Fila BrasileiroO
fila brasileiro é uma raça de cão de grande porte, desenvolvida naturalmente no Brasil. Há várias teorias sobre suas origens, mas a mais aceita é de que descente de cães das raças mastiff inglês, do qual o fila herdou a aptidão para guarda e o grande porte, bloodhound, que lhe transmitiu um excelente faro, e antigo bulldog inglês, que proporcionou ao fila uma forte musculatura e maior tolerância a dor. Estas raças teriam sido levadas à América do Sul por europeus.
Historicamente o fila teve múltiplos usos. Já foi usado como cão boiadeiro, como cão de caça (em especial a grandes animais, como porcos selvagens, onças-pintadas e capivaras, mas há muitos relatos de filas sendo usados para capturar escravos fugitivos durante o Brasil colonial) e como cão de guarda.
Filas de orelhas cortadas caçando onça.Hoje em dia, sua principal função é a guarda, na qual é muito eficaz. O fila é famoso pela forte aversão a desconhecidos, com os quais não admite a menor familiaridade, não sendo um cão ideal para quem pretende deixá-lo solto durante visitas. Este traço de sua personalidade é tão marcante, que em exposições de beleza, o fila brasileiro é a única raça que não tolera de forma alguma o contato físico com o juiz cinófilo, e atualmente não é mais penalizado por isto porque os juízes tem ciência que tal característica é prevista no seu padrão rácico. Porém, não se deve pensar que é um animal inerentemente perigoso. O fila típico é extrenamente leal e dócil com seus donos, procurando com insistência a companhia de seus proprietários, e é muito grande a sua tolerância com as crianças da família.
Quanto aos
aspectos físicos, é um cão grande: os machos adultos chegam aos 75 centímetros na cernelha (encontro entre pescoço e costas) e de 50 a 60 kg, havendo vários exemplares que ultrapassam esta faixa de peso, apenas a nível de comparação, a maioria dos exemplares da raça pit bull, com sua impressionante musculatura, não passam dos 28 kg. Apesar de ser muito pesado, o fila é capaz de atingir velocidades insuspeitas para cães de tal tamanho, e é tão ágil que consegue saltar obstáculos de até dois metros de altura, o que pode se tornar um sério problema para donos cujas casas não sejam bem equipadas para evitar fuga do cão. Sua pele é muito solta, especialmente na região do pescoço, o que diminui o impacto das mordidas de outros animais, que ferem sua pele mas tem dificuldade em acertar pontos vitais.
Atualmente, os filas brancos ou brancos e malhados são considerados impuros, porém no passado, já houve filas brancos ou malhados considerados puros e inclusive sendo campeões de exposições caninas e usados na caça. Também os brancos, cinzas, malhados, manchetados, pretos com canela e azuis são fora do padrão, as cores permitidas são todas as cores sólidas ou tigrados com fundo nas cores sólidas, desde os pouco rajados ou fortemente rajados, com ou sem máscara preta, podendo ou não ter marcações brancas nas patas, peitoral e na ponta da cauda, é comum marcações brancas no pescoço, quando o cão também tem marcações brancas no peitoral, com isto formando um colar, porém são indesejáveis, assim como demais marcações brancas no restante da pelagem (com exceção de peito, patas e ponta da cauda). Na prática, os filas brasileiros são de três cores, e em todas as suas variedades, a mais comum é a cor dourada ou amarelada em todas as suas tonalidades, desde os cremes, passando pelos tons de amarelo até chegar nos castanhos ou avermelhados, como cor de barro, em vários tons, estas cores podem ou não ter rajas de pouca ou muita intensidade, finas ou grossas, nos muito rajados, quase não se percebe a cor de fundo, e os rajados podem ser claros ou escuros, passando por todas as variações, e em menor escala, temos os filas de cor preta.
Apesar de haverem relatos históricos de filas brasileiros com orelhas cortadas, como o que acontece atualmente com dobermans e pit bulls, o padrão atual não permite esse tipo de cirurgia, e o fila ideal deve ter orelhas íntegras.
Quanto à
saúde, o fila é em geral um cão muito robusto e resistente, mas pode sofrer alguns males característicos dos cães de seu porte, como displasia coxo-femural (doença de caráter hereditário, escolher bem os pais da ninhada diminui as chances de incidência nos filhotes) e torção gástrica (evitar dar muita comida de uma só vez ao cão, dividindo-a em várias pequenas refeições diárias, diminui muito o risco de torção gástrica).
Curiosidades:O Exército Brasileiro e o Exército Israelense, realizaram separadamente, testes e estudos com diversas raças, para escolherem o cão mais apto ao trabalho de cão de guerra, muito mais complexo do que o trabalho do cão policial, e estas organizações chegaram a conclusão de que o fila brasileiro é a melhor raça de cão para as forças armadas.
O Exército Brasileiro, através de seu reconhecido internacionalmente, CIGS - Centro de Instrução de Guerra na Selva, realizou testes durante 5 anos com cães das raças doberman, pastor alemão e o próprio fila brasileiro, levando estas raças a situações extremas, próximas de um real conflito na selva, e chegaram a conclusão que o fila brasileiro é a raça mais apta ao trabalho na selva, os estudos apontaram que o fila brasileiro teve melhor adaptabilidade as condições inóspitas da floresta amazônica, e em ambiente hostil, teve melhor desempenho na maioria das qualidades testadas, como olfato, resistência, força, coragem, silêncio, entre outras características.
O Exército Israelense também fez testes semelhantes em campos de treinamento em Israel, mas em um período menor, e com um número muito maior de raças, e também elegeram o fila brasileiro, como a melhor raça para a guerra moderna, segundo o relatório, a característica mais marcante da raça, é a coragem, porque não recuam diante do barulho das bombas e dos tiros.
No Brasil é uma das raças oficialmente utilizadas pelo Exército Brasileiro, onde além de seu uso pelo Comando Militar da Amazônia, é também usado como cão de guerra pára-quedista pela Brigada de Operações Especiais, tem também destaque como cão farejador ou cão de tropa de choque na polícia do exército, porém seu uso por outras forças policiais ou pelos corpos de bombeiros militares ainda é muito restrito.
No exterior, é amplamente utilizado por várias organizações policiais estadunidenses, inclusive a K9, e também é muito comum o seu uso por agentes penitenciários de presídios de segurança máxima dos Estados Unidos. Também é sabido de seu uso por forças de segurança do Peru, Nigéria, Israel, e Chile.
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