Boas amigos

Ultimamente tem havido noticias de zonas de caça a admitirem novos associados, algumas mesmo a abdicarem do valor da jóia. Acontece, que na grande maioria delas, caça é coisa que deve ter existido já á alguns anos, pois encontram-se completamente "rapadas" de espécies cinegéticas...Existe em alguns casos quem diga que actualmente, existe menos caça em algumas reservas do que quando existia o regime livre, em que só existiam as reservas do Estado...gostaria de saber qual é a vossa opinião sobre este assunto...

é altura de quem gosta de caça e de caçar, e o quer continuar a fazer por muitos e bons anos, deixar de se desculpar com más gestões, com o fim do regime livre, com a chuva, com o sol, com o vento, arregaçar as mangas unir associados o caso das ZCA, e por mãos á obra na recuperação da caça,e revisão dos calendários que estão completamente desajustados!!

Mcumpts

Sim tanto nas ZCA como nas ZCT é ridiculo o não investimento em espécies cinegéticas, deixando chegar as reservas a estados de espécies cinegéticas lastimáveis, e eu contra mim falo que tenho 40 hectares no alentejo numa ZCT, há uns que só querem ver a côr do dinheiro outros não se interessam porque não são caçadores, gostava de saber daqui a uns anos vão vender o quê a quem?

Boa noite

Primeiro que tudo quero dizer, que tanto a legislação, como o calendário está ajustado ao nosso sector e País.

Neste momento com o terreno quase todo ordenado, as ZC ou Associações têm margem de manobra para elaborar um calendário venatório que permita gerir todas as espécies sem as castigar.

Agora respondendo á questão... Reservas de caça, sem caça?
Os motivos que levam a isto são simples, neste momento, embora o numero de caçadores tenha diminuido, existem mais no terreno efectuando a prática cinegética e cobrando mais espécies.

Qual é o objectivo da maior parte das reservas de caça?
Arranjar peças de caça para todos os sócios.
As peças são limitadas por grupo e não por arma/caçador... em vez de uma lebre podem matar várias... em vez de 3 perdizes, podem matar mais...

Fazendo estas contas, no final do ano temos numeros muito mais elevados de abates do que no Regime Livre. Ora então o que trouxe a ordenação de vantajoso? Quanto a mim até agora nada.

Penso que, finalmente, e quero mesmo acreditar nisto, os caçadores estão-se a aperceber que sem ajuda jamais vamos conseguir um equilibrio perfeito no sector. Para se ter, têm que se criar e tratar.

Só uma coisinha simples e acessivél a todos, mas isto vai da mentalidade de cada um, mas infelizmente há muitas mentes obscuras, é cumprir limites de abate.

Percebam que ser caçador, não é quem mata mais!

Caro Rogerio,

as associações têm liberdade de fazer "o seu próprio calendário" se assim se puder chamar, agora não considero que seja um calendário ajustado á realidade. Basta ver oexemplo dos tordos, vosse como á uns anos atrás (bastantes) em que só abria aos tordos no fim da geral e o limite de abate era inferior ao actual, tenho a certeza que ia ser melhor, dando tempo ás aves para repousarem, fixarem e se alimentarem!

Os coelhos que em muitas partes do País escasseiam, se vosse mais restricto o Período de caça, possívelmente iria ajudar na recuperação, não estou a dizer que fosse para sempre...mas isto quando se quer uma coisa, por vezes tem de haver alguns sacrifícios por assim dizer.

TR666

Estamos a dizer a mesma coisa.

A geral vai até Dezembro, os tordos abrem em Novembro... mas a associação é que faz o seu próprio calendário, dentro das datas limites do calendário venatório nacional.

Cada associação/zc têm que elaborar um calendário ajustado ao numero de espécies da sua zona de caça, não de pode reger pelas datas do calendário venatório nacional.

Vou dar o exemplo dos tordos, no norte do País se não abrir em Novembro e de vier um Inverno com frio e neve nem sequer caçam aos tordos.

Não é pelo calendário venatório existente que têm que se caçar durante todo aquele periodo, se isso assim acontece e não há especies que justifiquem as caçadas, é má gestão por parte da Entidade Gestora.

Tudo depende da gestão- Pelo menos dos exemplos que conheço. Onde caço ha uma gestão muito boa. Isto não é o paraiso, mas da sempre para dar uns tiros e a malta se divertir. este ano foi um bom exemplo. Nos temos 6 zonas de caça. caça 2 a 3 grupos por zana. Fazemos 2 voltas. Logo da 12 caçadas a geral , 2 voltas por zona, grupos de 5. podemos matar 2 coelhos, 2 perdizes e 1 lebre cada. Mas se não matarmos não acumula para a seguinte. Logo este ano devido a varios factores os coelhos estão a aparecer muito com doenças. Por ex a 2 semanas matamos 8 e 7 foram para deitar fora, tinham o figado todo negro. Então decidimos terminar. Fizemos 6 caçadas e terminamos. assim pode ser que alguns daqueles escapem para o ano. Em vez de 12, fizemos 6 caçadas, para quem esta a pagar todos os meses x, pode sentir se prejudicado, porque esta a pagar e não caça, mas nos arranjamos uma solução. cada um da 5 ou 10 eur, e enquanto os pombos não chegam por ca, vamos para as nossas zonas onde era para caçarmos e compramos umas perdizes e faizões e largamos la, assim sempre podemos distrair os caes e darmos uns tiros. ( é claro que ha sempre quem diga que é de farinha), mas foi a solução que encontramos para tentar ter alguma caça para o ano e de nos divertirmos na mesma nos domingos. Porque a parte mais importante esta garantida, é o almoço na sede todos os domingos.

Subescrevo por baixo aquilo que foi dito pelo Rogério

Não sei se é possivel generalizar dessa forma, cabe há gestão das zonas de caça "afinar" o calendário assim como as quantidades por espécie, claro que já sabemos que muitos não cumprem .

Ainda bem que não é geral Rui!!

Se fosse estavamos tramados, espero é que muitos se apercebam a tempo

É isso, senão daqui a pouco só ás gaivotas

Na minha opinião serão actos de má gestão...com um calendário adequado á "reserva"e investindo sempre que necessário em repovoamentos, deve dar sempre para o pessoal se entreter...têm-de se mudar muitas mentalidades...

O mais importante não são os repovoamentos, mas sim a gestão e o cuidar das especies existentes.

Claro que sim, mas se for necessario, um repovoamento feito com pés e cabeça, é um acto de boa gestão...