semiautomaticas para mim nunca mais

paulo lion escreveu:

semiautomaticas para mim nunca mais

Paulo, tanto acontece um acidente com uma semi-automática, como com qualquer outra arma.

A única vez que ia dando um tiro em mim próprio (teria na altura na casa dos 20 anos de idade) foi com uma justapostos.
Fez um buraco no chão 2 ou 3 cms à frente do meu pé, saltou com o disparo e ainda me deu uma valente porrada com a chapa de couce.
Não ter ficado sem o pé nesse dia foi um milagre, e apesar disso continuei a pegar em armas de dois canos.

Já que estamos no tópico da Maxus, e falando de segurança, para mim, é das poucas semi-automáticas que se consegue caçar com ela com a segurança activada, e de forma rápida e intuitiva desactivar a mesma quando é necessário disparar.

Experimentei no ano passado caçar com ela em segurança (de salto e no aguardo aos pombos), e não haja dúvida, como o botão de segurança está atrás do gatilho, no momento de levar a arma à cara sente-se a mesma activada por baixo do dedo e dá para a empurrar para dentro e desactivar a mesma durante o movimento do encare, ou só no momento imediatamente antes do disparo já com o dedo no gatilho.

Como estou habituado a caçar com armas de dois canos sempre com elas em segurança, e só no momento do encare desactivo a mesma, nunca gostei do sistema de segurança em nenhuma outra semi-automática que tive, uma vez que, a segurança colocada à frente no guarda mato não me dava jeitinho nenhum para caçar com a arma sempre em segurança.

Nas semis a minha segurança sempre foi um cartucho atravessado na abertura da culatra.
Nas outras a segurança são os canos abertos.
Não acredito nos "travões" das armas.

LuisMartins escreveu:

Será que a b725 chumba melhor que a b525,já alguém fez este teste?

Luís, de origem a B725 chumba melhor. Isso porque a B525 usa choques invector muito curtinhos que nada fazem de melhoramento à chumbada. Com choques XPTO a B525 já andará muito perto da B725.
A minha MK70 (76 de cano) com choques Muller não fica a dever nada a chumbar à minha B725 com a mesa marca de choques.

Eu fiquei bastante contente com a b525,embora a tenha só desde Outubro do ano passado,gostei muito do chumbar da arma com os breley,principalmente na perdiz onde mesmo em tiros largos,não tive uma única perdiz de asa em toda a época,penso que encontrei a minha arma,mas tenho curiosidade em relação aos Muller.

podengos&coelhos escreveu:

Nas semis a minha segurança sempre foi um cartucho atravessado na abertura da culatra.
Nas outras a segurança são os canos abertos.
Não acredito nos "travões" das armas.

Rui, então como esperas pelos pombos dentro do aguardo com a arma encostada ao mesmo e ainda por cima com mais um colega dentro do mesmo aguardo? Com um cartucho atravessado na culatra?

E como caças de salto? Com a arma aberta? Ou será que caças com as armas sempre prontas a dar fogo (sem a segurança activada)?

Na maior parte das arma podes acreditar no botão de travamento do gatilho quando em posição de segurança. A maioria delas, nem batendo com elas ao ponto de lhe partires as madeiras aos bocados disparavam estando a segurança accionada.

Principalmente a caçar de salto, o seguro morreu de velho. Hoje não prescindo da arma travada em acção de caça, porque, já dei tanto trambolhão, e já tanta gente deu tiros em si próprio durante essas quedas, e alguns morreram em consequência delas, como aconteceu a um vizinho meu há uns 20 anos (caiu barreira abaixo para cima dos canos e ficou sem intestinos). Só no início perdi algumas peças de caça devido a isso, hoje é instintivo o destravar da arma.

Quando o sistema é prático e bem dimensionado e a pessoa está mentalmente treinada a destravar a arma, no momento do encare e ainda muito antes de ter tempo para dar ao gatilho, já a arma está "destravada".

Abraço

João, eu estava a referir-me a situações em que a segurança é necessária (transpor obstáculos, etc).
Em acção de caça a minha arma está sempre destravada e pronta a dar fogo. Tenho cuidado em ter sempre os canos virados pra cima. Até hoje nunca tive qualquer problema .... e que o Diabo seja surdo e mudo!  

Gostava de caçar com a arma travada e poder destravar antes de dar fogo mas acho que é areia demais pro meu camião! 

podengos&coelhos escreveu:

Gostava de caçar com a arma travada e poder destravar antes de dar fogo mas acho que é areia demais pro meu camião! 

Treina em casa, e torna-se automático no campo, e verás que nenhuma peça se irá embora por causa disso, porque como já disse, logo no movimento de encare a arma fica destravada, portanto, está destravada muito antes de conseguires dar ao gatilho.

Amigo, o diabo seja surdo! Mas olha que não o é, e temos sempre a ideia que só acontece aos outros, e também aqueles a que lhes aconteceu tinham essa mesma ideia...

Curiosamente, quase todos os caçadores que conheço que andam sempre com as armas prontas a disparar já têm as suas histórias de MILAGRES, tipo, "quando caí foi um milagre a arma não se ter disparado, ou não ter disparado sobre mim"

João, e será que ao caíres a arma mesmo travada não dispara?
Já ouvi tanta coisa ....

A minha parca sabedoria sobre isso diz me que mesmo que os acidentes possam acontecer com ela travada a possibilidade de ela se disparar travada é praticamente nula embora admita que obviamente há exceções a regra de qualquer forma eu não sou exemplo pois regra geral caço com ela destravada mas sou um daqueles que já tem uma historia para contar de um tiro que me deixou a pensar que uns centímetros ao lado e eu já era, isso deve nos fazer mudar de atitude e eu estou seriamente a tentar adquirir o bom e ideal habito de caçar com ela travada. Para poder contar a historia e não fazer parte dela. lol

podengos&coelhos escreveu:

João, e será que ao caíres a arma mesmo travada não dispara?
Já ouvi tanta coisa ....

Não sei se o sistema impede a acção do gatilho ou a acção do martelo. Se não impedir a acção do martelo qualquer arma pode disparar mesmo travada.

Deixo aqui o alerta para todos aqueles que estão a pensar tirar "peso" ao gatilho, porque se não souberem fazer isso pode ficar muito sensível e disparar com um simples abanão.

podengos&coelhos escreveu:

João, e será que ao caíres a arma mesmo travada não dispara?
Já ouvi tanta coisa ....

Amigo, caso o gatilho esteja travado, na maioria das armas o martelo não dispara nem nas quedas mais violentas, mesmo o travamento sendo apenas do gatilho.

O martelo só dispara caso o gatilho seja accionado ou haja movimento do mesmo, o que pode acontecer numa queda com a arma destravada pelo movimento gerado pela inércia das peças do gatilho (estando destravadas) em caso de pancada violenta.

As armas são testadas (pelo menos as dos fabricantes conceituados) para ver se com a segurança activada seriam capazes de disparar, e nos testes (durante o desenho dos mecanismos) são atiradas para o chão, levam porradas de todo o tamanho e feitio, e só passando nos testes sem disparar são os mecanismos validados e produzidos.

Por exemplo, o sistema da browning ou da miroku, caso o gatilho não seja accionado (estando travado), com a pancada mais forte de todas, e mesmo com a regulação de gatilho leve, o máximo que poderá é saltar da primeira posição (a normal que permite o disparo) para a segunda ranhura de segurança do martelo. Numa pancada muito violenta (com a segurança activada como está na foto, mecanismo do gatilho desengatado dos disparadores dos martelos) mesmo que o disparador se liberte da primeira posição, é sempre retido pela segunda ranhura nos martelos (onde coloquei a seta a vermelho), que é muito mais funda, e depois, mesmo que se desactive manualmente a segurança após uma enorme queda e se coloque a arma em posição de fogo, esta já não dispara o martelo do qual tenha saltado o disparador para a segunda posição sem antes abrir os canos e voltar a armar o martelo para a primeira posição (ranhura superior onde está engatada na foto):
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Portanto, no teu caso que tens duas armas com o mesmo sistema ilustrado na foto, não tens desculpa para não acreditares na segurança   

Ainda, caçando de salto com o polegar colocado sempre imediatamente antes da segurança, ao levares a arma à cara o polegar destrava a segurança muito antes de teres a arma apontada à peça. É só uma questão de treino até ser instintivo/automático o movimento de destravar a arma durante o encare, e sabes que se acidentalmente deres um trambolhão, nunca pregas um tiro em ti próprio nem em ninguém a teu lado.

Nos últimos anos, infelizmente tenho lido mais frequentemente notícias de acidentes fatais com armas de caça durante as caçadas ou na chegada a casa, e excepto o acidente em que um colega atirou no outro julgando ser um javali, todos os outros teriam sido evitados caso as armas estivessem travadas.

Boa   

Por acaso a segurança atrás do gatilho têm grande razão de ser. Faz todo o sentido, sente-se e destrava-se em menos de um segundo. Já na frente do gatilho na maior parte das vezes esquecemos que está em segurança.

Bem... é Browning  

A browning, não sei, mas sei que a benelli, ao cair e batendo com a coronha no chão

não dispara e deita o cartucho que se encontra na camara fora.

Essa de deitar o cartucho fora não fazia ideia, mas se assim é, é uma coisa interessante!   

João Rodrigues escreveu:

Paulo, tanto acontece um acidente com uma semi-automática, como com qualquer outra arma.

A única vez que ia dando um tiro em mim próprio (teria na altura na casa dos 20 anos de idade) foi com uma justapostos.
Fez um buraco no chão 2 ou 3 cms à frente do meu pé, saltou com o disparo e ainda me deu uma valente porrada com a chapa de couce.
Não ter ficado sem o pé nesse dia foi um milagre, e apesar disso continuei a pegar em armas de dois canos.

Já que estamos no tópico da Maxus, e falando de segurança, para mim, é das poucas semi-automáticas que se consegue caçar com ela com a segurança activada, e de forma rápida e intuitiva desactivar a mesma quando é necessário disparar.

Experimentei no ano passado caçar com ela em segurança (de salto e no aguardo aos pombos), e não haja dúvida, como o botão de segurança está atrás do gatilho, no momento de levar a arma à cara sente-se a mesma activada por baixo do dedo e dá para a empurrar para dentro e desactivar a mesma durante o movimento do encare, ou só no momento imediatamente antes do disparo já com o dedo no gatilho.

Como estou habituado a caçar com armas de dois canos sempre com elas em segurança, e só no momento do encare desactivo a mesma, nunca gostei do sistema de segurança em nenhuma outra semi-automática que tive, uma vez que, a segurança colocada à frente no guarda mato não me dava jeitinho nenhum para caçar com a arma sempre em segurança.

nao é por isso amigo joao o problema é que agora nao me da jeito caçar com semiautomatica por ter ficado um pouco limitado da mao direita as semis para mim sempre foram as armas de ileiçao mas agora é dificil  

RMestre, não tenha duvidas. pois tambem não sabia, mas o que é defacto

aconteceu comigo, e depois de pensar, repeti a sena e vi a culatra a extrair

o cartucho.

Mais um mecanismo interessante antonio!   

As Benelli são conhecidas pelo famoso "click".

Basta darmos uma corrida com ela para irem sempre click, clik , clik, com a culatra para trás e para a frente a bater. Muitas das vezes, com ligeiros saltos no terreno, ou com uma pequena corrida, a culatra ao abrir ligeiramente não se volta a fechar totalmente, e quando sai a peça de caça e se puxa o gatilho ouve-se o clack do martelo a bater, e tiro nada...

A Benelli para ejectar um cartucho nem é preciso bater com a coronha no chão, basta saltar de um muro mais altito a pés juntos e muitas das vezes salta o cartucho fora, isto tudo dependendo da posição em que se encontra a arma (acontece mais intensamente quanto mais tivermos o cano virado para o ar) no momento do salto e da firmeza com que seguramos a arma, porque se saltarmos com o cano ligeiramente virado para baixo ou com a arma na horizontal, já o cartucho nem salta nem a culatra faz click, click quando saltamos algum obstáculo.

Isso acontecia-me mais com a Centro que me acontecia com a Raffaelo ou com a Montefeltro, porque, a taragem da mola da Centro era menor (a mola da culatra da Centro era mais macia para poder trabalhar com as 24 gramas).

Eu tenho uma Centro e nunca ouvi o "clack" de que o Confrade João fala, repito nunca. Também nunca me aconteceu que a arma fizesse a extracção do cartucho sem que tal fosse acionado por mim. Bom, também não ando a saltar muros nem a fazer provas de velocidade... Nem tão pouco a assentar calçada com ela. (Trata-se de armas, é preciso ter cuidado!!)

Quanto ao "click" ao princípio também achei estranho, tendo chegado mesmo a duvidar se a arma não vinha com algum problema, só tendo apaziguado o meu subconsciente quando tomei conhecimento que era feitio e não defeito.

Já me aconteceu com a Benelli de escorregar, bater com o calço no chão e a culatra abrir e fechar.

Pormenores. eh eh eh eh eh

Bem e depois de arranjar os últimos trocos lá vem a minha nova companheira de caça a caminho, a browning maxus one, é um modelo novo, do qual gosto bastante pois a arma tem pouco brilho e é o ideal para mim que caço muito de espera ás migratórias, é um modelo simples e mais baratinho, penso que para mim seja o ideal!
Vamos ver como me adapto a ela em agosto, desde já agradeço a todos aqueles que deram uma opinião sobre esta arma!

Boa sorte com a nova companheira   

Depois dá um feedback da arma quando a experimentares.

Bons tiros.   

Boa sorte com o novo apetrecho com certeza ira dar grandes alegrias, eu continuo pacientemente (em stress) a espera que o meu chegue lol. Abraço