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| Assunto: Engodagem Qui maio 21, 2009 8:13 pm | |
| Um pescador feito não deve mudar de engodo cada vez que vai à pesca. Um pescador experiente tem a obrigação de ao longo dos anos em que evoluiu como tal ter encontrado aquela ou aquelas misturas de farinhas, sejam elas de compra ou de fabrico caseiro que lhe dão mais confiança e das quais tira melhor rendimento na pesca. Ao aconselhar a utilização de poucas qualidades de engodo na nossa pesca não quero com isto dizer que com único engodo resolveremos todas as situações que se nos deparem. É óbvio que um engodo bom para carpas o não será certamente para bordalos, pois são peixes com hábitos alimentares diferentes, assim como um engodo para rio será concerteza diferente de um para águas paradas. Portanto o que aconselho é que com o decorrer do tempo se fixem apenas em dois ou três tipos de engodo nos quais ganhem confiança, lhe conheçam as manhas e aprendam como ele se comporta nestas ou naquelas águas. Notem que na maior parte das vezes, um engodo de fundo não muito colante vira um razoável engodo se superfície ou meias águas, desde que a este se adicione mais água para que rebente à superfície ao ser lançado ao meio aquático onde pescamos. Composição Um bom engodo deve ser composto por substâncias alimentares frescas do agrado das espécies a que se destinam. Pode ser um composto de vários produtos vegetais tais como as farinhas de trigo, amendoim, milho ou apenas um deles o que é menos comum, e ainda incluir outros de origem animal como sangue, asticots, etc. Porque se misturam várias farinhas? Ao misturarem-se farinhas pretende-se com isto adicionar ao composto as suas qualidades gustativas, e ainda outras características próprias que são por exemplo, as laxativas: casa da farinha de cânhamo de particular agrado dos barbos; as aglutinantes: caso da farinha de amendoim e noz esta também com a faculdade de escurecer um pouco a nossa mistura; as dispersantes: como a farinha de milho ligeiramente torrada com o seu efeito de nuvem desde que moída muito fina. Há no mercado muitas outras farinhas que poderão experimentar, também há imensos aditivos que podemos juntar ao nosso engodo para lhe conferir outras qualidades, esses produtos são por exemplo, o PV1, a argila, coco ralado, brasem, biscoitos, etc. Assim, e partindo do príncipio que a base do nosso engodo será sempre o pão ralado bastará juntar a este outras farinhas para conseguirmos um engodo capaz de funcionar bem nas mais variadas situações. Se quisermos fazer as nossas experiências bastará termos presente quais os peixes e em que tipo de águas vamos pescar. É pois lógico colocarmos no nosso engodo uma farinha colante numa maior quantidade, como o amendoim se o nosso pesqueiro for muito fundo, como acontece em algumas barragens, ou ainda adicionarmos mais farinha colante, por exemplo noz, se o nosso pesqueiro for num rio de corrente muito forte. Se pretendermos um engodo mais de superfície e para pesca rápida a peixes pequenos, deveremos anular as substâncias muito colantes e usar o pão ralado muito fino, reduzido a pó, para que na água se forme uma nuvem que excite os peixes e, no entanto, os não alimente, mantendo-os na busca activa do nosso isco. Ao engodo deve ser sempre adicionado um pouco do isco com que vamos pescar. Se o isco for batata, caso das carpas, coloquemos batata no engodo em bocadinhos mais pequenos que o que utilizamos no anzol; se o isco for asticot um bom punhado de asticot no engodo, procederemos assim com todos os outros iscos. Também poderemos incluir simultaneamente na nossa mistura, sementes de cânhamo, milho, casters, asticot, fouillis e vers de vase estes últimos com aplicação preferencial em engodos de superfície a peixes pequenos. Fórmulas Pescadores há que criam autênticas "saladas russas", e, se também chamam o peixe, não será certamente devido à complexidade das suas fórmulas. Há mesmo os que compram três engodos de marcas diferentes e os misturam entre eles... agora imaginem a caldeirada que isto dá se o fabricante de cada um deles empregar no seu engodo cinco produtos distintos. A base do meu engodo é as já bem conhecidas 4 farinhas (milho, amendoim, bolacha e pão ralado) misturando depois ou um Amorim fundo ou um Especial carpas. Situações as há em que necessito de fazer ligeiras alterações na fórmula atrás referida, por exemplo para a pesca dos pimpões em que retiro o amendoim e misturo uma farinha de baunilha. Para as bogas uso apenas as 4 farinhas peneirando bem o engodo. Amassar o engodo O primeiro passo será o amassar do engodo, no caso das farinhas. Se partirmos do princípio que previamente já peneirámos separadamente as farinhas bastará agora colocá-las nas partes correspondentes na amassadeira, depois do produto bem homogeneizado juntaremos água a pouco e pouco. mexendo muito bem até notarmos que com um pequeno aperto da mão se consegue obter uma bolinha tipo rubgy e que não se desfaz facilmente. Um conselho que vos dou é de não colocarem todo o engodo de uma só vez na amassadeira, pois se inadvertidamente colocarmos um excesso de água na mesma e o nosso engodo ficar demasiadamente líquido , rapidamente com mais um pouco de farinha corrigiremos a situação. Seguidamente faremos passar o nosso engodo, agora húmido, por uma peneira para que se desfaçam os grumos que facilmente alimentariam em demasia os peixes; depois e enquanto montamos o resto do nosso equipamento, colocaremos o engodo a repousar à sombra a fim deste absorver toda a água. Finalmente, quando se aproximar a altura de engodar misturamos no engodo os iscos e sementes que acharmos convenientes, faremos inicialmente bolas bem apertadas, maiores em pesqueiros muito fundos ou em correntes fortes e mais pequenas em pesqueiros baixos e correntes mais fracas, poderemos, no príncipio da pesca, engodar com um pouco do nosso engodo solto para excitar mais rapidamente o peixe, mas sem exageros. Durante a pesca só deveremos engodar com pequenas bolas de engodo (tamanho de uma nós pequena). Colocação do engodo Em primeiro lugar deveremos ter o cuidado de achatar as nossas bolas de engodo, para que elas não rolem com a corrente ou lhes aconteça o mesmo no caso de margens muito íngremes. Outro problema que nos acontece é que quando colocamos muito asticot, este fura rapidamente as nossas bolas iniciais de engodo destruindu-as, o truque é utilizarmos o bicho colado e contuirmos a bola à volta deste. No caso de uma corrente muito forte deveremos engodar um pouco a montante do nosso pesqueiro; correntes fracas e médias engodaremos bam para a nossa frente, notem que a linha só estará em acção de pesca depois de ter percorrido alguma distância para jusante do local onde a lançarmos; em barragem nunca engodem para lá da bóia, pois correm o risco de nunca conseguirem pescar em cima do engodo, como já se disse ele pode rolar um pouco. Deveremos ainda, e sempre que se deparem pesqueiros com plantas aquáticas, sombras ou remansos provocados por pedras, árvores caídas ou curvas dos rios depositar aí o engodo, desde que a nossa cana lé possa depositar a linha em correcta acção de pesca. E para finalizar, ter em conta que a corrente perde velocidade junto Às margen e junto ao fundo dos rios e canais. |
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