Lisboa, 06 abr - As duas primeiras crias de lince ibérico geradas em cativeiro em Portugal nasceram no passado Domingo de Páscoa no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico, em Silves, revelou hoje o Ministério do Ambiente.

As duas crias, "robustas e bastante ativas", nasceram de parto natural. São a primeira descendência da fêmea Azahar - "flor de laranjeira" em árabe - que nasceu há cinco anos em liberdade e foi o primeiro animal a ser transferido de Espanha para o centro de Silves, em outubro passado.

Apesar de várias tentativas, Azahar nunca tinha conseguido engravidar no centro de reprodução de Jerez de la Frontera, de onde foi transferida para Portugal: o stress urbano daquele local terá inviabilizado a gravidez.

Após os partos, Azahar exibe "dedicação e tranquilidade" às duas crias, junto das quais está em permanência.

O pai, de nome Drago, nasceu em cativeiro em La Olivilla e é também um dos 16 linces trazidos de Espanha no âmbito do esforço luso-ibérico de conservação do lince ibérico, uma espécie ameaçada de extinção.

Ainda segundo o Ministério do Ambiente, os partos decorreram normalmente e coincidiram com quatro outros nascimentos registados nos três centros de reprodução de linces em Espanha.

"Confirma-se que nasceram dois linces no Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico. Nasceram no último domingo e são os dois primeiros nascidos em cativeiro desde que este programa foi criado. É uma boa notícia, ainda por cima tendo em conta que este ano se celebra o Ano Internacional da Biodiversidade", disse à agência Lusa a ministra do Ambiente, Dulce Álvaro Pássaro.

"Se tudo correr bem, esperamos no futuro que estes e outros animais sejam libertados de forma a repovoarem a nossa natureza", acrescentou.

No início de março, o organismo espanhol encarregado da proteção do lince ibérico anunciou que uma infeção renal provocou a morte de três animais.

O mesmo organismo estimava que um terço dos 72 animais mantidos em cativeiro em Espanha sofreria da mesma doença.

O diretor do centro de Silves, Rodrigo Serra, disse na altura à Lusa que uma das fêmeas em Portugal estava com um doença renal, mas não de origem infecciosa, avançando com a hipótese de ter sido provocada por "um problema tóxico" decorrente da alimentação ou de vacinas.

De uma população de 100 mil animais no início do século XX, o número de linces ibéricos, considerados os felinos mais ameaçados do mundo, situa-se hoje na ordem das duas centenas em estado selvagem, além daqueles que são mantidos em centros como o de Silves.

Em Portugal, onde não eram avistados linces desde 1980, o objetivo do programa ibérico de reprodução é libertar os animais mantidos em cativeiro nos habitats naturais, como a serra da Malcata, e no sul do país.


Fonte - Lusa

O Centro nacional de Reprodução do lince Ibérico de Silves e os seus colaboradores estão de parabens, continuem a trabahar assim em prol do lince ibérico e de outros animais, é pena não haver mais centros desse tipo.
Os meus parabens a todos.

Pois é verdade que o trabalho em prole do lince iberico é necessario mas estão a começar a casa pelo telhado, pois em primeiro lugar deviam tentar dar as condições necessarias a proliferação do lince em habitat natural e para isso tem de começar pela principal causa do desaparecimento do lince que é a falta de coelhos bravos, dieta preferida e principal dos bichanos.Já ouviram alguma coisa sobre o estudo e desenvolvimento de vacinas contra as doenças que assolam o coelho bravo?Não, os que mais se aplicam nisso são os espanhois e como isso até não interessa muito, mais mediatico são os grandes centros de reprodução de animais de algum porte como o lince e declina-se as especies que fazem parde da sobrevivencia desse mesmo lince, mais gostava de saber se o barbudo que nas imagens apresentadas pela televisão, e empregado nesse centro de reprodução é ecologista e anti-caça para lhe perguntar se não é mais que barbaro deitar um coelhinho branquinho todo carinhoso para ser assassinado barbaramente pelo gatarrão..do que caçar...enfim desabafos de quem chegou a ver alguns linces..e muitos muitos coelhos..

amigo Carlos se não fosse assim isto não era portugal

Boa tarde,
O nascimento dos linces ibéricos deve-nos deixar satisfeitos, mostra que há alguma preocupação na preservação, esperemos agora que os governantes, mandantes destes projectos comecem a fazer o trabalho de casa, os bichanos vão precisar de aprender a caçar e para isso tem de haver caça no monte.

reizinho escreveu:

Boa tarde,
O nascimento dos linces ibéricos deve-nos deixar satisfeitos, mostra que há alguma preocupação na preservação, esperemos agora que os governantes, mandantes destes projectos comecem a fazer o trabalho de casa, os bichanos vão precisar de aprender a caçar e para isso tem de haver caça no monte.

esta tudo dito

Em principio deviam ser os governantes a tratar disso, mas... em relação á caça esses srs. apenas querem o guito das licenças...Não devia de ser assim mas infelizmente é, nunca fizeram nada.
Boa sorte em relação ás crias que nasceram e parabéns.

Boa noite,
Infelizmente morreu uma das crias de lince Ibérico, depois da autópsia feita em espanha a conclusão foi de que a cria morreu de morte súbita como acontece nos bébés. Triste fim para tantas expectativas criadas á sua volta.

agora só nos resta rezar para que não aconteça nada de mal com a outra cria.


cumps

Aumentando em cativeiro a populaçao de linces, a etapa seguinte do projecto será larga-los em locais aproprieados em que prolifere a alimentação adequada para eles, penso, logico, que a partir dessa etapa terá que haver trabalho de proteger (cuidados a ter) e aumentar a especie cinegetica do coelho bravo, aliás não fazia sentido outra coisa. Não acontecendo esse trabalho, aí sim, passará a haver justificações para criticas, agora, penso serem descabidas.

Saudações

Não faz sentido começar a casa pelo telhado o coelho bravo em decadencia é sem duvida o grande responsavel pela decadencia de certos predadores onde se enquadra o lince.Tenhamos a cabeça bem acente antes de mais é preciso dar ao coelho bravo uma descendencia sem doenças para que prolifere e depois sim por linces no terreno..mas o coelho ja da muito dinheiro aos politicos mesmo sem o havendo ou havendo com escassez e o lince assim da mais uma oportunidade para os filhos dos politicos terem tacho..

Opiniões..........a minha é que se está a começar a casa pelos alicerces.............agora tachos, tachinhos e outros mais, são coisas que me ultrapassam e não tenho conhecimento de existirem nesta area, eu vou dando o beneficio da duvida de que existem pessoas de capacidade no meu País, mau seria tambem se assim não fosse, acho eu..............

Ainda não se sabe se o projecto da recuperação do lince iberico resulta, portanto, na minha opinião, não faz sentido pensar que se está a começar a casa pelo telhado.

Nota: A recuperação do coelho bravo, que passa tambem pelos caçadores, é outra conversa, não vamos icavalitar as coisas.

Boas,
Caros confrades, infelizmente já não vive nenhuma das duas crias que nasceram em Portugal.
É bastante triste mas penso que seriam talvez um pouco tardios.
A natureza decerto que não deixará de dar novas oportunidades aos progenitores, em breve outras lhe terão ocupado o lugar e concerteza vingarão na vida.