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 O Meu Neto é um Sábio

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jmet
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MensagemAssunto: O Meu Neto é um Sábio   O Meu Neto é um Sábio EmptyQua Ago 28, 2013 5:11 pm

Fixei extasiado a imagem de uma floresta de algas laminares, na revista da pesca. Que saudades eu tinha de ver as belas “correias” ondulando dentro de água. A revista trazia um excelente trabalho de investigação sobre as razões da diminuição e do quase desaparecimento dessas algas junto à costa e as consequências devastadoras dessa ausência sobre a fauna piscícola marítima. Mas ia mais longe. E questionava o IPIMAR sobre as medidas que pensava tomar para uma eventual recuperação.

Nas páginas seguintes, e ainda fruto do diálogo com o IPIMAR, divulgava extractos de diversos estudos científicos sobre a costa portuguesa.

Mais adiante, a revista adiantava dados sobre a qualidade das águas interiores, a partir de estudos efectuados pelo Instituto da Água.

Depois, seguia-se a grande entrevista. Neste número, um dos directores técnicos do Ministério da Agricultura e Pescas falava sobre as questões relacionadas com a pesca desportiva em águas interiores, com realce para a política de concessões e a problemática das espécies exóticas, entre vários outros assuntos actuais.

Continuei a folhear a revista. E corri com o meu neto, que solicitava a minha atenção. “Volta mais daqui a bocadinho que o avô, agora, está ocupado a ler coisas importantes”.

Seguiam-se depoimentos: do presidente da Federação, analisando exaustivamente o último campeonato europeu realizado em Portugal; do director técnico nacional, também sobre o europeu; do presidente da câmara da zona da pista de pesca onde decorrera a prova; e um texto do atleta italiano que vencera a contenda, por sinal bastante elogioso para com as capacidades organizativas da nossa federação e do nosso país.

Continuando, deparei-me com as páginas dedicadas à competição nacional, com resumos das classificações dos vários campeonatos e informações úteis sobre o tema, bem como uma página intitulada “Acompanhando os jovens atletas”.

Depois vinham as coisas menores, mas não menos interessantes. Uns artigos técnicos. Um estudo comparativo sobre carretos de surfcasting, com a eleição das melhores escolhas, em termos de qualidade-preço. A página da banda desenhada. A do melhor texto de ficção sobre a pesca, este mês fruto uma colaboração com uma escola de Ovar. Uma pequena entrevista ao pescador-figura-pública do mês (neste caso um actor muito conhecido). As páginas da colaboração dos leitores. Etc., etc.

Foi então que acordei…

Deixara-me dormir no sofá. Mas estranhamente não fora a ver televisão, que estava apagada. Afinal, tinha sido tudo um sonho. E reparei que tinha uma revista no colo. Era a revista da pesca (a real), aberta na página onde uma foto chamava a atenção para a insigne tarefa de cortar a preceito as lulas para iscar o anzol na pesca à corvina.
Lembrei-me do sonho e fiz uma careta.
Folhei mais duas ou três páginas e o nível da “coisa” mantinha-se no mesmo jaez, com umas páginas que não se percebiam se eram publicidade ou informação.
Fechei “a coisa” e concentrei-me no preço inscrito na capa. Fiz uma careta mais feia ainda. E balbuciei uma palavra que não vou referir aqui, pois isto é um fórum decente.

Chamei o meu neto. “Anda cá, Afonso, que o avô tem uma coisa para ti”. Dei-lhe o exemplar da publicação que é uma das mais caras do país. Ele ficou encantado com o grande e colorido peixão que trazia na capa. E eu sorri, ciente que dentro de dez minutos o meu querido Afonso teria já rasgado a “coisa” toda aos bocadinhos, com a perícia e a fúria dos seus dois anitos e meio.

É um sábio, este meu neto.
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Mário Batista
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MensagemAssunto: Re: O Meu Neto é um Sábio   O Meu Neto é um Sábio EmptyQua Ago 28, 2013 7:25 pm

Boas.

Essa revista com que o meu amigo sonhou chamava-se DIANA.......Grande MISSAL!

Seguiu-se a segunda edição com o mesmo nome e com muito valor didáctico, a última revista digna de nome chamava-se "Pesca & Companhia" e era muito parecida com a publicação do seu sonho....

A diferença é que estas antigas publicações tinham à cabeça homens de conhecimento profundo da temática envolvida, eram autênticos professores com um imenso legado a transmitir às gerações seguintes. Falo de Jorge Brum do Canto, Arsénio Cordeiro, Carlos Boniz e mais um punhado de gente cujos artigos valiam cada centavo do custo da revista.

Actualmente as publicações de pesca são uma futilidade idêntica às revistas cor-de-rosa.

As pessoas responsáveis pela edição pouco ou nada percebem do que falam. Com a proliferação de sites e blogues cibernéticos, qualquer um porque ouviu dizer e disseram-lhe, se torna num expert em coisa nenhuma e as "patacuadas" são seguidas. Por norma são estes cidadãos que colaboram com as revistas.
De resto são as grandes firmas a tomarem conta da revista com 50% das páginas a meterem-nos pelos olhos adentro produtos e artigos  que tirando o emblema vem todos da mesma fábrica (China).

Por mim à muito tempo que deixei de comprar.


Vai abraço


Última edição por Mário Batista em Sex Set 20, 2013 9:19 am, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: O Meu Neto é um Sábio   O Meu Neto é um Sábio EmptyQua Ago 28, 2013 9:30 pm

Actualmente as publicações de pesca são uma futilidade idêntica às revistas cor-de-rosa.



o mesmo se passa com as publicações das revistas de caça, tem la 2 ou 3 coisas interessantes, e depois............... é so palha para encher as paginas, depois ainda dão(que já o pagamos) um maravilhoso dvd com uns espanhois, como se nos não tivéssemos caça e caçadores em PORTUGAL, mas enfim........... é o que temos
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jorgemeida
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MensagemAssunto: Re: O Meu Neto é um Sábio   O Meu Neto é um Sábio EmptyQua Ago 28, 2013 9:42 pm

jmet escreveu:
Fixei extasiado a imagem de uma floresta de algas laminares, na revista da pesca. Que saudades eu tinha de ver as belas “correias” ondulando dentro de água. A revista trazia um excelente trabalho de investigação sobre as razões da diminuição e do quase desaparecimento dessas algas junto à costa e as consequências devastadoras dessa ausência sobre a fauna piscícola marítima. Mas ia mais longe. E questionava o IPIMAR sobre as medidas que pensava tomar para uma eventual recuperação.

Nas páginas seguintes, e ainda fruto do diálogo com o IPIMAR, divulgava extractos de diversos estudos científicos sobre a costa portuguesa.

Mais adiante, a revista adiantava dados sobre a qualidade das águas interiores, a partir de estudos efectuados pelo Instituto da Água.

Depois, seguia-se a grande entrevista. Neste número, um dos directores técnicos do Ministério da Agricultura e Pescas falava sobre as questões relacionadas com a pesca desportiva em águas interiores, com realce para a política de concessões e a problemática das espécies exóticas, entre vários outros assuntos actuais.

Continuei a folhear a revista. E corri com o meu neto, que solicitava a minha atenção. “Volta mais daqui a bocadinho que o avô, agora, está ocupado a ler coisas importantes”.

Seguiam-se depoimentos: do presidente da Federação, analisando exaustivamente o último campeonato europeu realizado em Portugal; do director técnico nacional, também sobre o europeu; do presidente da câmara da zona da pista de pesca onde decorrera a prova; e um texto do atleta italiano que vencera a contenda, por sinal bastante elogioso para com as capacidades organizativas da nossa federação e do nosso país.

Continuando, deparei-me com as páginas dedicadas à competição nacional, com resumos das classificações dos vários campeonatos e informações úteis sobre o tema, bem como uma página intitulada “Acompanhando os jovens atletas”.

Depois vinham as coisas menores, mas não menos interessantes. Uns artigos técnicos. Um estudo comparativo sobre carretos de surfcasting, com a eleição das melhores escolhas, em termos de qualidade-preço. A página da banda desenhada. A do melhor texto de ficção sobre a pesca, este mês fruto uma colaboração com uma escola de Ovar. Uma pequena entrevista ao pescador-figura-pública do mês (neste caso um actor muito conhecido). As páginas da colaboração dos leitores. Etc., etc.

Foi então que acordei…

Deixara-me dormir no sofá. Mas estranhamente não fora a ver televisão, que estava apagada. Afinal, tinha sido tudo um sonho. E reparei que tinha uma revista no colo. Era a revista da pesca (a real), aberta na página onde uma foto chamava a atenção para a insigne tarefa de cortar a preceito as lulas para iscar o anzol na pesca à corvina.
Lembrei-me do sonho e fiz uma careta.
Folhei mais duas ou três páginas e o nível da “coisa” mantinha-se no mesmo jaez, com umas páginas que não se percebiam se eram publicidade ou informação.
Fechei “a coisa” e concentrei-me no preço inscrito na capa. Fiz uma careta mais feia ainda. E balbuciei uma palavra que não vou referir aqui, pois isto é um fórum decente.

Chamei o meu neto. “Anda cá, Afonso, que o avô tem uma coisa para ti”. Dei-lhe o exemplar da publicação que é uma das mais caras do país. Ele ficou encantado com o grande e colorido peixão que trazia na capa. E eu sorri, ciente que dentro de dez minutos o meu querido Afonso teria já rasgado a “coisa” toda aos bocadinhos, com a perícia e a fúria dos seus dois anitos e meio.

É um sábio, este meu neto.
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