O português Rui Silva empatou a dois a "guerra dos sexos", ao vencer a V edição da São Silvestre de Lisboa, com o tempo de 29.26 minutos, à frente de João Pereira e de Sara Moreira.
O atleta do Sporting foi o melhor na tradicional "guerra dos sexos" - disputa entre o melhor em masculinos e em femininos, com os dois sectores a partirem com a diferença real de tempos do ano anterior (02.39 minutos) -- e anulou a vantagem de 2-1 que as mulheres tinham.
"O objetivo dos homens, com todo o respeito para as senhoras, era, já que estava em desvantagem no marcador, tentar equilibrar. Para o ano vamos ver como vão correr as coisas", referiu. O primeiro na meta salientou a experiência inédita - "já tinha participado numa coisa similar, mas entre Portugal e Espanha" - e confessou ter ficado "atrapalhado" por pensar que já não conseguiria alcançar Sara Moreira, que cedo se isolou na frente.
Rui Silva chegou quase lado a lado com o segundo classificado, o triatleta João Pereira, que demorou mais três segundos a percorrer os 10 quilómetros da prova, que começou e terminou na Praça dos Restauradores.
Terceira na meta, com o tempo de 32.19 minutos, Sara Moreira estreou-se na corrida lisboeta com um triunfo na categoria feminina, mas não estava plenamente satisfeita por ter falhado um dos dois objetivos que tinha para a São Silvestre de Lisboa: a vitória global.
"Desta vez venceram eles. Era um objetivo meu e das minhas colegas, mas este ano não foi possível. Eu sabia que era muito difícil, a vantagem não era muito grande e o percurso, como a Dulce [Félix] disse, é um bocadinho mais favorável aos homens na primeira parte", descreveu a medalhada de bronze dos 5.000 metros do último Europeu.
A atleta do Maratona ainda aguentou sozinha até aos oito quilómetros, o que considera "muito bom", apesar de ficar aquém do que esperava. "Entrar numa corrida com este nível, com este patamar em primeiro e acabar o ano com uma vitória é fantástico", concluiu.
Sara Moreira ainda teve a ajuda de Dulce Félix, a vencedora do ano passado, que abdicou de defender o título para ajudar "as mulheres", um gesto que viu recompensado com o cavalheirismo de Luís Feiteira. O terceiro classificado do lado masculino abrandou perto da meta para deixar a campeã europeia dos 10.000 metros atravessar a meta da São Silvestre, que contou com 7.000 participantes, em quarto lugar.
"Acho que o Feiteira esteve bem. Foi simpático, porque acabou por me deixar ganhar. Para ele já era igual, os homens já tinham ganho", brincou a atleta do Maratona.
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