Vou tentar abordar tudo o sei ,o que me foi passado ,o que penso ,enfim relatar isto mais ou menos ,do que me lembro ou de histórias ,tentar mostrar o lado tradicional desta arte Lisboeta que a pouco e pouco ,passou além "fronteiras" nacionais
Por agora a ideia está a desenrrolar ,vou ter de dar bem o litro por isto ,porque ,tem muito para explicar ,para debater.puxar pela memória ,sei lá .


Será em nome das pessoas ,algumas já falecidas que lutaram como puderam pra nunca deixar esta arte acabar passando de geraçâo em geraçâo ,até aos dias de hoje ,isto sempre foi concursos bairristas ,Alfama ,Mouraria,Musgueira ,Chelas ,Ajuda, Meia Laranja ,Casal Ventoso ,Fetais ,Galinheiras e mais tarde já fôra de lisboa e na outra banda Almada ,Trafaria ,isto éra  é o hoby dos pobres ,dos metalurgicos ,dos pedreiros ,da classe trabalhadora de construçâo .As gaiolas éram feitas e sâo ainda pelos próprios passarinheiros ,hoje bem mais á frente ,pois existe de fibra e latâo ,inox ,gaiola toda em si ,eu em miudo ia para junto de dois velhotes ,que éram doentes ,um nâo tinha uma perna e mais tarde ficou sem a outra ,veio a falecer e outro que éra corcovado("marreco") ganhavam uns trocos a fazê-las,ajudava de certa forma ,faziam bastante ,eu ficava ali sentado a ver ,mergulhavam-nas num alguidar de chapa com verniz ,o ti Jorge fazias ,o ti meca tratava do acabamento e lá estavam com um ou dois pintas e 4 ou 5 tentilhões ,na altura tirar mestiçagem éra uma coisa grandiosa ,tirei um mestiço !! Ficava tudo de olhos em bico ,hoje já nâo é assim,parece que os pássaros fazem criaçâo mais á vontade numa gaiola dupla
Isto á muitas histórias ,eu proprio fui protagnista de algumas bem engraçadas
Ao contrário dum relato que vâo ver contado por dois amigos ,mas coim algumas coisas que enfim ,foram talvez mal explicadas ,mas pronto conta a intençâo
Deixo também um blog que ajudei a construir e mais tarde mandei retirar o meu nome ,a coisa nâo correu da melhor maneira e decidi assim
E até foi um desafio que me lançaram ;


Isto aparece assim que coloco no facebock ,que por acaso só agora me apercebi hehehe
Obra do Brancolas heheh Mas tudo bem ,eu sempre dei este pica a eles ,sempre e ainda costumo dar hehehe Faz parte desta tradição



Para alem  dos  grupos de remates  acima  indicados existe ainda o  RITOCHEU  que  não figura  nesta  grelha  porque  não  existe  consenso  na  classificação,  apesar  de  ser  um remate em CHEU, muitos afirmam que é apenas o melhor dos maus cantos.
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Isto nâo teve seguimento e muito ficou por explicar e modificar ,está aqui coisas que nâo estâo bem explicadas e até erradas de certo modo muito incompletas ,estavamos a trabalhar nisto digamos ,isto foi no aves pt em 2007 ou 8 pra aí ,nâo posso precisar
De seguida deixo aqui um recente relato que quanto a mim exagerado em certos pontos ou a forma como está descrita fica um pouco aquem da verdadeira essência ,mas transporta alguma alma ,só um aparte que eu tinha 6 ou 7 anos já havia concursos e éram realizados com  3 mesas ,hoje 5 ,portanto mais de trinta upa upa ,aí pra 60 anos talvez ,mas vou saber ao certo ,já soube ,mas pronto falha as pilhas ,mas adiante


Dá cabo deles, meu querido passarinho
Quando um grupo de homens de barba rija se junta num concurso de tentilhões, a sua honra também vai a jogo. Entre gaiolas num pátio em Chelas ou num quintal em Camarate, há quem ganhe tudo e há quem fique sem nada.




 
Bié, bié, bié, bié, tuim, tuim, tuim, tuim, cáscáchuéu!
De olhos fechados, parece uma tarde sossegada no meio de uma floresta, onde os pássaros cantam desde o topo das árvores. As melodias saem a um volume alto, mas não ao ponto de serem desagradáveis. Seguem-se uns aos outros, como se fizessem questão de embalar quem os ouve. Mas, de olhos abertos, a primeira imagem que se tem é a de mais de cinquenta homens, em total silêncio, à volta de cinco gaiolas apoiadas em postes e tapadas com panos. De cara séria e concentrada, dura como pedra, debruçam-se sobre a grade que os separa das gaiolas. Não há outra maneira de estar num concurso de tentilhões.
“É uma tensão muito grande. Um gajo pica sempre os outros, não é… Vira-se para o tipo do lado e diz-lhe ‘olha que o meu tentilhão é mais teso do que o teu’”, explica António Cunha, pasteleiro de 52 anos, que vive no bairro de Chelas em Lisboa. “Nós passamos o ano à espera do fim da Primavera. Quando chega a altura dos concursos é que se vê o trabalho que fizemos o ano todo”, justifica António, que já perdeu a conta ao tempo que leva de concursos de tentilhões.
Antes de o seu pássaro iniciar uma competição, António isola-o. Entra em estágio. “Vou lá para longe, para um sítio sossegado, onde não haja ninguém. Estou sempre a ver se há algum gajo que aparece por lá com outro pássaro só para desorientar o meu.”
Se a animosidade entre homens é um facto, embora seja saudável e controlada, o mesmo não se pode dizer dos tentilhões. Aos ouvidos de um humano o seu cantar pode ser agradável, mas na verdade estas aves estão num estado de tensão elevado ao máximo. “O tentilhão é um pássaro territorial e muito agressivo, se for preciso mata, é como se fosse um pitbull”, explica Miguel Mendes, desempregado de 40 anos, vizinho de António e passarinheiro por paixão. Ninguém adivinharia à primeira, que um pássaro pouco maior do que um canário fosse tão agressivo. Chegando a ter quase tantas cores como os seus primos mais dóceis, o tentilhão é um pássaro extremamente conflituoso que parte para a luta sempre que sente o seu território invadido. Nos concursos, a tensão entre os pássaros, todos machos e com o cio, é tal, que as gaiolas são sempre tapadas com panos para eles não se poderem ver uns aos outros.
Cada gaiola tem ao seu lado um jurado agarrado a um bloco de notas, que aponta criteriosamente o número de cantos que o pássaro faz. Ser membro do júri de um concurso de tentilhões é uma posição altamente prestigiante, porque é o reconhecimento de que aquela pessoa tem um ouvido muito apurado para o cantar dos pássaros. Se para um leigo, um tentilhão canta sempre da mesma maneira, um júri sabe distinguir nitidamente um “pim, pim, pim, pim, toim, toim, toim, ritochéu!” de um “ti, ti, ti, ti, ti, tuim, tuim, tuim, tuim, bébéchéu!”.
O canto de um tentilhão é divido em três partes: pega, pancadas e remate . Pode cantar, por exemplo, “tié, tié, tié, tuim, tuim, tuim, tuim, ritochéu!”. Neste caso, “tié, tié, tié” é a pega, que serve para chamar a atenção do adversário. “Tuim, tuim, tuim” são as pancadas, ou seja, as investidas mais incisivas perante o inimigo. E, quando acabam as pancadas, o pássaro só demonstra primazia se rematar o canto com um som claro e final. Uma espécie de “acabou a conversa!”, que, no exemplo acima fornecido, é “ritochéu”. O remate é um ponto essencial no tentilhão. Por isso, cada um será apelidado consoante a forma com que acaba cada canto. Se acaba em “cócóchéu”, é assim que será chamado durante toda a vida. Nos concursos, o vencedor de cada fase é o pássaro que consegue encher o peito e dizer “acabou a conversa!” mais vezes num espaço de 15 minutos.
Os concursos do Grupo Recreativo 11 Unidos duram habitualmente dois dias. O último, que teve lugar em Junho, foi ganho por um concorrente de Cascais. Quando ergueu o troféu perante os mais de 50 passarinheiros chorou de emoção.

Enquanto o Verão não traz consigo os concursos de tentilhões, o tempo é passado a preparar as aves para as competições. Não há férias nem interrupções, e qualquer desleixo pode ser fatal quando as gaiolas são alinhadas.
“Ouve lá, estás a passar os cantos?”, pergunta António a Miguel, que está sentado ao seu lado no café do Grupo Recreativo 11 Unidos, em Chelas. “Sim, está descansado,” responde-lhe Miguel, enquanto mexe num computador portátil, com a cara quase a tocar no ecrã. Com o cabelo curto pintado de loiro, vestido com uma camisola verde tropa e calças de fato de treino cinzentas, Miguel parece um cantor de uma boys band dos anos 90 já na reforma. António só descansa quando Miguel lhe entrega em mão uma pen com cantos de pássaro, feitos a partir de um programa informático. Com o assunto resolvido, relaxa e cruza os braços, tapando as palavras em inglês desconexas que estão estampadas na sua camisola sem mangas cinzenta.
Volta e meia, António olha para a janela do café, onde está pousada a gaiola com o seu tentilhão. “Ti, ti, ti, ti, tuim, tuim, tuim, torrochéu”, vai cantando o pássaro, do qual só se vê a sombra através do pano branco que tapa a gaiola.
Se o objectivo de António é ter um tentilhão que cante bem e que seja valente, então há que pô-lo a estudar. António reserva uma parte da casa só para o seu pássaro, onde ele pode permanecer em total silêncio. A alimentação consiste em alpista, maçã, frutos secos e água enriquecida com vitamina E. “É como se fosse o Viagra do tentilhão, para ele ficar com muito cio”, explica o dono. Quando já está tudo pronto, António pega no gravador, escolhe uma melodia, e deixa-a a tocar durante meio dia.
“Ele fica lá a levar com aquela ensaboadela, tem de estudar. Mas também não posso deixar o pássaro a ouvir aquilo a toda a hora, porque se não também já não aprende nada e só lhe faz mal à cabeça. Eu também gosto muito dos Pink Floyd, mas se os ouvisse o dia todo também já os começava a deitar pelos ouvidos fora, não é?”, diz, com o cabelo grisalho penteado para a frente, incapaz de dizer uma frase sem se rir.
A excepção é quando se lembra dos tentilhões de outros tempos. Os melhores. “Não havia tentilhões com cantos tão bonitos e longos como os portugueses”, garante António, e Miguel confirma. Falam, por exemplo, do torrochéu da Borda de Água, do cócóchéu da Arrastada, do bébéchéu de Assafar e do bréubréuchéu de Vila Franca de Xira. “Já desapareceram todos”, vai repetindo Miguel, conformado, atribuindo as culpas aos incêndios e aos insecticidas.  “Os de antigamente é que eram…”
Numa mesa do outro lado do café do 11 Unidos, um cliente mete-se com Miguel: “Sabes qual é o problema do antigamente? É que o antigamente já acabou!”
Já acabou e nunca mais volta. Tal como Bruma nunca aprenderá como Peyroteo chegava o pé à bola em cada golo que assinalava, por não haver imagens em vídeo do melhor marcador de sempre do Sporting, os tentilhões de hoje só com muita sorte cantarão como os melhores de sempre, já que não existem gravações sonoras de antigamente com qualidade suficiente.
Por isto mesmo, quem leva os concursos de tentilhões a sério sabe que é urgente controlar quem tem acesso aos cantos. “Eu não vou andar aí a passar os cantos que faço a computador a toda a gente, senão depois também perdem valor. É bom para nós termos cantos que são únicos, e se os espalhamos isso vai à vida. É assim. Quem quer peixe tem de molhar o cu!”, explica Miguel. Só passa cantos aos amigos mais próximos, como António, mas geralmente num sistema de troca por troca. “Não passes isto a ninguém, senão espalha-se”, adverte-os sempre.
Miguel parece estar mais preocupado com a exclusividade dos seus cantos do que com o facto de os concursos de tentilhões, tal como a posse de um pássaro selvagem em cativeiro, serem ilegais. “Ainda há pouco tempo paguei 530 euros de multa e mesmo assim ainda cá ando. Desde que dê para continuar nesta vida, eu vou pagando as multas que tiver de pagar.”
Ao mesmo tempo que Miguel fala, António vai deixando sair um assobio por debaixo do bigode farto e de risco ao meio bem pronunciado. O assobio sai-lhe tão bem que é quase impossível distingui-lo do cantar de um pássaro. António só quer que o seu torrochéu lhe responda. É verdade que o pássaro está longe de ser um bréubréuchéu de Vila Franca de Xira ou um cócócheu da Arrastada, mas continua a ter o seu valor. “Se mo quiserem comprar por 300 euros não o levam de certeza. É o levas!…”
 

Uma das regras de ouro para manter a sanidade dentro do meio dos concursos de tentilhões é entender que o pássaro é mais importante do que o homem. “O tentilhão é chulo, ele só canta quando quer,” grita um dos clientes do café do 11 Unidos. “O pássaro é que manda nisto tudo.”
Ainda assim, as histórias mais marcantes dos concursos andam sempre à volta dos homens. São histórias contadas com orgulho, mesmo que sejam as histórias dos outros. Em Chelas, Camarate ou no Bairro da Boavista, onde se concentra a maior parte dos aficionados por tentilhões, são várias as histórias que passam de geração em geração, e que são recorrentemente lembradas em conversa.
Uns falam do senhor Luís, de Cascais, que era cego. “Era incrível, mesmo sem ver o homem não deixava que a família tratasse dos pássaros. Ele é que fazia tudo, tratava deles, da comida, dos treinos… E ele apresentava sempre bons pássaros, eram os melhores pássaros do Monte do Estoril e de Cascais.”
Outros falam de Virgílio, residente Chelas, que, além de exímio na arte de apanhar pássaros, consegue treinar dos melhores tentilhões daquele bairro da cintura de Lisboa. Houve um ano, porém, em que Virgílio se apercebeu de que o seu pássaro não era valente. Quando confrontado com outros tentilhões, perdia o pio. Ainda assim, pôs o pano sobre a sua gaiola e apresentou-se a concurso. “O pássaro começou a cantar muito, uma coisa incrível”, recordam alguns. Os cantos foram contabilizados e, como já era de esperar, Virgílio saiu vencedor – até que um dos membros do júri se lembrou de desatar o pano que tapava a gaiola. Em vez de um tentilhão, encontrou um gravador.
Mas é só quando falam de uma história que já tem quase 30 anos que os aficionados por concursos de tentilhões baixam a voz. Tudo começou num café, onde dois homens discutiam, já aos gritos, qual deles tinha o melhor pássaro. Só havia uma maneira de saber quem tinha razão: fazer um concurso ali mesmo, no café, perante toda a gente.
Já com as gaiolas pousadas nas mesas, o café calou-se para seguir o duelo. Mas cedo a expectativa de um grande embate foi gorada: um dos tentilhões começou com força, entrou com tudo ao jogo e cantava sem interrupção na gaiola. O outro, com medo, ficou calado.
Humilhado pela prestação da sua ave, o derrotado pegou na gaiola e foi para casa a correr. Depois de trancar a porta, matou o tentilhão e, de seguida, enforcou-se.
 
* Versos de Fernando Serra (1985), passarinheiro e amante de tentilhões

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Á várias histórias ,algumas nâo sei se é verdade ,mas as que vi ,á isso foram ,contarei mais tarde ,se tiverem alguma história ,temos o Bruno que viveu nisto ,pode ter algo importante a contribuir ,agradeço toda a ajuda possivél ,isto está só assim em esboço ,que trei de trabalhar melhor ,mais tempo ,mais concentrado ,por agora fica isto e pelo que sei este ultimo artigo ainda está a ser trabalhado ,dá para tirar uma base desta arte

Bom zé no que poder ajudar , ajudo falarei com o meu tio de certo tem muitas historias para me recordar , sei que ele tinha uma dupla vencedora a chamada dupla laranja mecanica que mais tarde veio a pertencer ao peixeiro russo da ajuda , lembro-me que o russo comprava ou tentava comprar os tentilhões que gostava de ouvir , e se desse para o concurso melhor ainda ....
conheci o sr Luis de cascais quando chegava a sua comitiva ao bairro da boavista era um aparato , era muito acarinhado por todos sempre com grandes maquinas , não tenho certeza penso que chegou a enfartar no bairro depois do passarinho ganhar a finalissima ..

lembro da malta que vinha de todos os lados á Ajuda a tasca da D.rosa (viuva) vinham para estimular os passarinhos , depois iam ao bairro da boavista , falava-se dos cantares , ouvia-se os passarinhos e falava-se deste ou daquele , combinava-se armações etc etc
Lembro-me de ir ver a chegada dos passarinheiros ao fim da tarde, iam numa carrinha e depois cada um ia para um lado fazer a sua armação andavam muito a pé para selecionar os melhores e depois a hora combinada encontravam-se no carro ehehehe
Corri centenas de km com o meu tio , ouvia cada passarinha o maximo que podia e logo se via se dava a mão ou não , lembro-me do segredo dos sitios , dos cantares gravados nas cassetes ainda não havia cd nem mp4 ... nunca tinha muitos 2 a 3 mestres e na altura dos novos dois ou 3 de cada terra para os trabalhar cada terra anilhada com a sua cor e ia os pondo a sua maneira uns virava-se outros não iam a sua vida ou eram oferecidos a amigos para o concurso ... quando era no bairro da boavista ia lá sempre e aproveitava para apanhar as varas de armeiro e meter a conversa em dia e ouvir uns passarinhos ....

Sei que o clube ornitologia almadense organizava os concursos e tinha intenções de voltar , como me inscrevi no clube este ano vou tentar saber mais promenores da coisa

Isto ainda tem muito mas muito ,tenho que me sentar numa mesa pegar num bloco e tentar ir buscar algumas coisas ,eu no entanto ,sempre me isolei digamos ,onde havia ajuntamentos ,cumprimentava a malta e afastava-me ,ainda hoje o faço ,sei lá é o meu feitio ,daí ter passado um bocado ao lado das histórias e de pessoas ,tinha aquele grupo restrito o Roltancio ,Júlio ,Pitadas o meu tio ,Zé Orellhas que tinha um grande ouvido ,era assim como eu talvez ,falava muito pouco ou nada de armar ,porque isso para mim é o ultimo reduto ,nâo dou  assim tanta importancia a isso.

olha meu amigo eu nem me comparo a eles ,gosto deles e tal ,mas fico sempre noutra e nem falo assim tanto de cantares na rua ,calo-me e digo que é bom ,e cá por dentro digo ,granda merda ,assim eles pagam uns valentes copos e ninguém discute heheh A ratice é um posto e eu tenho-a ,aprendi assim ,tens um passarinho? epá esse é o melhor que aqui está pá ,mesmo que nâo o ouça hehehehe

Amigo falo de coisas com 20 anos , como eles faziam para rentabilizar um carro iam e cada um seguia uns para esquerda outras a direita , amigo nem telemoveis havia quanto mais.. sabemos que a captura faz parte da tradição , não esta em causa quem apanha o que ou quem apanha mais , nas tertulias fala-se de tudo um pouco , nas historias do velhos tantas coisas eles relatam os cantares antigos , as formas como educavam nada tem haver com os dias hoje , quem na altura á uns bons 25 anos saberia mexer num pc e fazer cantares ... eram gravações de cassete gravadas ali dos mestres com cãe a ladrar , carros a passar , a maria a mandar vir etc etc ...
Lembro do meu meu tio fazer os passarinhos a cassete e com os mestres , se não o conheçes vais o conheçer que tenho o prazer de te apresentar e tenho a certeza que te vais identificar com ele pois ele pensa assim como tu e só lhe interessa um ou dois passarinhos ...
Podemos comprar passarinhos novos , mas que não é a mesma coisa lá isso não é zé e sabes bem...
Quem vem de fora deste mundo tem de perceber as coisas como um todo e encararem este hoby como uma arte e não como assassinos dos passarinhos como "somos apelidados" .
A arte esta viva e bem viva e não é segredo para ninguém o que que temos de fazer é mostrar o lado bom da coisa , compreendes zé ?
Por isso não concordo com noticias sensacionalistas que metem para baixo o hobby, gostava sim de ler o que de bom se faz cá e da bela arte que é, do impacto dos incêndios, ou o uso dos quimicos , como vejo a pulvorizar os pomares e vinhas na epoca dos ninhos ... quantos sobrevivem ?? quem pensa nisso? e o passarinheiro é que é o mau? quando falo em passarinheiro é passarinheiro a seria e que respeita .

Por isso gostava que se fizesse um documentario para que todos aqueles que não acreditam no hobby , percebessem o bonito que é ser passarinheiro ...
Um documentario á seria com pegar, miolo e remate é disso que gostava zé ...

Zé sem bem do que falas , essa tua escola foi a minha escola com o meu tio , não tenho de provar nada quando vinham a minha beira saber o que cantava respondia o passarinho canta o que sabe era a ratice dos velhotes , num concurso á uns anos bons estava isolado com dois passarinhos a cantar pendurados num armeiro vejo um velho daqueles "manhosos " no meio de tanto passaro vejo ele cada vez mais perto e simular que procurava algo no chão e punha o ouvido a jeito , tanto veio que chegou a minha beira e fez-me sinal com o dedo no ouvido estava a ouvir os meus passarinhos , chega-se mais a frente disse-me muito bons se quiseres vender fala comigo e foi-se embora para não levantar estrilho ...
Como ja disse quem sabe ouvir sabe, não pergunta o que canta iam muitos ter com o meu tio tb para ele os ouvir ...
A cerca de sitios tenho um cantinho que enquanto houve arvores teve sempre tentas bons , nem um mau havia lá , era uma mancha de eucalipos com zona suja e uma zona de cultivo arrasaram com as arvores e os tentas desapareceram nem nas zonas mais afastadas se ouvia um ... agora as arvores novas estão grandes , pode ser que surja lá algum dos bons, mas não creio que daquele mel se volte a ter  

É o que todos querem Bruno ,que se ensine ,óbvio ,mas nâo sirvo para professor ,a maior parte fica sempre e sempre só pra mim ,explico assim por alto nâo vou aprofundar e nem concordo com metade do que foi aqui escrito por eles

Neste hobby como em quase todos tem os seus segredos para o seu sucesso alguns que sei , só os passarei um dia que tenha um filho e que goste disto.... como dizia o outro a muita maneira de se esfolar um coelho e nem tudo a net ensina amigo:fixe: 

Olha meu amigo ,a maior parte e até bem cotas passarinheiros  nâo sabem o que é um cantar da bordágua ,o que o pássaro tem que fazer para que o seja ,nâo sabem amigo,constatei isso várias vezes e ainda constato .

O cantar tem que ser todo ele ,no pegar ,nas pancadas ,nas divisôes alteadas  e no repartido se tiver outro pegar ,já é desmanchado ,já está estragado ,muita malta e a quase todos só sabem remates ,mais nadinha e mesmo passarinheiros antigos eu já ouvi conversas ,que pelo caminho de volta a casa ,venho-me a rir

Se conhecer o teu tio e com o pássaro á frente ,vais ver com os teus olhos como vou reagir ,vais ver ,o silencio vai tomar conta de mim ,nem vou ter assim uma conversa de ir além ,é com todos.Vai porque eu conheço-me e bem .

Explico mais depressa a um puto de 10 anos do que a um homem ,acredita e olha que já fiz alguns ,ainda que incompletos .

um dia temos uma pequenininha conversa e vez o meu pensar ao vivo ,mas já estou mudado ,os anos e a idade faz disto

uma coisa é certa ,passaro na minha mâo ,canta em todo o lado ,todo se entrar em casa de alguém ,tem que cantar e canta -por vezes vcala é tudo em casa deles ,muita mexidos man ,muita maronga ,destemidos ,cantadores e pulmosos

concurso e tudo nâo tenhas dúvidas

Se te tiver que dar o meu parecer sobre um pássaro teu ,chamo-te á parte e nem ponho a ideia de o adquirir ,se fôr bom ,digo-te é pra nâo deixares ele ir embora ,mas só para amigos a sério .

Oh amigo eu sei como é isto , o meu tio deixou os concursos por causa de alguns tinham a mania , chateou-se vai para ver malta amiga , os passarinhos dele ficam em casa ... ninguem sabe o que lá tá , de vez em quando lá os traz a rua para abrir os olhos a alguns depois vai os dando , o que ele gosta mesmo é de os virar ...
De momento não tenho tentas porque ainda não tenho as coisas á minha maneira e tudo a seu tempo , se deus quiser irei tentar fazer um ou dois como manda a lei , espero tirar uns mestiços também ...

Sei bem as marongas do pessoal , cresci com elas amigo entendo bem do que falas e da pirataria que há .... siga avança com as datas do concurso sempre vê caras conheçidas, mata-se uns couratos e umas minies .

Na net não se aprende muito, quem pensa que é chegar e vencer tá muito enganado é lá nop terreno que se aprende .

Nâo se ensina ,ensina pois ,olha basta eu querer ,posso partir todo um cantar em fraçôes no audacity  e explicar tim tim por tim tim ,eu ensino outros e quem me ensina a mim ??,também ainda nâo sei tudo ,eu abro-me e a malta fecha-se ,na net tem sido assim ,nunca tive um amigo que aqui na net que me desse um cantar a sério ,nunca ,no entanto dou ,na boa e bons ,olha que nâo á nas gaiolas ,podes ter a certeza .
Muitos e até aqui ,têm e cortam-se a dar-me man ,eu sei como isto funciona ,ou julgas que ando aqui a dormir ,longe disso Bruno ,muito longe .

Mas é para o lado que durmo melhor ,tenho 4 gigas de cantares ,só bliblichéus em gravaçôes tenho umas vinte ,de várias maneiras de vários lados porque adoro bliblichéus e outros ,bués  ,fui juntando ,trocava daqui e dali ,hoje pedem-me um cantar e eu tenho ,tou-te a dizer amigo

Só á um que me dá cantares a sério e eu dou a ele ,cheguei ao ponto de levar o disco externo a casa dele e bute aí ,descarrega ,é verdade ,mas só esse ,nem do bairro ,porque sâo agarrados e eu tou fartinho de os desenrrascar ,quando têm um jeitoso fazem pirraça de telemóvel ,percebes como isto funciona ,tú sabes que é assim ,se o teu tio ouvisse aqui certos cantares ,intrigava-se como fui eu buscar aquilo ,originais ,nada de montagens ,se calhar até nunca ouviu massim como pode ter alguns que eu nunca ouvi ,mas olha que duvido ,essa é a verdade .Só ouvindo mesmo .

Eu sei zé como as coisas são só sabem pedir , chega a altura de retribuir não se chegam a frente ... lembras-te da conversa do sr que tinhas os pintassilgos ao lado da tasca? fui eu que lhe arranjei todos , levou alguns para um irmão na terra , sabes quantos mestiços tirava por ano com eles ?? pedi a conta ... sabes quantos me ofereceu??? O ... apanhava tentas novinhos la da terra dele sabes quando me deu ?? O........ e queria sempre mais pintassilgos ... até que a fonte secou ... achas que me aborreci com ele?? nem pensar apenas , aves minhas nunca mais viu .... quando apanhei o meu mestiço nas passagens , só cantava a pintassilgo e andava comigo para todo o lado , andou de volta de mim como uma carraça , bateu bem as notas mas nada mais levou. E nesse ano tirei 7 mestiços machos todos eles foram feitos por esse tal mestiço eram balas autenticas ficaram dois o resto foi oferecido .., quem me conheçe sabe que sou de dar , não peço nada em troca .

Amigo sei que ele tem algumas cassetes e alguns CD não me perguntes que cantares tem , mas posso pedir e gravo que ele nem no telefone mexe quanto mais num pc amigo ele ainda esta no tempo do calhau eheheheh

lembro-me que tinha algumas cassetes de descascacheu, bliblichéu . do intotocheu mas é só vagamante que me recordo , ele tb deve ter para lá cassetes que devem ter bem mais de 30 anos para mais e não para menos ...
sei be como funciona a coisa amigo ...
Se ele tivesse bem de certo até ja tinha lá material para meter a estudar  mas a vida não é justa para todos e enfim tudo se resolve ...