou verde fosforescente. O branco é uma cor muito eficaz para muitos peixes nomeadamente quando pescamos na pedra com fundos escuros mas com boa luminosidade. Os flutuadores que colocamos junto ao anzol para afastar o isco das pedras e algas, ou na pesca na praia às liças e aos agulhas, são normalmente de cor branca. Enfim esta é uma das vertentes da pesca que mais controvérsia traz, principalmente aos pescadores de amostra, onde a profusão de cores e formas é impressionante. Cada pescador terá que construir a sua própria "base de dados" onde acumula as suas experiências de pesca. Bom mas voltemos à nossa jornada de pesca, O mar corria certo sem no entanto ser demasiado forte. Estas condições são normalmente excelentes, pois os aparelhos "armam" bem dentro de água e apresentam os iscos correctamente, os iscos que utilizámos foram a sardinha e a minhoca coreana. Preparámos as iscadas com a ajuda de agulha para que pudéssemos fixálas melhor no anzol e não se soltarem com os lançamentos. Por outro lado, a boa execução da iscada reduz a resistência ao ar, não travando o lançamento. O mar fazia a enchente e consoante a água subia o peixe também se aproximava mais da praia. Como é óbvio fomos recuando, não sendo assim necessário marcar a linha com um marcador para definir a distância a que o peixe, robalos e bailas se encontravam. |
| | | pintas Membro VIP
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| Assunto: Re: Alcançar o peixe Qui Jul 31, 2008 11:27 pm | |
| De vez em quando notava-se que quando se recuperava a chumbada estava enterrada na areia, o que dava a sensação que o mar estava a depositar areia por o vento soprar de terra, pois nesta costa a areia tem tendência a deslocar-se contra o vento. Acabar uma tarde de pesca com alguns bons exemplares no cesto, é sempre motivo de satisfação, sublinhada pelo cheiro do mar, pelo barulho das ondas e pelo pôr-do-sol. Um justo destaque para os equipamentos HIRO que utilizámos, perfeitamente adequados às exigentes condições de pesca modernas. As canas de fiabilidade e desempenho superior, equipadas com carretos robustos com drag de regulação fina que autoriza a utilização de linhas finas e montagens discretas que pescam mesmo em condições em que o peixe se mostra desconfiado. Para um bom desempenho técnico na pesca é cada vez mais importante possuir material adequado. Original de: Luis Batalha |
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| Assunto: Re: Alcançar o peixe | |
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