Nome científico - Squalius alburnoides
(valido)
(outros) - Leuciscus alburnoides
Rutilus alburnoides
Tropidophoxinellus alburnoides
Família - Cyprinidae
Nomes comums - Bordalo
Distribuição Global - Endémica da Peninsula Ibérica.
Morfologia - Espécie de pequenas dimensões com corpo comprimido e estreito, perfil da cabeça rectilíneo e perfil ventral convexo e ascendente. Boca é terminal sem barbilhos, com maxilar inferior bem desenvolvido. A comissura bocal é grande e obliqua, olhos grandes. Linha lateral completa com inclinação na parte inicial com 38 a 44 escamas. Origem da barbatana dorsal posterior à linha vertical da inserção posterior das barbatana pélvicas.
Coloração - Não existe informação.
Nativa - Sim
Migrador anádromo - Não
Migrador catádromo - Não
Longevidade - 6 (fêmeas triploides); 5 (fêmeas diploides); 4 (machos diploides)
Tamanho máximo (cm) - 13.3 CT
Maturação sexual machos - 2 (33 mm)
Maturação sexual fêmeas - 2 (44 mm)
Época de reprodução - Março-Julho
Nº médio de ovos por fêmea - Guadalquivir: 1300 (80 mm); Guadiana: 150-160 (60 TL mm); Ardila 400-450 (70 TL mm)
Habitat geral - O bordalo vive em rios com corrente e maior granulometria do substrato, de reduzida largura e profundidade e com abundância de macrófitas emergentes. Habitando em zonas de correnteza, estando associado a rios com solos ácidos e a zonas não poluídas. Ocorrem em zonas com 0,3 a 0,7m de profundidade, correntes nulas ou reduzidas em substratos finos designadamente vasa. Existe segregação espacial entre diferentes formas. Machos diplóides são mais abundantes em zonas de pequena profundidade, temperaturas mais elevadas , substrato de vasa ou areia. Fêmeas triplóides ocorrem em zonas de maior velocidade, elevado coberto vegetal.
Habitat de reprodução - O bordalo realiza a postura em zonas de cascalho com corrente.
Alimentação - Esta espécie alimenta-se principalmente de insectos aquáticos (insectívora) ingerindo também outras presas. As larvas de dípteros (quiromnídeos e simulídeos), de efemerópteros, coleópteros adultos, corixídeos, gastrópodes, ostrácodes, nemátodes, sementes, material vegetal e areia são presas comuns do bordalo. Ocasionalmente consome gémulas de spongilidae e estatoblastos de ectoprocta. Existem diferenças entre as diferentes formas desta espécie, os machos diplóides são mais especialistas enquanto que as fêmeas diplóides alimentam-se de uma maior diversidade de presas.
Curiosidades - O bordalo tem formas diploides e triploides e mais raramente tetraploides. Na Natureza dominam as fêmeas triploides, havendo no rio Guadiana mais fêmeas do que machos. Durante a época de reprodução o macho faz corte à fêmea através da agitação das barbatanas dorsais e peitorais, mostram o abdómen à fêmea colocando a cabeça numa posição mais baixa. As fêmeas preferem os machos "não-hibridos" que geralmente são mais pequenos. O ancestral paterno desta espécie não pertencia nem ao género Squalius nem ao género Chondrostoma.
Tamanho mínimo de captura - 0
Período de pesca - Todo o ano
Factores de ameaça - Introdução de exóticas piscívoras. Construção de infraestruturas hidráulicas sem passagem para peixes. Aumento da poluição industrial, urbana e agrícola. Extracção de água. Extracção de inertes provocam a destruição das zonas de postura.
Medidas mitigadoras - Controlo e tratamento de efluentes, corrigir os impactos derivados das obras hidráulicas. Não dar concessões de rega quando o nivel das águas fôr muito baixo. Corrigir o impacto das extracções de inertes. Controlo das espécies exóticas. Controlar a evolução das populações desta espécie.