BRACO ALEMÃO
O GALOPE. O Braco alemão moderno nasceu há cerca de cinquenta anos. Actualmente é
um galopador médio, a “velocidade não deve procurada a todo o custo mas este cão deve
ser capaz de galopar durante muito tempo com o mesmo andamento, a busca é ampla,
bem aberta, cobrindo muito terreno. A cabeça alta e móvel, e o pescoço bem proeminente dão
a sensação que saltam dos ombros. Os membros posteriores são projectados para trás, bem
afastados, num movimento harmonioso e contínuo; um cão bem constituído galopa facilmente”.
O galope irregular (cão que se desloca com um movimento de pêndulo) resulta frequentemente
de um defeito na constituição (má angulatura ou pescoço demasiado curto) que o obriga, para
manter o equilíbrio, a projectar a cabeça de baixo para cima. Em resumo, tudo o movimento
deve ser equilibrado, agradável e natural.
Na opinião de Alberto Chelini, o Broco Alemão “deve dar a impressão de poder sempre
levantar a cabeça ligeiramente acima mas que não o faz porque ficaria impossibilitado de
realizar o trabalho que lhe é pedido”, e conclui “portanto evitemos os galopes
desenfreados”.
O PORTE DA CABEÇA. O andamento horizontal não é o andamento típico do Braco Alemão
em acção; pelo contrário, o Braco Alemão deve posicionar o pescoço acima horizontal,
com a cabeça elevada.
Através desta posição, ele distingue a caça a grande distância e não pode galopar de uma
maneira demasiado excessiva. Com este andamento, parece ser um cão que domina
perfeitamente a situação: é atenta, com a cabeça móvel, nada lhe pode escapar.
A paragem quando o cão estica o pescoço, baixa a cabeça para a posicionar na horizontal, a
cabeça, o pescoço e o corpo parecem constituir apenas uma linha, este movimento anuncia
frequentemente a eminência da paragem. A posição ideal de um Braco Alemão na paragem é
a posição de pé, com a cabeça elevada, as orelhas atentas, os olhos e as pupilas dilatadas.
Geralmente, um ligeiro tremor agita todo o seu corpo, a cauda ligeiramente levantada e respira
lentamente. Se o condutor estiver distanciado e atrás do cão, este pode virar a cabeça na sua
direcção, de seguida voltar novamente a cabeça em direcção à peça à ordem do condutor.
Dominique Covolo descreve desta forma a detecção da emanação e a paragem. Quando o cão
distingue a caça a grandes distâncias, reduz o andamento para o trote, com as orelhas
levantadas, o pescoço esticado e com os membros ligeiramente flexionados. Quando é
surpreendida pela presença da caça paralisa-se e ao mesmo tempo baixa o corpo, flexionado
os membros; por vezes pára bruscamente como se tivesse ouvido em estalido. Há uma grande
beleza nas suas paragens, mesmo nas poses mais desesperadas”.
É claro que na prática é necessário reconhecer que frequentemente a vegetação, os diferentes
tipos de caça e seus comportamentos provocam atitudes que ficam muito aquém do ideal. Até
há cães que se deitam na paragem.
A Alemanha, dona do destino da raça, admite as duas paragens: com o cão de pé ou deitado.
O DESLIZAR varia de acordo com os exemplares, alguns cães deslizam lentamente, outros
com autoridade. Em todos os casos, o Braco Alemão deve permanecer esticado. No entanto,
se a caça se afastar demasiado, o cão pode segui-la pelo rasto por alguns metros e de
seguida detectar novamente a emanação directa. O cão deve permanecer imóvel, e por vezes
deita-se, no levante da caça.