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O CANARIO MALINOIS
“CURSO DE CANTO WATERSLAGER”
Antes de proceder ao estudo do canto e seus valores, me dirijo aqui muito especialmente aos aficionados, criadores e aspirantes a juízes.
Nós devemos de impregnar-nos de princípios morais, que são a base de este intento, quero dizer, chegar um dia a ser Juízes. E para isso devemos ter a intenção firme e segura de:
- Julgar sempre com toda consciência e segundo os princípios de honestidade mais completa.
- Julgar segundo os princípios de opinião universalmente na aplicação.
Ademais de as qualidades morais, destas que o Juiz deve constantemente fazer prova, tem que, ao mesmo tempo:
- Analisar o canto baixo todos seus conceitos.
- Conhecer os diferentes giros, com as suas variantes.
- Dar um valor real a cada um de os giros emitidos.
Sem todas estas aptitudes e qualidades, sempre estará exposto a uma crítica justa e motivada (tão honesta, justa e respeitável como a que mais).
Para reduzir estas dificuldades á sua mais simples expressão propõe-se ver três graduações no valor do canto, a saber:
1º.- Um canto alto e duro.
2º - Um canto de sonoridade media.
3º.- Um canto baixo e profundo.
É sobretudo a profundidade do canto o que determina, em primeiro lugar, seu valor. Vem a continuação o número de seus diferentes giros ou frases, em último lugar, a repetição de as frases ou giros positivos.
Se distinguem, no Malinois, diferenças desde o ponto de vista de apresentação, composição e Direcção do canto. Estas diferenças residem principalmente em:
- A maneira de como é iniciado o canto.
- A continuação em como são apresentados os giros ou frases.
- A repetição mais ou menos frequente de certos giros ou frases de valor.
- O movimento seguido por os giros (em línea recta, ondulada, ascendente ou descendente).
- A profundidade do canto
- A composição de os giros (frases) e de as sílabas.
- A Direcção do canto.
Voltando agora ás três graduações que anteriormente mencionamos, para determinar o valor do canto, fixemo-nos no que segue:
1º Um canto alto e duro é sempre de menor qualidade; mais ainda, alguns sons agudos no canto são medíocres e até defeituosos.
2º Um canto de sonoridade media é bom e bonito.
3º Um canto profundo e baixo, vindo por assim dizer, do fundo do peito, e apresentado de uma forma clara e doce ao mesmo tempo, é um canto de muito boa qualidade.
Depois de estes três graus de sonoridade, temos igualmente no que concerne á cadencia:
1º Um canto recitado com grande rapidez e alto.
2º Um canto emitido a uma cadência mediana e sonoridade média.
3º Um canto pronunciado de uma maneira lenta e profunda
Inútil dizer que uma declamação lenta tenderá sempre primazia sobre uma declamação rápida.
Para determinar o valor do canto, nós devemos ter em conta, ao mesmo tempo, o conjunto musical de a canção. Por isso é importante que o pássaro não interrompa a canção.
Suponhamos que dois pássaros cantam com uma cadência e uma sonoridade idênticas. Apesar de isto, não seria de estranhar que um de eles nos gostará mais que o outro, porque:
- A sucessão de os giros fosse mais apropriada e escolhida.
- A ligação entre uns giros e outros fosse mais unida.
- O conjunto de a canção fosse mais melodiosa e nobre.
Se por contrario o cantor interrompe a sua canção e a nos vai recitando por partes e a pedaços, isto nos impedirá ver as anteriores qualidades e de alguma forma nos poderá desorientar e isso influirá numa grande maneira o seu valor.
LIÇÃO 2
O APARELHO RESPIRATORIO
Está composto de:
- A traqueia.
- A siringe.
- Os pulmões.
- Os ossos ocos.
- Os sacos aéreos.
A estrutura do sistema respiratório é de uma importância capital para o canto do Malinois. Os pulmões, os sacos aéreos, os ossos ocos, e também o peito, devem ser muito desenvolvidos.
Eles contêm as reservas de ar para poder provocar o canto. Este canto exige no Malinois um esforço especial, visto que se trata de um canto especial, com muitos golpes, parecidos aos golpes de percussão nas cordas de um piano.
O ar é empurrado, com força, através de a síringe, que está provista de oito cordas visíveis, igual que em todos os passeriformes.
Estas cordas vocais são esticadas ou distendidas por uns pequenos músculos. O efeito de os choques do ar sobre as cordas vocais, em tensão ou distendidas, provocam umas vibrações: O CANTO.
ANÁLISE DO CANTO;·
O canto, num canário, é o conjunto de os diferentes giros (frases), uns hereditários e outros aprendidos baixo o influxo do meio ambiente, que el pássaro transforma em uma canção.
Então, vamos a começar por definir mais ou menos o que é um giro ou frases.
GIRO - FRASES
Cada giro de canto, como antes falamos, representa uma parte de a canção, e tem o seu carácter próprio e características bem definidas, e é por geral um conjunto de umas sílabas ordenadamente repetidas. Exemplo, LI-LI-LI-LI-LI, ´´´´´´´´´´é um giro.
SILABA
È, como consequência de o que antecede, uma fracção do giro e está composta de vogais e consoantes. Igual que na gramática.
Exemplo: L (consoante), I (vogal)
O canto do Malinois é inconcebível sem os GIROS DE ÁGUA em geral, e são próprios de esta raça que os distingue de outras. Constam na planilla oficial (ficha de julgamento) da COM, baixo o nome de klokkendes, bollendes e rollendes.
¿Como definir estes giros de agua?
¿Como distinguir de os outros giros?
Os golpes de agua são giros de canto, em os que o tom de fundo es um som dominante de agua, bem em forma de klock, bem em forma de agua fervendo a fogo lento ou em forma de agua rolada.
Por o que temos em consequência:
1.- Um som produzido por umas consoantes ou vogais.
2.- Seguidos por uns sons de fundo com um tom de água.
Portanto, os giros de agua estão compostos por dois sons diferentes, mas que se deixam escutar ao mesmo tempo. Por esta razão se lhes chamam GIROS COMPOSTOS.
Não são mais que os klokkendes, os bollendes e os rollendes, os que possuem estas características, todos os outros giros podem ser indicados como giros não compostos ou GIROS SIMPLES.
Os Sons metálicos, os Soutes e os Woutes são giros simples. Os Soutes e os Woutes são umas variantes de as flautas. São dois giros, hoje desgraçadamente muito raros. Os sons metálicos são mais frequentes. Assim pois, diremos que são GIROS SIMPLES aqueles que durante a sua emissão só se escuta um som.
LA CADÊNCIA
É a rapidez com que as diferentes sílabas se seguem. Nos Malinois devemos dizer a rapidez com que os diferentes golpes se seguem.
Estes golpes podem ser claramente separados, como no caso de os KLOKKENDES: Exemplo: WLUI, WLUI, WLUI, o bem como no caso de os STALTONEN os Sons metálicos: Exemplo: TINC, TINC, TINC, o como também de os TJOKKEN, exemplo: TOC, TOC, TOC.
Alguns golpes podem ter uma separação menos clara como de os BOLLENDES. Exemplo: WI-WI-WI: ou como de as BELLENS ou Campainhas: LI-LI-LI-LI.
Finalmente podem estar ligadas as sílabas e fundir-se entre ellas, como sucede nos ROLLENDES. Exemplo: WIWIWIWI. Também em el caso de os BELROL ou Timbres Rolados os Sonneries Roulées. Exemplo: RIRIRIRIRIRI.
Portanto, os giros de canto nos Malinois, como acabamos de expressar, podem ser: SEPARADOS, MENOS SEPARADOS E ROLADOS. Por o que os podemos dividir em:
GIROS INTERROMPIDOS- (DESCONTINUO, INTERCALAR, ETC…)
Exemplo: TOC – TOC – TOC. Aqui as diferentes sílabas ou sons são marcados por um tempo de pausa. Depois de a sílaba TOC, nós temos um pequeno tempo de pausa e depois temos um novo TOC, um pequeno tempo de pausa e um novo TOC. È o mesmo que com TJONK, TJONK, TJONK, Staltonen ou Sons metálicos; o WLUI – WLUI – WLUI: Klokkende.
Há giros em que o tempo de pausa estão menos marcados; mas, apesar de isso, o tempo de pausa sempre existe. Exemplo: LI-LI-LI- : Colchetes ou Campainhas.
GIROS IN-INTERROMPIDOS-(CONTINUOS, LIGADOS )
Ao lado de os giros INTERROMPIDOS, temos giros não interrompidos ou IN-INTERRUMPIDOS. As sílabas estão ligadas umas a outras ou unidas e no existe tempo de pausa. Então se trata de giros IN-INTERRUMPIDOS ou RULOS. Em estes giros temos uma consonante que é a consonante R, que faz de união entre as sílabas. Exemplo de os três casos: TJONC – TJONC – TJONC; LI-LI-LI; RIRIRI.
IMPORTANCIA E UTILIDADE DA ANÁLISE DO CANTO
1º.- As vocais e consoantes pronunciadas nos permitem:
a) Dar-nos conta de as sílabas utilizadas.
b) Fixar o valor de os giros.
2º.- As sílabas nos permitirá determinar os diferentes giros.
3º.- A combinação de certas consoantes e certas vocais nos dá a :
a) Fazer uma distinção de os giros
b) Determinar, más ou menos, o valor de estes.
4º.- A cadência nos poderá em condiciones de ver:
a) Fazer uma distinção de os giros cortados ou interrompidos e os giros rolados.
b) Determinar seu valor em relação com a cadência.
É natural que estas primeiras anotações nos ajudarão muito inicialmente para determinar o valor do canto, mas, evidentemente, isto não é suficiente.
DIRECÇÃO DE CANTO.
Devemos apontar primeiramente, que a direcção de canto está em relação directa com a uniformidade de canto em um STAM ou EQUIPA.
Se compreenderá facilmente que a maneira de cantar do canário depende, em grande parte, de a estrutura do seu órgão vocal. Em efeito, igual que não se pode fazer sair de um piano sons de saxofone, igualmente será impossível que um canário, dotado de um aparato vocal para emitir sons ocos, possa emitir com alguma garantia de qualidade um canto molhado ou de água. O mesmo que ao contrario.
Pode-se concluir dizendo que o canto de um canário sempre está orientado a uma Direcção de canto bem definida. As principais direcções de canto de os Canarios são:
- Canto molhado ou de água: Malinois
- Canto Oco: Roller
- Canto Timbrado: Timbrado
LIÇÃO 3ª
GIROS POSITIVOS
KLOKKENDES, COUPS TINTÉS, GOLPES DE AGUA BATIDOS.
É um giro composto e interrompido. Tem um máximo de 12 pontos a outorgar.
São conhecidos mais abreviadamente com o nome de “Kloks” ou “Klokkendes”. Se caracterizam pelos seus golpes bem marcados e profundos; claros, firmes e doces ao mesmo tempo.
Os bons golpes de “klok” começam geralmente por as consonantes: WL, GL, HL (H aspirada). Como sons de fundo fundamentais têm: “UI”, “OI” “U” (francesa) ou ainda simplesmente “O”.
Na composição de as sílabas veremos que sempre entram consoantes pares. Ademais, pode-se dizer que têm umas constantes fixas, que são a consoante “L” e a vogal “I”. Isto não quero dizer que não possam entrar no “Klok” outros sons de vogais simples. Se bem, estas lhe darão menos valor, ao fazer diminuir ou quase desaparecer o carácter aquoso que terão as outras combinações.
Nos “Kloks” de qualidade, as consoantes iniciais não dominarão jamais o som de fundo de as vogais. Quero dizer, que poderíamos construi-lo nós, como se pronunciáramos os diptongos e triptongos antes mencionados, desde o fundo da nossa garganta, como um movimento parecido ao beber um pequeno sorvo de água de um só golpe. Tratando, ademais, que o “O” final ou a conjunção de vogais finais ressone sobre tudo.
Poderíamos comparar ao som que produziria uma grossa gota de água e de uma certa densidade, ao cair dentro de um recipiente cheio de água. Também se poderia comparar o som do “Klok” ao Kcloqueo que faz a galinha ao chamar os seus pintos, com a condição ou diferença que a galinha não dobra a nota como o som de água. Neste caso, e valha a expressão, podíamos dizer que o pássaro tinha recitado a letra de a canção, mas não a música. É aqui uma vez mais seu carácter de GIRO COMPOSTO e que é o que realmente lhe dá o seu verdadeiro valor.
O que aumenta todavia mais o valor de um Klok é a subida ou baixada de tom na sua emissão. Isto não é somente de alto a baixo, mas igualmente de doce a muito doce.
Em estas circunstancias falamos de “Kloks” em:
§ Línea recta.
§ Línea ascendente,
§ Línea descendente
§ Línea ascendente - descendente.
E, repito uma vez mais, aumentam o valor quando estes são produzidos com um tom profundo e grave e com uma cadência lenta. Em um “Klok” de boa qualidade, sempre se escuta o jorro de água de uma maneira ascendente.
Cada golpe estará muito bem marcado e o elemento inicial, o seja as consoantes, não dominarão jamais o som fundamental da água.
Exemplos de “kloks”:
GLUIC – GLUIC – GLUIC.
GLOIC – GLOIC – GLOIC variante
WLUIC - WLUIC – WLUIC variante
WLOIC – WLOIC – WLOIC variante
HLUIC – HLUIC – HLUIC (aspirada) variante.
HLOIC – HLOIC – HLOIC (aspirada) variante.
GLUI – GLUI – GLUI variante
WLUI – WLUI – WLUI variante.
BLUI – BLUI – BLUI variante.
GLOC – GLOC – GLOC variante
GLUC – GLUC – GLUC variante
HLUC – HLUC – HLUC (aspirada) variante.
HLOC – HLOC – HLOC (aspirada) variante.
BOLLENDE – COUPS D´EAU BOUILLONNANTS, GOLPES DE AGUA EM EBULIÇÃO.
Máximo de pontos a outorgar, 9.
O Bollende ou mais abreviadamente “BOL” é um giro COMPOSTO e INTERROMPIDO. Sua representação fonética seria a do ruído produzido pela água fervendo numa panela a fogo lento, com a diferencia que a água ferve a uma cadência desordenada e o Bollende será de uma cadência mais ou menos rápida, mas, isso sim, sempre rítmica. O “Bollende” é á vezes difícil de distinguir do “Klokkende”; sobre tudo quando este é de uma excelente qualidade. Os golpes de “Bol”, quero dizer, os golpes individuais do ”Bollende” se sucedem a uma cadência mais acelerada que os do ”Klok”.
Nos “Bollendes” não temos as vogais e consoantes compostas que são próprias do “Klokkende”, de maneira que um “Bollende” se pronuncia pouco mais o menos assim:
- WU-WU-WU.
- WI-WI-WI.
- BU-BU-BU.
Em um “Bollende”, ordinariamente, não se escuta esse som particular de a letra “L”, como no o caso de as combinações “WL”, “GL·”, “HL”. Como tampouco a combinação de as vogais pares “OI”, “UI”, que são sons mais bem próprios do “KLOK”.
Anotemos, pois, que em os “Kloks” temos:
- O som de as consoantes “L”
- Sons de consoantes pares ou compostas.
- Sons de vogais ditongadas ou triptongadas.
- O som de a vogal “I”, em a maior parte de os “Kloks”.
Em os “Bollendes” não temos nenhuma de estas características.
No obstante o anteriormente exposto, os “Bollendes” podem chegar a ser a habitualmente de tal beleza e nobreza, tão puros de som, de forma e de cadência, que são preferíveis a um “Klok”, e facilmente confundíveis com estes. Por isso ao julgá-los devemos dar-lhes seu valor de “Bollendes”, que sempre será maior que um “Klok” em este caso concreto.
Mas, repito uma vez mais, que a cadência do “Klok” sempre é muito mais lenta que a do “Bollende” e parecida á cadência do Kcloqueo de a galinha quando esta Kcloquea tranquila.
Podíamos formar-nos uma ideia de a diferença de ambos giros se submergíramos uma garrafa ( de vinho) vazia em um recipiente cheio de agua e a bastante profundidade e colocando-a em posição quase horizontal com o fundo do recipiente. A pressão da água, sua profundidade e a posição de a garrafa impediriam que saíra o ar, contido na garrafa, com facilidade. Quero dizer, se primeiro uma borbulha de ar que, ao remontar á superfície, exploraria produzindo esse som que muitas vezes temos escutado, ao tentar encher de água uma garrafa num estanque e o fizemos afundando muito a garrafa. Depois de este primeiro som, sairia outra bola de ar e depois outra que iriam produzindo esos sonidos distanciados e profundos próprios do “Klok”.
Logo, poderíamos apanhar a mesma garrafa e fazer a mesma operação que antes, mas submergindo a menos profundidade e colocando-a em posição quase vertical. Em este caso, a pressão da água, a profundidade e a resistência á saída do ar seria menor; por consequência, as bolhas ou borbulhas de ar remontariam á superfície mais rapidamente e os sons que produziriam, ao estalar na superfície, seriam a uma cadencia mais rápida que na vez anterior, ao mesmo tempo que os sons seriam menos firmes e profundos.
Um “Bollende”, emitido com menos esforços que um “Klokkende”, será repetido más largamente. O que representa um mérito que aumentará tanto mais o valor do canto.
Antigamente, aos dois giros se les atribuía o mesmo máximo de pontos, visto que os dois eram de uma grande beleza. Mas isso trouxe, como consequência, que os criadores descuidaram a cria de os pássaros de “Klokkende”, vista a dificuldade do giro. Pois, só a podiam dar os pássaros de grandes faculdades, com o detrimento de a canção. e, para evitar que este giro tão precioso se perdera e animar aos criadores a consegui-lo e perpetuá-lo, aumentou-se seu máximo de pontuação a doze pontos.
ROLLENDE – COUPS D´EAU ROULANTS – GOLPES DE ÁGUA ROLADA.-
Giro composto e ininterrompido.
Máximo de pontos a outorgar: 6.
A estrutura do rollende o rolo de agua é mais rápida que a de os giros precedentes. O tom é menos profundo e firme ao mesmo tempo.
Como som fundamental temos sempre as vogais O, U e U francesa. Não se escutam jamais vogais combinadas, tais como OI, UI. As consoantes mais correntes são L e W.
Se comparamos no klokkende as sílabas estão sempre muito separadas e bem marcadas; em o bollende estão mais próximas umas de outras e em o rollende estão tão perto umas de outras que se fundem entre si, e as consoantes apenas são perceptíveis. Se escutam pouco mais ou menos assim:
LULULULULULULU
LOLOLOLOLOLOLO
WIWIWIWIWIWIWIWI
WUWUWUWUWUWU
Tratando do rollende é preciso que falemos do WATERROL ou CLAPOTIS que como o nome flamenco indica, é uma rolada.
Este giro não figura na ficha de julgamento. Embora, está valorizado baixo a mesma rubrica que, enquanto a natureza de este giro (não existe temor a enganar-se), a noção de agua está ali expressada até tal ponto que o menos sensível de ouvido reconhecerá o jorro de agua que roda ou desliza alegremente por uma fonte ou riacho.
A palavra “Waterrol” indica, efectivamente, uma série de sons de água rolados. Predomina regularmente a consoante R, não importando o lugar que esta ocupe ao lado de as vogais.
Se podia representar así:
RODLGWODLRUDLIRODLER –
GUADIRADIWARRADI –
BLIODBRIOUDLRIOLBLRI
Quando se escuta um bom “Waterrol” se tem a impressão de escutar o murmúrio da água de um riacho, tropeçando com pedras a flor de água ou de outros obstáculos.
Resumindo: o Rollende é um golpe de água ligado que está emitido com o som fundamental de U, ou, e U francesa. Como consoantes L e W e sílabas muito ligadas entre si.
O Waterrol está produzido com as mesmas vogais e diversidade de consoantes e, entre elas, sempre a R. Não importa o lugar que ocupe, mas esta sempre se escutará porque em sua característica de agua rolada. Poderíamos comparar ao som que produzimos ao soprar com uma palhinha em um copo de água.
LIÇÃO 4º.-
CHOR E KNORR
Máximo de pontos a outorgar: 6.
Existe certa confusão entre os criadores respeito a estes dois giros, embora que se julguem baixo a mesma rubrica na ficha de julgamento, são dois giros diferentes, mas de a mesma tonalidade.
Por isso alguns crêem ou pretendem que o Chor quanto mais alargado e continuado é, melhor; exemplo: CHOORR. Embora, é realmente tudo o contrário, sendo mais bem defeituoso; pois em este caso, ao começar por o som CH, nos daria um som duro e muito parecido a uma rasgada.
Este giro, procedente do rouxinol, tem o carácter de INTERROMPIDO.
Foneticamente se representa assim:
CHOr – CHOr – CHOr.
Podíamos comparar ao som produzido por um motor Diesel “ao ralenti”. Em o Chor a terminação de a O não está dominada por a R; se escuta esta, mas de uma forma muito ténue.
Certos pássaros dão três ou quatro golpes de Chor – Chor- Chor – Chor. O que nos dá, uma vez mais, seu carácter de giro INTERROMPIDO. Em este caso os flamencos, ou melhor dito, em o caso de que estes golpes de Chor estão mais ou menos ligados entre sí, os belgas de fala flamenca os denominam SCHOKKEL – CHOR. Podríamos traduzir por CHOR-GARGALHADA.
O Chor é um giro que, se é dado como há que dar, pode chegar a ser um giro valioso e surpreendente. Passa bastante rapidamente, o que impede poder recompensar em o mesmo grau que o Knorr, que é sustenido mais largamente.
O Chor é um giro em que se manifesta una vez mais o carácter do canto ENTRECORTADO do Malinois.
Exemplos de Chor:
Chor – Chor- Chor.
Chur – Chur – Chur = variante.
Char – Char – Char = variante.
Cher – Cher – Cher = variante.
Como é lógico deduzir, os bons chor serão pronunciados com a vogal O; com a vogal U são de menor qualidade e com a A e a E são de má qualidade e ainda defeituosos ás vezes, segundo o acento que ponham em a CH. a CH, para ser de boa qualidade no Chor, deve ser uma CH gutural.
KNORR.- O knorr, contrariamente á maioria de os giros do Malinois, não se faz escutar de uma forma entrecortada ou batida, se não mais bem de uma forma rolada.
Como consoantes iniciais têm KN seguidas de as vogais O ou U e com uma R ou RR alargadas como terminação.
As palavras Chor e Knorr são como outras tantas denominações de giros, nomes fonéticos para dar a entender o que pássaro faz.
Foneticamente o Knorr poderíamos comparar ao ronqueio de satisfação que fazem ao comer os porcos.
Exemplos de Knorr:
KNoRRoRR CoRR
KNuRRuRR CuRR
KNoRR-NoRR
KNuRR-NuRR
Igual que no Chor, os de melhor qualidade são os pronunciados com a vogal O, com a U são de menor qualidade e com A ou E são defeituosos quase sempre.
LIÇÃO 5º.-
FLUITEN - FLAUTAS - SOETEN – WOETEN – WOUTS
Todos os canários Malinois deixam escutar flautas, mas elas são de tal variedade que para seu estudo podemos dividi-las em:
a) Flautas agudas e elevadas,
b) Flautas roladas,
c) Flautas graves com sons fundamental de U e U francesa.
Em as planilla se valorizam as flautas e os SOETEN ou SOUTES baixo a mesma rubrica e têm um máximo de 9 pontos a outorgar.
Os Woeten ou Wouts, ainda que são uma variante de as flautas, não se valorizam baixo a rubrica de as flautas, senão que têm já especificado á parte seu valor, ao que se atribui um máximo de 6 pontos.
As flautas agudas com sons fundamentais de IE e com consoantes de S - R ou TS não têm nenhum valor; é mais, são defeituosas e a considerar como giros negativos.
Devem ser consideradas como boas flautas, aquelas emitidas lentamente e de forma continua, em um movimento mais o menos ondulante (ascendente o descendente), podendo estar representadas de a maneira seguinte: TSUUT - TSUUT – TSUUT. Em este caso estas flautas são chamadas SOETEN ou SOUTES, são de menor valor se estão pronunciadas com uma U francesa em vez de a U espanhola ou portuguesa
Ademais de as flautas anteriores, temos as flautas “DU-DU”, que são pronunciadas por o Malinois tal como se lê. Começam por D e têm o som fundamental de a U, com um tom muito grave e uma cadência muito lenta.
Finalmente temos as “Flautas-Klok” ou as flautas emitidas baixo forma de Klokkende ondulante; o tom é bastante baixo seguindo o mesmo movimento que o Klok, sem ter, o som fundamental do jorro de agua. Estas flautas provocam que muitos criadores caiam no erro de confundir com Klokkendes. Estas flautas são muito boas, mas, ¡atenção, não são “Klokkendes”.
A modo de orientação, e sem que isto queira dizer que não se possa produzir de outra maneira, diremos que os Klokkendes os dá o Malinois, por regra geral, ao começar o canto; e isto é compreensível se teremos em conta que é um giro de difícil execução e que o pássaro necessita de todas as energias de ar contidas nos seus pulmões e sacos aéreos.
O elemento inicial está composto, ao igual que nos Kloks, por as consoantes WL – GL – HL – BL e o som fundamental é UI e OI.
WOUTS O WOETEN
Quando o Malinois em uma flauta grave emprega como consoante inicial a letra W e a faz seguir de uma U alargada, e em movimento descendente até quase apagar-se completamente e termina por uma T, apenas perceptível, então tratam-se de flautas “WOUTS”.
E podemos representar assim: WUUt – WUUt – WUUt. Actualmente aceitam-se igualmente como Wouts, se são emitidos sem a W inicial e sem a T final. Este giro é ordinariamente dado em linha ascendente; igual como faz o rouxinol.
Os Wouts com consoante inicial T são WOUTS degenerados. Estes são sempre considerados como giros positivos, mas não obtêm mais que um mínimo de pontos. O máximo de pontos a outorgar é de SEIS.
LIÇÂO 6
BELLEN – CLOCHETTES – CAMPAÍNHAS
È um giro simples e interrompido. Máximo de pontos a outorgar, SEIS.
As características de este giro são as seguintes:
1ª Sempre L.
2ª Nunca R.
3ª Giro interrompido.
As campainhas têm suas características bem precisas e as particularidades residem em o facto de que as sílabas são repetidas com um pequeno tempo de pausa entre cada sílaba. Este tempo de pausa é completado, por a letra L.
Os sons fundamentais de as Campainhas de boa qualidade têm uma ressonância metálica e se parecem um pouco aos timbres rolados, quero dizer, que são de a mesma gama.
Poderíamos representarlos assim:
LI-LI-LI-LI-LI
LU-LU-LU-LU-LU (com U francesa) variante.
LING –LING –LING- LING variante.
LUNG - LUNG –LUNG –LUNG –LUNG ( com U francesa) variante.
TI-LING – TI-LING – TI-LING.
TI-LON – TI-LON – TI-LON.
TI-LUN – TI-LUN –TI- LUN.
BELROL – SONNERIES ROULEES – TIMBRES ROLADORES
Giro simples e ininterrompido. Máximo de pontos a outorgar, SEIS.
A palavra francesa de “Sonneries roulées” é uma denominação mais apropriada e feliz que a flamenca “BELROL”, cuja tradução ao português seria a de “Campainhas roladas”. A estrutura do giro em questão é incompatível com a denominação “campainhas”, toda vez que as campainhas não podem matizar e Rolar simultaneamente, portanto, ao referirmos a este giro, devemos fazê-lo com o nome de “Sonneries roulées” ou, melhor ainda, em português, “Timbres rolados”.
È um giro situado dentro de a gama de as campainhas como anteriormente falamos, e têm como consoante inicial a R e como vocais a I – U (francesa) e O e sempre com um som metálico. Como é compreensível, se lhe chama por Timbre rolado para sublinhar sua característica de “rolo”.
Suas principais características são:
1ª Sempre R,
2ª Nunca L,
3ª Giro ininterrompido.
4ª Sempre som metálico.
Sua representação fonética seria:
RIRIRIRIRIRIR.
RURURURURU (com U francesa) variante.
RURURURURU (com U portuguesa) variante.
RORORORORO variante.
A boa qualidade de este giro está em relação directa com:
1º A pureza de as vocais e, sobre tudo, de a I.
2º A presencia absoluta do timbre metálico.
3º A articulação mais ou menos acentuada de a R.
4º As vocais I e U (francesa), se são demasiado agudas: ou não têm sons metálicos ou bem estão dominadas por a consoante R; então o giro vem seco, agudo ou nasal é desagradável e não têm nenhum valor.
La I combinada com R y S a bico aberto e acompanhada de uma forte exalação nos dará sons estridentes, mais bem parecidos aos de um periquito.
Poderíamos comparar com o som de uma campainha eléctrica de una porta ou de um telefone.
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FLUITENROL – FLAUTS ROULEES – FLAUTAS ROLADAS
Giro simples e ininterrompido. Máximo de pontos a outorgar, SEIS.
As flautas são “roladas” reproduzem-se com as seguintes características:
1ª Em um movimento vibrante,
2ª Com as vocais O, U ou U francesa em forma alargada.
3ª Com a consoante R pouco perceptível.
Devemos anotar que a consoante R não pode, em nenhum caso, dominar o som fundamental do giro, nem ter som metálico, pois, em este caso, se converterão em timbres rolados.
Com a vocal E, bem seja clara ou escura, o giro é de menos valor, já que em este caso torna-se confuso e nasal.
São consideradas flautas roladas muito valiosas, quando se dão baixo uma forma variante, por exemplo:
(r)U(r)O(r)U(r)I(r)O, etc.
De tal forma que o som fundamental varie de uma U ou uma O profunda, para subir até uma I ou uma U francesa, ou bem inversamente. E se a cadencia é variada harmonicamente, é “ o não vai mais”. Se as poderia comparar a esses cantos tão conhecidos que fazem os “tiroleses”.
Características:
1ª Nunca sons metálicos.
2ª Nunca L.
3ª Sons de flautas de cadência elevada.
4ª R doce e pouco perceptível.
LIÇÃO 7ª.
TJOKKEN - TJOKKENROL – TJOKS – TJOKS ROULEES – TJOKS O TOCS – TOCS ROLADOS
As palavras TJOKKEN, TJOKS e TOCS não são mais que uma expressão fonética e nos dão uma ideia muito exacta do giro em questão. Por o que, embora estão escritas de diferente forma, segundo o idioma empregado, bem na língua flamenca, francesa ou espanhola, se pronunciam igual que em Português: “TOC” em singular.
Efectivamente, o pássaro pronuncia a palavra “TOC” tão claramente que ninguém pode confundi-lo com outro giro; não se pode, pois, fazer melhor descrição que a mesma palavra “TOC”.
Os “TOCS” têm um certo parecido com os TJONKS METALICOS, são quase de a mesma beleza; ambos giros são originários do rouxinol e aumentam de grande maneira a qualidade do Malinois. Para determinar seu valor, teremos em conta o seu volume, a pureza do som e dicção, assim como a cadencia que terá de ser com preferência lenta. Nunca os “TOCS” emitidos rapidamente terão o valor de aqueles que se dêem com um pequeno tempo de pausa depois de cada sílaba. Poderíamos representá-los assim:
TOC - TOC – TOC.
Se o pássaro pronuncia uma U em vez de uma O: TUC – TUC – TUC, o valor do giro diminui.
Se dá uma A ou uma E, não têm nenhum valor; é mais, torna-se giro negativo e, em lugar de atribuir-lhe pontos, se lhe devem subtrair de aqueles que dera, em uma variante, melhor em esse giro. Se os têm, não se pontuará o giro, mas se terá em conta na hora de atribuir os de impressão, se houvera lugar a isso.
Os tocs repetidos não devem ser confundidos com TJOKKENROL ou TOCS ROLADOS, ainda que estes tocs sejam emitidos a uma cadência rápida.
Os Tjokkenrol ou Tocs rolados valorizam-se baixo a mesma rubrica na planilla que os TJOKKEN ou TOCS e podem considerar-se como uma variante de estes.
Tendo em conta o anteriormente exposto, se trata de diferenciar entre os Tocs repetidos e entrecortados e uma série de Tocs ligados entre eles por uma R quase imperceptível.
DIFERENÇAS:
1ª Os TJOKS ou TOCS, golpes bem marcados.
2ª O Tjokkenrol ou Toc rolado, golpes de Toc ligados entre eles por uma R pouco perceptível.
Máximo de pontos a outorgar a este giro: SEIS.
SHOKKEL – WATERSCHOKKEL – BERCEUSE – BERCEUSE MUILLE – NANA OU CANÇÃO DE EMBALAR E NANA OU CANÇÃO DE BERÇO COM ACÊNTO MOLHADO.
O Schokkel ou a Berceuse é um giro com umas sílabas muito entrecortadas e que seguem um ritmo balançante. O corpo do pássaro segue o ritmo de este giro.
Não se escutam consoantes duplas em este giro. Em um Schokkel harmonioso estão compreendidas as vocais U – O e U francesa, muito limpas e antepostas por as consoantes H (aspirada) L – G ou B.
O Schokkel com som fundamental A – U francesa – O e E clara ou escura são de menor qualidade e ás vezes defeituosas.
O giro o poderíamos representar assim:
HU – HU – HU – HU (H aspirada)
HO – HO – HO – HO (H aspirada) variante.
BU – BU – BU – BU (com U francesa) variante.
GU – GU – GU – GU variante.
É possível que certos giros de Schokkel sejam emitidos com uma variante alternativa de tom, quero dizer, que uma sílaba seja emitida mais alta e a seguinte mais baixa ou bem uma mais forte que a outra. Esta característica aumenta naturalmente o valor do giro. Esta variação de tom é análoga ao canto do relógio de parede “CU – CU”.
Não pode existir um Schokkel rolado e, por tanto, não se escuta nunca a R. Não pode ser também em movimento ondulado, já que o movimento ou, melhor dito, o golpe cortado não pode ondular. Finalmente, pode apresentar-se com um acento molhado, o que nos dará então o WATERSHOKKEL ou berceuse mouillée.
IMPRESSÃO – INDRUK – IMPRESIÓN
A impressão que recebe o Juiz, de um pássaro, em relação com as boas qualidades de canto, será anotada baixo a citada rubrica por meio de pontos positivos, tendo em conta as seguintes indicações:
1ª Uma interpretação continua, sem interrupções, com um ou vários golpes de agua: 1 ponto.
2ª Uma interpretação continua, sem interrupções, com canto lento e profundo: 2 pontos.
3ª Uma interpretação continua, sem interrupções, com canto profundo e lento com golpes de água valiosos e repetidos: 3 pontos.
Estas são as instruções para apropriar os pontos de impressão, mas em o que concerne a estes pontos, os Juízes não são muito dados a outorgá-los a não ser a pássaros excepcionais, que é quando se lhes atribuem. Não esqueça-mos que logo serão multiplicados por 3, como se verá mais frente. Habitualmente, só aos pássaros de 102 pontos ou mais são os que merecem pontos de Impressão.
CONJUNTO MUSICAL
Não é outra coisa que a relação harmoniosa entre os diferentes giros de canto e sua ordem perfeita e lógica em que estes giros se seguem uns a outros. É natural que a presença de estas qualidades aumente indiscutivelmente o valor de a canção.
Em caso contrário, os giros, ainda os mais valiosos, podem ser apresentados de forma irregular ou desordenada. Este canto despistará de alguma maneira o auditor e não suportará comparação com o conjunto musical bem agenciado y harmonioso.
ARMONIA EM STAM – ARMONIA EM EQUIPA.
É preciso entender por Stam não somente 4 pássaros que são apresentados no concurso para ser julgados juntos. A definição de Stam supõe mais bem um conjunto de representantes de uma mesma anilha, que apresentam umas características idênticas em matéria de:
- Direccao de canto.
- Homogeneidade de canto.
- Origem.
A palavra “harmonia”, na sua origem grega, significa: “composição de varias partes para formar uma unidade perfeita”.
Em um canto com harmonia, nós podemos escutar que um primeiro pássaro dá o giro de Klokkende, um segundo o Knorr, um terceiro o Staaltonen, etc., mas, apesar de esta diversidade de giros, pode-se degustar um maravilhoso conjunto de acordes emparelhados, adaptados e seguindo uma mesma Direcção de canto. Diremos, então, que são quatro pássaros que estão cantando a coro. Como recompensa a estas qualidades, devemos outorgar-lhes uns pontos por harmonia em Stam.
Se, por o contrário, o criador nos apresenta um lote de pássaros cada um com uma Direcção distinta de canto, será um conjunto bastardo e desordenado desde esse ponto de vista.