Um confrade de nome Paulo Farinha Pereira deu uma resposta, que deverá ser o sentimento comum de todos os caçadores, a um senhor jornalista que escreveu no Jornal de Negócios um artigo sobre a deslocação de S.A.R. D. Juan Carlos, Rei de Espanha a um país africano, mais propriamente ao Botswana, onde a convite de uma organização de safaris foi realizar uma caçada.
Esse senhor jornalista, chama-se Leonel Moura, e para além de citicar a deslocação de rei de Espanha, não satisfeito em ficar por aí também lançou duras criticas á caça e a todos os caçadores em geral, tendo chamado a todos de criminosos e outros adjectivos depriciativos, mas grave foi mesmo considerarnos criminosos.
" A caça, toda ela, de coelhos ou elefantes, é uma atividade sem qualquer justificação na sociedade contemporânea. É um crime praticado por gente incivilizada, por muito dinheiro ou posição social que tenha." Palavras deste senhor no referido jornal. Podem ver a restante notícia em ( [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Daí o meu interesse em partilhar com todos os membros do fórum a opinião deste confrade.
Portanto e depois de ter feito todas a diligências para que este senhor jornalista se desculpasse o que não se veio a verificar, respondeu assim:

Cópia da resposta a Leonel Moura:

"Quem é bárbaro afinal?

Leonel Moura, Senhor é uma condição que se adquire consequentemente não aplicável perante as suas afirmações e maneiras, terá outras habilitações ou títulos mas não este, sinto-me na obrigação de responder ao seu texto “Os bárbaros entre nós” porquanto naquele se permite argumentar em nome dos Caçadores, para além dos adjectivar a seu prazer.
Acontece que eu faço parte do grupo de pessoas que, legalmente, praticam essa actividade. A Caça está legislada e regulamentada e para a prática desta paga-se aos Estados onde se pratica, revertendo esta verba para os serviços da administração central, condição que se não verifica para a prática da escrita sobre o desconhecido, que Leonel Moura pratica graciosamente ou até (não sei, por isso não afirmo), sabe-se lá, mediante remuneração.
Do que se permitiu, independentemente das inexactidões e erros, opinar sobre as acções de S.A.R D. Juan Carlos, Rei de Espanha, não me cabe comentar, mas quando se permite afirmar “…A caça, toda ela, de coelhos a elefantes, é uma actividade sem qualquer justificação na sociedade contemporânea. É um crime praticado por gente incivilizada…”, aí já está a entrar no meu espaço e liberdade, classificando-me de criminoso. Acontece que não lho permito porque é falso!
Conforme acima indiquei a Caça é uma actividade legal. Assim, a sua liberdade de opinião acaba quando mente e mentindo atinge e viola (conscientemente) os direitos que, ainda que não concorde, aos caçadores assistem por condição e porque legais.
Da justificação para a existência da Caça na sociedade contemporânea, fique sabendo que a mesma (sociedade contemporânea) pode não se rever no formato e escolhas que Leonel Moura perfilha. Por incrível que lhe possa parecer, também os outros podem ter as suas concepções para essa sociedade, defendê-las e publicitá-las, mas não podem mentir e desinformar para a sua defesa ou estarão, então sim, a cometer o crime de difamação, entre outros.
Permite-se também nesse seu texto adjectivar S.A.R. de “…bárbaro,… primitivo, um delinquente…” que só não comento porque o colou à prática de chacinas de indefesas criaturas, assim sendo não se enquadra na prática da Caça e, portanto, não me merece o comentário ainda que duvide que tenha a capacidade de, em sede própria, fazer prova das suas afirmações, mas essa matéria, por agora, não me compete.
A classificação da caça, como actividade proscrita, ao nível da escravatura, do xenofobismo e racismo, dá uma boa imagem da sua própria concepção da tal “sociedade contemporânea”, onde, como se vê, as práticas dissonantes da sua opinião devem ser combatidas e banidas porque Leonel Moura as não compreende, bravo! Afinal quem é o bárbaro? Deixe-me aplaudir a sua “abertura de espirito”, ou será que o espirito aberto é “modal” e decorrente do interesse comercial e da sua própria promoção de imagem.
Ainda no mesmo parágrafo afirma que os praticantes da Caça “…têm os seus argumentos. Nâo são muitos, reduzem-se a dois….”, poderá Leonel Moura, em nome dos Caçadores, falar? reduzindo-nos a pobres de espirito sem capacidade de argumentação? Não! Leonel Moura mais uma vez crê-se detentor da informação mas erra, muito mais argumentos existem, o que acontece é que os desconhece, até porque não lhe interessará conhecê-los, a matéria “não vende”, o que vende é o ataque despudorado a um colectivo que, até agora, mais não reivindicou que o direito a exercer a sua actividade em sossego e longe das multidões, pagando, regular e sistematicamente, para poder fruir da sua actividade. Se calhar é hora de “chamarmos as vacas pelos nomes” e sairmos em defesa daquilo porque pugnamos, desde já com uma substancial diferença, sem ofender ninguém!
Um argumento que Leonel Moura desconhece (ou omite) é que, de facto, comprovado cientificamente e com estudos vários a suportá-lo, muitas espécies não existiriam se não se caçasse e não apenas as que são objecto directo da Caça (ditas espécies cinegéticas), mas muitas que apenas controlando as que se caçam permite subsistirem.
Leonel Moura usou, habilmente diga-se, de alguns dados, pena omitir outros, por exemplo, um elefante custa 40.000 euros, segundo o próprio Leonel Moura, efectivamente custará, poderá até custar mais como também menos, mas será que Leonel Moura não saberá que destes 40.000 euros uma percentagem substancial vai, directamente, para as populações locais, bem como a carne dos animais abatidos (e não pensem que aquelas populações têm acesso a carne normalmente),não saberá que o turismo de Caça representa um dos maiores encaixes financeiros daqueles estados (maiores, por vezes, que o do turismo comum), que só o Botswana tem uma população estimada (com monotorização e estudo em que se envolvem as Organizações de Defesa da Natureza e Vida Selvagem) de 140 a 160 MIL elefantes e que apenas cerca de 400 são caçados (legalmente) por ano e estes segundo quotas definidas pelos organismos responsáveis em articulação directa com as Organizações de Defesa e Conservação da Natureza do País e Internacionais.
Será que Leonel Moura desconhece estes factos ou será que os omite voluntariamente, desinformando quem julga estar a ser informado, recolhendo para si os louros do defensor da natureza e sociedade que afinal só conhecerá parcialmente ou desconhece de todo, mas, garantidamente, não se pode permitir representar?
Não saberá que o próprio Quénia equaciona o retomar da prática da caça (exactamente, o Quénia, o primeiro a aboli-la) pois apenas a atribuição directa de um valor aos animais, revertendo total ou parcialmente para as populações locais, permite a conservação das mesmas espécies? Sem este, o seu valor para a população é nulo, tornando-se permeáveis, estimulando até o comércio ilegal e o furtivismo, estes sim crimes. É este valor/espécimen que a Caça permite às populações incutindo nestas a vontade de defesa de um património que, assim, também lhes pertence e que compreendem.
Não saberia também que a destruição do habitat causada pelo excesso de população de elefantes (as causas humanas independentes da Caça, têm também efeitos na Natureza e habitats, a sobrepopulação humana, o desenvolvimento agrícola, a protecção de uma determinada espécie em deterimento de outras, são disso exemplo) está a pôr em causa a sobrevivência de outras espécies, quer animais quer vegetais, nomeadamente no Botswana.
A visão antropomórfica de algumas espécies, selvagens ou domésticas, leva, em muitos casos, a uma visão deformada e que pode fazer perigar umas espécies em detrimento de outras que são menos apelativas para a generalidade dos humanos. O ursinho “Teddy”, dos contos para criança, transforma-se num monstro quando entra pela nossa própria casa e mata alguém, isto acontece Leonel Moura, então recorrem aos “ignaros e bárbaros” caçadores para o deter, acontece que, se estes puderem manter as populações estabilizadas e o medo dos humanos prevalecer, se evitam estes acidentes em grande número. O desconhecimento destes factos não pode permitir no entanto, que apelidemos aqueles que lhes são alheios de “ignaros”, como alguns tendem a fazer sempre que as escolhas daqueles diferem das suas próprias escolhas.
Quantas vezes Leonel Moura alimentou a fauna selvagem em tempo de escassez? Será que pelo menos conhece a dinâmica das populações de elefantes ou de outras espécies, ou conhece mesmo as próprias espécies, suas deslocações e impacto sobre os habitats? Ou apenas aproveitou um episódio que, porque Real, veio para os meios de comunicação, dando-lhe assim a oportunidade de brilhar? Poderia tê-lo feito sem acusar mais ninguém mas não resistiu à oportunidade de criminalizar a Caça no geral, fez mal, errou, retrate-se ou explique-me porque sou um criminoso, ensine-me e informe-me sobre o campo onde sempre e para quem vivo! Porque será que os que mais distantes estão dela são quem mais comenta sobre a ruralidade? Porque será que querem vir para o campo mas não resistem a querer alterar a sua forma (a mesma que permitiu e permite que ele seja como é e que tanto os atrai), não será arrogância? Será só mesmo ignorância?
Num ponto concordo com Leonel Moura, concordo quando diz “…O topo da nossa sociedade está repleta de bárbaros. …”, os que têm acesso regular aos média são disso exemplo Leonel Moura ou supõe que todos têm o direito de opinião nos média? Recordo-vos que a Santa Inquisição também se supunha com a razão e também preconizava uma sociedade melhor, lamentavelmente os que foram queimados, por hereges, não podem ser recuperados em acto de contrição.

Leonel Moura usou da disponibilidade que o Jornal de negócios lhe faculta para, teoricamente, ao abrigo do percalço de S.A.R. denegrir, insultar e criminalizar uma actividade e todos os seus praticantes. Espero, sinceramente, que agora o mesmo órgão de informação, permita a este colectivo, que não represento mas no qual me incluo, use do direito de resposta que creio assiste a quem é acusado em espaço público.

Póvoa da Isenta, 26 de Abril de 2012

Paulo Farinha Pereira

Ora nem mais

Obrigado pela partilha, Reizinho

Cumps

Este Leonel Moura é jornalista? Parece-me mais um fundamentalista.

Será que ele sabe o que é civilização?

O Jornal de Negócios, que eu até leio com alguma assiduidade, devia pedir desculpas aos caçadores pela ofensa. Ele que vá chamar bárbaros ao raio que o parta.

Excelente resposta, alias deviamos no site do jornal exigir a sua publicação.

Acabei de no site dar uma resposta façam o mesmo.

esse senhor é tolinho cuidado

Boas Tardes

É mesmo uma resposta à Paulo Farinha lol. Quem o conhece sabe bem que não tem papas na lingua eheheh

Ele há cada um que até arrepia, li a cronica desse dito senhor e não tenho mais comentários a fazer.
Desprezo, silêncio nunca!
No site do jornal que o reizinho postou existe um link, clikem e deixem a vossa mensagem
Vamos obriga-los a retratarem-se

Boas este senhor deve de ser vegetariano ha mas isso tb nao pode ser se nao mata as plantas nao sei o que ele consome no seu dia a dia do que se alimenta deve ser de terra entao.
ele que va apanhar onde apanham as galinhas se nao tem mais nada de credivel para chamar o que chama aos caçadores se calahr e um dakeles que nos chama criminosos e na volta vai ao restaurante comer um coelhinho na brasa.

este senhor parece me um vizinho que aki a meia duzia de anos onde eu ia começar a caçar e tinha de passar perto da casa dele para ir para o campo aberto
nisto carrego a espingarda nunca pensado que ia dar ali tiros mas nisto o cao saiu me com um coelho debaixo dos pes e eu atirei lhe
o sr veio logo á rua fez para la uma algazarra do caraças e chamou me de tudo e se nao saisse dali rapido que chamava a guarda enfim so nao me chamou honesto mas pronto akilo passou se
passados 2,3 anos cheguei da caça um dia com uns amigos almoçamos na minha casa e depois fomos beber um cafezinho la no cafezinho da esquina da minha terra nisto esse meu vizinho virasse la para um dos meus colegas e diz
epa haviam de passar ali ao pe da minha casa que akilo esta cheio de coelhos e ate era um favor que me faziam porke os coelhos estam a comer me a horta toda
ui onde eu estava la e ouvi a conversa e lhe respondi
entao voce aki a uns anos eu dei la um tiro ao pe de sua casa voce ate os olhos se pudesse me tirava e agora quer que nos vamos la matar os coelhos
olhe por mim podiam roer lhe as orelhas que eu nem sequer la passo quanto mais la ir caçar
conclusao da historia esse amigo que escreveu esse tipo de coisas e nos ofendeu um dia ainda vai engolir essas palavras porque quando eles precisam é conosco que eles vem ter as pessoas humildes as pessoas que cultivao as pessoas que criam e a todo esse tipo de pessoas que levao aos mercados tudo akilo que esses tipos nessecitam para estarem sentados numa secretaria a difamar nos esse gajo havia de comer era akilo que colhe

Já conhecia este artigo dum tal Leonel Moura... Antes de escrever babosices deveria primeiro de se fundamentar sobre o que escreve...Demonstra total ignorancia e falta de informação sobre esta matéria...merece o meu repúdio e ...o meu desprezo total...será que ainda recebe para escrever tolices destas????


Excelente resposta do Paulo Farinha

Eu também já fui ao site do jornal de Negócios e fiz a minha reclamação a exigir desculpas a esse senhor Leonel Moura, todos deviamos fazer o mesmo, não podemos ficar impassiveis perante as barbaridades que se dizem á boca para fora, a liberdade de expressão foi conquistada no 25 de Abril de 1974, mas o respeito á liberdade dos outros não pode ser atropelado desta forma, assim todos os caçadores deveria exigir um pedido público de desculpas a esse senhor, eu já fiz a minha parte, vamos todos fazer o mesmo.

Eu também já exprimi a minha indignação...

Pessoal deixem aqui a vossa openião.

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Estive a ver os textos deste colonista do JN e o texto dos "Bárbaros" é o que tem mais comentários.
Força ai.

Bom dia,
Caros confrades, poderiamos também ao visitar a página do jornal, fazer a nossa votação nos comentários, para colocar como mais lido os que são feitos por caçadores, uma vez que o comentário mais lido é a favor do que esse individuo diz, e é o que vai ficando no topo, se nós votarmos todos, os dos caçadores ficam á frente e causam mais impacto.
Não custa nada e é rápido.

Vamos lá pessoal...não custa nada e é rápido...

Tb. já fiz o meu protesto no JN.

tb ja fiz o meu protesto a esse triste sr no jn

reizinho escreveu:

Bom dia,
Caros confrades, poderiamos também ao visitar a página do jornal, fazer a nossa votação nos comentários, para colocar como mais lido os que são feitos por caçadores, uma vez que o comentário mais lido é a favor do que esse individuo diz, e é o que vai ficando no topo, se nós votarmos todos, os dos caçadores ficam á frente e causam mais impacto.
Não custa nada e é rápido.

Esta desconhecia por completo.

Mas vamos é com elevação e não chegarmos ao mesmo nível do Colonista, porque assim alguém da redacção ade deixar de pagar o ordenado ás ofensas desse senhor.

Bons comentários mas com elevação ......não façam com que nos julguem que somos uns pés descalços por sermos caçadores....nem termos dinheiro para comprar o jornal.
Somos Caçadores mas Respeitamos a Natureza e tudo o que a envolve ....e.....NÃO SOMOS MATADORES.

Bem desde já o meu agredecimento ao forista Reizinho por nos informar desta notícia, mas isto vai ao encontro do que se está a passar no nosso país na forma de alguns verem a caça e nós caçadores. Como escreve o Pedro Vitorino na primeira página da revista Caça e Caes de Caça do mês de Maio e passo a resumir, eles falam o que querem de nós e nós nada fazemos.