A Câmara de Mértola criticou hoje o processo de libertação de um casal de linces ibéricos no concelho, no âmbito da reintrodução da espécie em Portugal, considerando-o "apressado, mal preparado, incorreto e até em desconsideração da população" local.



Num comunicado enviado à agência Lusa, a autarquia frisa que não participou diretamente no processo, mesmo considerando que é "muito importante para a recuperação de uma espécie em vias de extinção".

Segundo a autarquia, o Ministério do Ambiente decidiu "avançar com o processo de reintrodução sem acautelar tudo o demais, ao estilo de 'faça-se a ponte que o rio logo chega', que é como dizer solte-se o lince que depois obrigamos todos a aceitá-lo".
"Não basta soltar o lince, para o processo ser responsável, têm de se criar condições para o manter, o que não aconteceu", refere a autarquia, criticando o território escolhido para a libertação de um casal de linces ibéricos ocorrida hoje no concelho de Mértola, a primeira em Portugal de exemplares da espécie criados em cativeiro.
O casal foi libertado e irá viver, numa primeira fase, num cercado de solta branda, onde terá um período de aclimatação, acompanhado por técnicos, que tomarão a decisão de o libertar posteriormente na natureza.
O território escolhido "é cruzado por imensas estradas, que, além de não permitirem ao animal o sossego exigido, são um perigo constante devido às fortes possibilidades de atropelamento", alerta a autarquia, frisando que há "outras zonas com menos presença do homem e mais apetecíveis para a espécie que deveriam ter sido as escolhidas".
A autarquia afirma que a decisão de escolha do concelho de Mértola para a reintrodução do lince ibérico em Portugal não lhe foi "oficialmente comunicada", mas, apesar disso, desde logo procurou "ter um papel responsável e consensual no processo".
No âmbito do processo, "permanecem muitas questões por responder, que podem implicar diretamente nas atividades que se desenvolvem" no concelho, alerta a autarquia, referindo que "não houve preocupação em ganhar a simpatia e a boa opinião dos residentes no território para o projeto", porque "foi tudo gerido do ponto de vista estritamente político, apressado".
Segundo o município, escolheu-se "talvez a pior altura" para a libertação do casal de linces ibéricos, "depois da época de caça", durante a qual foram abatidos coelhos bravos, a base da alimentação da espécie.
Por outro lado, refere, o casal foi libertado numa área onde "claramente não há o número de coelhos bravos por hectare exigível para uma solta com sucesso, tudo levando a crer que os números apresentados de 3,5 coelhos por hectare foram erro de contagem ou adulterados".
A Câmara de Mértola sublinha que a sua posição será "desfavorável" à reintrodução de lince-ibérico até que sejam criadas algumas condições e dadas respostas a algumas perguntas, como a auscultação à população do município e a explicação sobre todo o processo de reintrodução.
A autarquia também defende a criação de condições para que a população de coelho bravo atinja os números necessários para a sobrevivência do lince ibérico e acordos sectoriais com todas as partes afetadas, como agricultores, caçadores e gestores de caça, pastores e donos de terrenos, que ficaram abrangidos na área de residência alargada do lince.
Os acordos servirão para assegurar às partes afetadas que as suas atividades "não são condicionadas ou restringidas pela presença do felino" e serão financiadas para desenvolverem práticas adequadas à manutenção do lince no território.
Sem estas condições criadas, refere a autarquia, o processo "dificilmente" irá ter sucesso, porque "a esmagadora maioria" dos caçadores e gestores de caça, agricultores e donos de terrenos "não concorda" com ele e o Ministério do Ambiente firmou a decisão de libertar o lince no concelho "apenas na concordância de poucos proprietários, que no seu conjunto têm menos de 5.000 hectares não contíguos".


Fonte: noticiasaominuto

Portugal no seu melhor...

De facto também fiquei surpreendido com a notícia...e até um pouco perplexo....
Não consigo compreender - certamente por não ter capacidade para tanto - como é que se pretende repovoar uma espécie sem previamente e de forma meticulosa ser criada a condição básica para a sobrevivência da mesma, que mais não é que a sua alimentação....
Diz-se (e acredito) que seja o coelho bravo....mas onde estão eles?????Não é notório e do conhecimento geral que esta espécie, nos últimos anos, tem sido dizimada até por inesperadas doenças????
Então (e ressalvando uma vez mais a minha incompreensão), vão-se alimentar de?????
Depois, se algo correr mal com os "bichinhos", imaginem só de quem é a culpa....

Mas é típico das "reformas" que se fazem neste país: não interessa o que depois aconteça, têm é que sair...depois logo se verá!!!!!

A culpa vai ser dos caçadores portugueses que dizimaram o coelho bravo.
A Sra Ministra e os seus colegas de gabiente percebem tanto de agricultura e conhecem tanto o ordenamento do terreno portugues como eu percebo de azeite, pois ate podiam soltar o bixano em Mertola mas em primeiro lugar combatiam a doença que há nos coelhos e subir a as populaçoes dos mesmo pk assim acho que ou vao Mcdonald comer ou vao passar muita fominha os bixanos

denis cruz escreveu:

De facto também fiquei surpreendido com a notícia...e até um pouco perplexo....
Não consigo compreender - certamente por não ter capacidade para tanto - como é que se pretende repovoar uma espécie sem previamente e de forma meticulosa ser criada a condição básica para a sobrevivência da mesma, que mais não é que a sua alimentação....
Diz-se (e acredito) que seja o coelho bravo....mas onde estão eles?????Não é notório e do conhecimento geral que esta espécie, nos últimos anos, tem sido dizimada até por inesperadas doenças????
Então (e ressalvando uma vez mais a minha incompreensão), vão-se alimentar de?????
Depois, se algo correr mal com os "bichinhos", imaginem só de quem é a culpa....

Mas é típico das "reformas" que se fazem neste país: não interessa o que depois aconteça, têm é que sair...depois logo se verá!!!!!

Nem mais!!!

E mais do mesmo.

http://pagina.fencaca.pt/

Luis Batista

Meus caros isto é Portugal !!!!! É publico que os Linces foram libertado num couto Turístico, o que não sabemos ( alguns ) é que o estado fez um plano de recuperação ( repovoamento ) de coelhos bravos nessa ZT. Será que os Linces vão comer as centenas de coelhos que vão ser implantados nesta zona? Ou será que alguém irá lucrar coma venda de caçadas aos coelhos na mesma zona onde foram libertado os gatinhos ?? Pergunto eu; que vou andando por cá e vendo algumas coisas do nosso belo pais.

Será que tinham razão? Provavelmente o resultado do motivo da morte não será o real.

http://expresso.sapo.pt/morreu-um-lince-iberico-que-fora-libertado-no-mes-passado=f914924

Luis Batista

o fracasso deste projeto está á vista, agora o dinheiro que se gastou já ninguem o vê!!!!

boas

a fêmea de lince morta teve como causa o envenenamento!!!(lamentável)

obra de algum "inteligente"


abraço

Está "provado" que foi veneno?

boas

provado e confirmado!!!!

abraço

Fêmea de lince ibérico foi envenenada

Resultado da necropsia e análise forense da fêmea de lince ibérico Kayakweru

De acordo com informação do SEPNA/GNR, o resultado da necropsia e análise forense efetuadas pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa, revelou que a fêmea de lince ibérico, Kayakweru, faleceu por envenenamento.

A Kayakweru era uma fêmea nascida em 2013 no Centro Nacional de Reprodução de Lince Ibérico em Silves, radio-marcada e libertada na zona do Vale do Guadiana, em Mértola, no dia 25 de fevereiro, zona onde se encontram mais cinco exemplares libertados no âmbito do Programa Nacional para a Conservação do Lince Ibérico (PACLIP).

O exemplar encontrava-se sob vigilância, apresentando comportamentos normais para a espécie. Kayakweru foi encontrada morta pela equipa de campo do ICNF no dia 12 de março, numa zona florestal, no âmbito da monitorização dos animais reintroduzidos.

No seguimento dos resultados da necropsia e da análise forense, e tal como previsto no âmbito do PACLIP, nomeadamente ao nível da prevenção e mitigação da mortalidade e morbilidade potencial antropogénica, uma brigada cinotécnica, trabalhará periodicamente na zona do vale do Guadiana, em Mértola, para deteção e controlo de venenos.

Neste âmbito, o ICNF em conjunto com o SEPNA, continuará a desenvolver todos os esforços necessários à minimização de riscos de morte, quer como o que vitimou Kayakweru, quer por utilização de laços ou outras armadilhas que possam ameaçar a boa reintrodução desta espécie.

Este trabalho será cumulativo com o trabalho da equipa de campo do ICNF, que continuará a monitorizar em permanência os exemplares já reintroduzidos. Esta monitorização é feita presencialmente e através dos sistemas de deteção à distância dos animais.

in http://www.icnf.pt/portal/icnf/noticias/resource/press/2015-04-16-Kayakweru-necropsia.pdf

Como nem tudo são más notícias, o Hongo continua de boa saúde pela Zona de Vila Nova de Milfontes.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=942528619113999&set=a.504100636290135.120343.100000706097086&type=1&theater

Boa

boas

mas então foi largado em mértola e já está em mil fontes?????

o magano passeia á brava!!!!

abraço

http://www.vnmilfontes.info/?p=5225

Bom, por estrada são mais de 100 Kms.!

Acho que foi a banhos...

boas
a fêmea que morreu
segundo dizem foi por envenenamento
e agora andam há procura de mais alguma coisa
cummps,

Pavlopher escreveu:

Bom, por estrada são mais de 100 Kms.!

Acho que foi a banhos...

manuel araujo escreveu:

boas

mas então foi largado em mértola e já está em mil fontes?????

o magano passeia á brava!!!!

abraço

O Hongo nada tem a ver com os linces que foram libertados em Mértola! Este lince-ibérico nasceu em Aznalcázar, no Parque Nacional de Doñana, Sul de Espanha, realizou uma grande viagem, surgindo no litoral alentejano. Hongo havia sido identificado pela última vez em outubro de 2012, na região de Doñana.

A avaria do seu colar emissor VHF fez com que os técnicos de Doñana desconhecessem o seu paradeiro, até que em maio de 2013 foi fotografado em Vila Nova de Milfontes e por lá continua até à data.

Para já, o único lince-ibérico existente em liberdade em Portugal é mesmo o Hongo e mantém-se algures pela zona de Vila Nova de Milfontes.

Até poderá ser verdade, mas a razia que os coelhos lá estão a levar, se calhar este será o primeiro de muitos argumentos.

 http://expresso.sapo.pt/lince-iberico-busca-de-venenos-nos-campos-alentejanos-ja-decorre=f920380

Luis Batista

É burocracia (sempre a mais aqui em Portugal), falta dinheiro, faltam peças (cromatografo gasoso) e... faltam coelhos!

São Institutos portugueses (Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas), é uma equipa cinotécnica especializada espanhola, é...

Em abono da verdade acho que ainda faltam outras coisas, algumas bem mais graves que as anteriores...

Portugal no seu melhor... Viva Portugal!

E vão mais dois.
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-05-14-Ultimos-2-linces-libertados-hoje-em-Mertola


... e bela sesta.



Luis Batista