A organização da manifestação do movimento "Que se lixe a 'troika'" estima que este sabado mais de um milhão e meio de pessoas tenha saído às ruas do país e de algumas cidades estrangeiras, "mais do que na manifestação de 15 de setembro".
Num palco montado no Terreiro do Paço, em Lisboa, a organização, que não avança ainda números para a adesão em Lisboa, avançou que foram contabilizados 400.000 manifestantes no Porto, naquela que terá sido "a maior manifestação de sempre" na Invicta, e 20.000 em Coimbra, referindo que se trata de números provisórios.
A cabeça da manifestação "Que se lixe a 'troika'" chegou ao Terreiro do Paço, em Lisboa, cerca das 16:40, a uma praça praticamente vazia, depois de um percurso bastante silencioso, que começou no Marquês de Pombal.
Cerca de meia hora depois do protesto ter chegado à Praça do Comércio, quebrou-se o silêncio com a canção de José Afonso a passar no sistema de som, num palco montado junto ao Ministério das Finanças, o que recolheu tímidas palmas.
Em Lisboa, professores e alunos foram os primeiros a juntarem-se, em frente ao Ministério da Educação e Ciência, antes de iniciarem a marcha rumo ao Marquês do Pombal. "A 'troika' é um erro Crato" e "Lucro nos bancos, fome nas escolas" eram algumas das frases que se liam nos cartazes que deram algum colorido ao protesto da Maré da Educação, que juntou professores, funcionários não docentes, estudantes, pais e encarregados de educação.
Milhares de pessoas, desde crianças a idosos, reuniram-se em protesto na Praça da Batalha, no Porto. "Fora do Governo", "Cortes? Só se for para cortar a 'troika' às postas" ou "Troika nunca mais, Portugal sempre" são algumas das frases que se podiam ler nos cartazes envergados pelos presentes.
Em Braga, o protesto começou com uma "performance" de teatro. Seguiu-se uma marcha de 7 mil pessoas pela cidade a "exigir a uma só voz" a demissão do Governo.
O protesto juntou também 7 mil manifestantes em Setúbal, 3 mil em Leiria, mil em Faro e Aveiro e oito centenas em Viana do Castelo.
Em várias capitais europeias, muitos portugueses fizeram ouvir a sua voz: em Londres juntaram-se 800 manifestantes e em Paris várias dezenas protestaram junto ao consulado português.
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