A pesca à bolonhesa, definida como a pesca com cana telescópica e carreto tem uma enorme popularidade em Itália, país onde teve a sua origem.
Em Portugal, tal como nos restantes países, é uma técnica que não penetrou nos hábitos da maioria dos pescadores, nomeadamente na competição, limitando-se a ser uma pesca de recurso em determinadas situações adversas para as outras técnicas como a francesa e a inglesa.
A técnica da bolonhesa não deve ser confundida com um outro tipo de pesca muito vulgar no nosso país especialmente na prática da pesca exclusivamente de lazer, assente também numa cana telescópica e com uso do carreto mas tecnicamente algo rudimentar.
Embora de certo modo similar à inglesa nos seus objectivos, á pesca à bolonhesa caracteriza-se como uma pesca de média e longa distância e ou de águas com corrente em condições de ausência ou pouco vento, já que este quando moderado ou forte é incompatível com a prática da bolonhesa, e fundamentalmente pelo facto de o fio estar ligado entre a ponteira da cana e a bóia sempre fora de água, o que obriga o pescador a uma constante atenção para poder manter toda a montagem em tensão
CANASAs canas devem ser telescópicas com passadores e possuindo um comprimento que pode cariar entre os 4,5/5 e os 8 metros. Deverão ser em fibra de carbono, mais leves e de diâmetro menor, ou então de outras fibras mais baratas mas mais pesadas e incómodas que provocarão um maior esforço físico.
CARRETOSOs carretos mais indicados serão os que possuem uma recuperação rápida com bobine larga e robustos mas leves.
FIOSOs fios a utilizar no carreto terão obrigatoriamente que ter resistência abrasiva para enfrentar o forte contacto com os passadores, que sejam maleáveis para não encaracolarem demasiado e que tenham resistência à utilização dos nós
BÓIASAs bóias mais indicadas para a técnica da bolonhesa deverão ter a forma de pêra, normalmente chamadas de correr, com a quilha em bambu ou em fibra e possuindo antenas de boa visibilidade para média e longa distância. Para as situações de maiores profundidades ou de correntes mais fortes, as bóias a utilizar deverão ter um corpo ainda maior para uma melhor estabilidade. Poderão ser usadas bóias de 5 a 25 gr.
CHUMBOSNa escolha dos chumbos ter-se-á que ter sempre em conta a forte possibilidade da sua substituição em qualquer altura no decorrer da pesca, por isso terão que ser macios. Não esquecer ainda a importante utilização das olivas neste tipo de pesca.
ANZÓISOs anzóis poderão ser os mesmos usados para a inglesa, isto é, arredondados, com patilha curta, bico fino e resistente e uma farpela reduzida.
As montagens para este tipo de técnica serão sempre de acordo com a profundidade do pesqueiro, a irregularidade do fundo, a corrente e o facto muitas vezes esquecido nesta pesca que é a forte possibilidade capturas de exemplares maiores. Assim exemplificam-se genericamente as seguintes montagens:
Relativamente a todo o restante material de apoio a esta pesca, serão aconselhados praticamente os mesmos utilizados na técnica da inglesa.
Na engodagem a situação repete-se, mas na bolonhesa há que se exigir um ainda maior rigor no fisgar de engodo ou iscos para a sua queda exacta nos locais pretendidos.