Marques Guedes aprova novo Tribunal Arbitral do Desporto
O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, considerou esta quarta-feira que o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) “arranca com um excelente e altamente qualificado” quadro de 40 árbitros, que “augura a sua sólida implantação”.
José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), onde decorreu a cerimónia de tomada de posse e que será a entidade responsável pela instalação e funcionamento do novo tribunal, sustentou que o TAD será “da maior importância na credibilização da justiça desportiva, tantas vezes devassada na praça pública”.
“É o momento da concretização de um objetivo há muito defendido e perseguido. Portugal andou, no que toca à justiça desportiva, desfasado das melhores práticas internacionais, ao adiar sistematicamente a constituição de um Tribunal Arbitral do Desporto”, assinalou Marques Guedes.
O governante observou que se tratava de uma “lacuna incompreensível”, que vai permitir acrescentar reconhecimento e credibilidade” à justiça administrada pelas instâncias federativas, que não conseguem escapar à imagem de que “fazem justiça em causa própria”.
“O TAD não só vem ultrapassar uma eventual perceção negativa da justiça desportiva, ajudando a superar essa vulnerabilidade, como permite ainda responder de forma responsável e diligente, contribuindo em tempo útil para a verdade desportiva”
A celeridade, uma vez que “o tempo da justiça comum é frequentemente incompatível com a verdade desportiva”, e a especialização, que atende à especificidade das matérias julgadas, serão, na opinião de Marques Guedes, as principais mais-valias do novo tribunal.
José Manuel Constantino também destacou o “reconhecido mérito” dos 40 árbitros escolhidos de uma lista inicial com 80 nomes pelo Conselho de Arbitragem Desportiva para integrarem o TAD, que será “uma peça fundamental” na nova orgânica da justiça desportiva em Portugal.
“Todas as decisões do TAD, mormente as etapas seguintes que respeitam à sua entrada em funcionamento, devem obedecer ao maior rigor, à maior exemplaridade e transparência perante as carências e necessidades do desporto português”, advertiu o presidente do COP.
in: sapo.pt