Dia 05/11/2015
ZCT perto de Colos
Arma Benelli choque 3 estrelas
Cartuchos JG 7e 6
Abates 1 perdiz
Acordei com uma dor de cabeça do caraças (a cabeça só dói a quem a têm) que se manteve na viagem para a reserva e no inicio da mesma.
Começamos a caçar só três o Rufi(Artur chegava mais tarde).
Batemos um projecto de pinheiros querençudo onde por norma andam lá bastantes perdizes.
Não andavam desta vêz.
Eu ia melhorando da minha enxaqueca e a pensar que talvez não fosse má ideia seguirmos em frente, mas o Nelson preferiu dar a volta até ao limite da reserva fazendo um movimento em pinça por forma a empurrar as perdizes uns para os outros.
Assim inflecti à direita e fui andando pelo pasto.
Se tivesse seguido em frente encalhava dentro do bando... pelo menos podiam ter ficado estar a tiro assim via-as ao longe a voar.
Mas a ideia do Nelson também não era de todo descabida pois eu na ponta esquerda bem via as perdizes à minha frente a voar à nossa frente umas para lá outras para cá e outras a fugir nas nossas costas.
A páginas tantas vejo uma perdiz vir do lado onde deixámos os carros e soube sem ver que o o Artur (Rufi tinha chegado).
Quando o Nelson mais adiantado chegou a um sobreiral muito fechado levantou-se um bando de torcazes aí umas duas dezenas que se puseram a andar.
Voltámos para trás para ir ter com o Artur eu ia junto a uma aramada o Nelson no meio e o Nuno na ponta esquerda, quando na cova do meu lado direito vejo um bando de perdizes a levantar para a frente logo se encobrindo com os arbustos.
Escolhi uma já quase sem ângulo de tiro disparo vejo-a cair mas não a vejo mais naquele pasto de metro.
Demorei tempos infindos, penso eu mas acho foi rápido a travar a espingarda a passar o aramado a descer a encosta com cautela não fosse rebolar por ali abaixo e sempre pensando que se a magana tivesse ferida fugido a pés ou tivesse agachada no pasto bem que podia assobiar para o ar.
Quando cheguei perto do local da queda uma busca rápida com os olhos e vi o bicho ainda a tremelicar.
Um bom e grande perdigão.
E continuei a caçada já mais bem disposto.
E foram-se levantando umas perdizes.
Se eu tivesse mais adiantado tinha feito fogo a uma perdiz ao Nelson que e ele não a viu.
Agora já com 4 continuámos a volta mas as perdizes ou lebres parece que se eclipsaram.
Caçar com galochas em pasto seco não dá bom resultado.
Pensei eu que com a chuva que tinha caído o terreno estava empapado.
Engano e os enganos na caça pagam-se caro.
A páginas tantas já nem podia andar tal a dor na planta dos pés e o calor dentro das botas.
Avisei o pessoal que me ia "arrastar" para o carro e que me mantinha na linha enquanto pudesse.
E lá fui andando até que ás tantas ao subir um cabeço vejo para aí meia dúzia de perdizes a furtarem-se sem darem hipóteses de tiro.
E continuei a andar até que oiço tiros muito atrás de mim.
Vim a saber mais tarde que o grosso do bando ou bandos tinha ido para trás acho que foi aí que o Nuno matou a perdiz.
Parei ao pé de uns cedros à espera do linha e vejo chegar o Nelson que passa os cedros.
Em vez de passar em simultâneo com ele ou até primeiro não, e foi aí que a porca torceu o rabo.
Quando vou passar vejo passar à minha frente da direita para a esquerda uma perdiz a meia altura asa aberta tocada pelo Nelson meto a arma à cara mais uma vêz sem apontar... e tum-tum tiro de rabo e lá vai ela
Carro, casa sem mais histórias.