A Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte apontou o incêndio em Bragança como "o maior de sempre na região, com prejuízos de milhões de euros e uma área ardida de dezenas de milhares de hectares". Este é também o maior fogo registado este ano em território nacional.
Fogo destruiu linhas de comunicações, campos, searas, olivais e amendoeiras, palheiros, anexos de habitações e mato
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Este ano é sem dúvida o maior incêndio florestal registado em território nacional", frisou o general Manuel Couto, presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
"É o maior incêndio verificado na região desde sempre tanto em área como pelos prejuízos causados", adiantou à Lusa o diretor regional, Manuel Cardoso, indicando que as chamas já causaram "prejuízos da ordem dos milhões de euros com uma área ardida da ordem das dezenas de milhares de hectares".
A Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) tem já técnicos no terreno a "recolher informações" e Manuel Cardoso prevê que "no máximo até ao final da próxima semana" possa já avançar com dados concretos. O diretor regional garantiu que o processo será "muito rápido".
O levantamento vai implicar "uma alocação de recurso humanos que não é habitual nestes casos", pela dimensão da catástrofe, e cujo número só será possível definir depois de o incêndio estar extinto e quando for feito o primeiro relatório preliminar, que deverá estar concluído nas 48 horas posteriores.
A DRAPN está a realizar este levantamento em conjunto com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e contempla apenas os prejuízos agrícolas e florestais, segundo explicou.
O diretor regional adiantou que não estão previstas na lei indemnizações para estes casos, mas a ajuda financeira à reposição do potencial produtivo, ou seja se um agricultor perder uma vinha ou um olival e outra cultura, o Estado financiará a replantação das mesmas e de outras produções agrícolas.
"Não existe uma verba disponível para indemnizar as pessoas pela perda das suas produções, mas existem mecanismos financeiros para ajudar as pessoas a repor a sua capacidade reprodutiva", explicou.
Manuel Cardoso prometeu também "uma atenção especial em relação aos prejuízos causados em projetos agrícolas que estão em execução e que ficaram seriamente comprometidos, alguns perfeitamente inviáveis".
O incêndio que deflagrou ao início da tarde e terça-feira em Alfândega da Fé alastrou aos concelhos de Mogadouro, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta e ameaçou várias populações.
By: JNoticias
Isto é realmente preocupante, como acontecem coisas destas!!!