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 Caça em Numeros - Estatisticas

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MensagemAssunto: Caça em Numeros - Estatisticas   Caça em Numeros - Estatisticas EmptySáb Out 11, 2008 2:12 pm

ESTATÍSTICAS DE CAÇA EM PORTUGAL

Embora o ordenamento cinegético em Portugal tenha começado mais de uma década antes da dos primeiros dados aqui apresentados, referentes a 1999, pretende-se com este capítulo explorar a sua evolução mais recente.

A exploração de dados mais antigos não seria possível em tempo útil à realização deste documento, e provavelmente resultaria num conjunto de dados supérfluos para uma primeira síntese da evolução do ordenamento cinegético que, como referido no editorial, pede actualizações anuais, para que haja lugar a uma boa percepção da mesma.

Os dados apresentados resultam do tratamento de informação variada sobre o sector cinegético, gentilmente cedida pela DGRF. Sendo que este organismo tem competência directa a nível do continente, chama-se a atenção para o facto de a síntese e análise apresentadas não se referirem às regiões autónomas, com órgãos
administrativos próprios.

O número de caçadores que pretendem exercer actividades de carácter cinegético é reflexo do número de licenças gerais de caça vendidas, anualmente. Assim sendo, de acordo com a tabela 1 e a figura 2 pode concluir-se que este valor tem vindo gradualmente a diminuir nas últimas 7 épocas cinegéticas, de forma mais acentuada no que toca aos caçadores com licenças de caça nacionais. Conforme a tabela, o número actual de caçadores em Portugal deverá ser de aproximadamente, 171 mil.


Tabela 1 – Número de licenças gerais de caça vendidas em Portugal continental entre as épocas de 1999-2000 e 2006-2007

Caça em Numeros - Estatisticas Licenc10

Em 7 anos, a quebra global no número de caçadores reflectiu-se em cerca de 51 mil licenças, e destas quase 41 mil corresponderam a licenças nacionais.

No que toca às licenças especiais de caça, contemplando as intenções de caça maior ou às aves aquáticas, os resultados da evolução do número de vendas são um pouco mais contrastantes, sendo que no seu conjunto, baixaram em aproximadamente 16 mil licenças – tabela 2 e figura 3. No entanto, esta quebra é completamente devida ao declínio do número de caçadores habilitados para a caça às aves aquáticas e em grande parte, compensado pelo acréscimo da procura de licenças para caça maior (de quase 24 mil licenças).


Tabela 2 – Número de licenças especiais de caça vendidas em Portugal continental entre as épocas de 1999-2000 e 2006-2007

Caça em Numeros - Estatisticas Especi10

A extinção das coutadas (zonas privadas de caça) em 1974, o aumento do poder de compra e da facilidade de aquisição de transporte próprio, deu lugar a um acréscimo substancial de caçadores que conduziu a uma exploração desordenada e a excessiva pressão cinegética sobre várias espécies.
Após esta situação, o início do ordenamento cinegético deu-se com a lei n.º30/86, de 27 de Agosto (Lei da Caça), e apenas se efectivou em Agosto de 1988, com a criação oficial da primeira ZC em Portugal.
É razoável então, concluir que as imposições legais entretanto em vigor, aliadas a algumas dificuldades na integração de caçadores no regime ordenado, bem como na criação de ZC e a uma diminuição do poder de compra, parecem estar a contribuir para a diminuição do número de caçadores no país.

Por outro lado, no seio dos caçadores nota-se uma alteração das preferências de caça. A maior procura da caça maior pode ser explicada essencialmente pelo aumento dos efectivos de javali que tinham sido bastante afectados com a situação de falta de ordenamento e pressão cinegética após 1974, bem como, pela peste suína africana entre as décadas de 1960 e 80. No entanto, tal como outras espécies cuja reposição no ambiente tem sido fomentada, saiu beneficiado com abandono rural que aumentou a disponibilidade de habitats, possibilitando-se assim, voltar a explorar um recurso que se tornava escasso.
A procura de aves aquáticas foi provavelmente influenciada pelas alterações da ocupação do solo no país, como por exemplo, o desenvolvimento urbano junto a locais com massas de água apetecíveis, sobretudo no litoral, de tal forma que apenas nas massas de tamanho mais considerável ainda se encontrará um número razoável destas aves, que justifique jornadas de caça.


Tabela 3 - Evolução da área cinegética ordenada (%), em Portugal continental, entre 1999 e 2007.

Caça em Numeros - Estatisticas Cinege10

Entre 1999 e 2001, as IIIª e IVª regiões apresentavam claramente um ordenamento cinegético mais desenvolvido enquanto que no sul do país (Vª região) este processo era o mais incipiente – figura 6. A evolução da percentagem de área com aptidão cinegética, ordenada, fez-se no sentido de um equilíbrio visível entre as regiões, até ao ano de 2007. Ao mesmo tempo, houve um crescimento gradual da percentagem de ordenamento em todas as regiões, no período considerado que resultou no considerável aumento do ordenamento em território nacional, já apresentado.


Tabela 4 - Carta de Caçador

Em complemento ao número de caçadores em efectiva actividade, dado inferido no ponto anterior através do número de licenças gerais de caça, importa referir o reduzido acréscimo anual de indivíduos habilitados para o exercício da caça, com carta de caçador.
Desse modo, concordando com o sucedido com as licenças, pode observar-se que o número de indivíduos que anualmente se apresentam a exame de carta de caçador (vertente teórica e prática) tem vindo a diminuir desde 1999, bem como o número de candidatos aprovados nesse exame.
De destacar no entanto, a melhoria da percentagem de aprovação que, de certo modo, deve reflectir a melhoria da escolaridade dos candidatos a exame.

Caça em Numeros - Estatisticas Carta10


Alguns dados interessantes onde podemos constatar que este sector tem vindo a ter cada vez menos adeptos, isto deve-se a este sector estar cada vez mais exigente, principalmente a nivél económico.

Dados recolhidos na Fencaça

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MensagemAssunto: estatísticas e futuro - menos e melhores?!   Caça em Numeros - Estatisticas EmptySeg Set 07, 2009 12:50 pm

Rogério escreveu:
ESTATÍSTICAS DE CAÇA EM PORTUGAL

Embora o ordenamento cinegético em Portugal tenha começado mais de uma década antes da dos primeiros dados aqui apresentados, referentes a 1999, pretende-se com este capítulo explorar a sua evolução mais recente.

A exploração de dados mais antigos não seria possível em tempo útil à realização deste documento, e provavelmente resultaria num conjunto de dados supérfluos para uma primeira síntese da evolução do ordenamento cinegético que, como referido no editorial, pede actualizações anuais, para que haja lugar a uma boa percepção da mesma.

Os dados apresentados resultam do tratamento de informação variada sobre o sector cinegético, gentilmente cedida pela DGRF. Sendo que este organismo tem competência directa a nível do continente, chama-se a atenção para o facto de a síntese e análise apresentadas não se referirem às regiões autónomas, com órgãos
administrativos próprios.

O número de caçadores que pretendem exercer actividades de carácter cinegético é reflexo do número de licenças gerais de caça vendidas, anualmente. Assim sendo, de acordo com a tabela 1 e a figura 2 pode concluir-se que este valor tem vindo gradualmente a diminuir nas últimas 7 épocas cinegéticas, de forma mais acentuada no que toca aos caçadores com licenças de caça nacionais. Conforme a tabela, o número actual de caçadores em Portugal deverá ser de aproximadamente, 171 mil.


Tabela 1 – Número de licenças gerais de caça vendidas em Portugal continental entre as épocas de 1999-2000 e 2006-2007

Caça em Numeros - Estatisticas Licenc10

Em 7 anos, a quebra global no número de caçadores reflectiu-se em cerca de 51 mil licenças, e destas quase 41 mil corresponderam a licenças nacionais.

No que toca às licenças especiais de caça, contemplando as intenções de caça maior ou às aves aquáticas, os resultados da evolução do número de vendas são um pouco mais contrastantes, sendo que no seu conjunto, baixaram em aproximadamente 16 mil licenças – tabela 2 e figura 3. No entanto, esta quebra é completamente devida ao declínio do número de caçadores habilitados para a caça às aves aquáticas e em grande parte, compensado pelo acréscimo da procura de licenças para caça maior (de quase 24 mil licenças).


Tabela 2 – Número de licenças especiais de caça vendidas em Portugal continental entre as épocas de 1999-2000 e 2006-2007

Caça em Numeros - Estatisticas Especi10

A extinção das coutadas (zonas privadas de caça) em 1974, o aumento do poder de compra e da facilidade de aquisição de transporte próprio, deu lugar a um acréscimo substancial de caçadores que conduziu a uma exploração desordenada e a excessiva pressão cinegética sobre várias espécies.
Após esta situação, o início do ordenamento cinegético deu-se com a lei n.º30/86, de 27 de Agosto (Lei da Caça), e apenas se efectivou em Agosto de 1988, com a criação oficial da primeira ZC em Portugal.
É razoável então, concluir que as imposições legais entretanto em vigor, aliadas a algumas dificuldades na integração de caçadores no regime ordenado, bem como na criação de ZC e a uma diminuição do poder de compra, parecem estar a contribuir para a diminuição do número de caçadores no país.

Por outro lado, no seio dos caçadores nota-se uma alteração das preferências de caça. A maior procura da caça maior pode ser explicada essencialmente pelo aumento dos efectivos de javali que tinham sido bastante afectados com a situação de falta de ordenamento e pressão cinegética após 1974, bem como, pela peste suína africana entre as décadas de 1960 e 80. No entanto, tal como outras espécies cuja reposição no ambiente tem sido fomentada, saiu beneficiado com abandono rural que aumentou a disponibilidade de habitats, possibilitando-se assim, voltar a explorar um recurso que se tornava escasso.
A procura de aves aquáticas foi provavelmente influenciada pelas alterações da ocupação do solo no país, como por exemplo, o desenvolvimento urbano junto a locais com massas de água apetecíveis, sobretudo no litoral, de tal forma que apenas nas massas de tamanho mais considerável ainda se encontrará um número razoável destas aves, que justifique jornadas de caça.


Tabela 3 - Evolução da área cinegética ordenada (%), em Portugal continental, entre 1999 e 2007.

Caça em Numeros - Estatisticas Cinege10

Entre 1999 e 2001, as IIIª e IVª regiões apresentavam claramente um ordenamento cinegético mais desenvolvido enquanto que no sul do país (Vª região) este processo era o mais incipiente – figura 6. A evolução da percentagem de área com aptidão cinegética, ordenada, fez-se no sentido de um equilíbrio visível entre as regiões, até ao ano de 2007. Ao mesmo tempo, houve um crescimento gradual da percentagem de ordenamento em todas as regiões, no período considerado que resultou no considerável aumento do ordenamento em território nacional, já apresentado.


Tabela 4 - Carta de Caçador

Em complemento ao número de caçadores em efectiva actividade, dado inferido no ponto anterior através do número de licenças gerais de caça, importa referir o reduzido acréscimo anual de indivíduos habilitados para o exercício da caça, com carta de caçador.
Desse modo, concordando com o sucedido com as licenças, pode observar-se que o número de indivíduos que anualmente se apresentam a exame de carta de caçador (vertente teórica e prática) tem vindo a diminuir desde 1999, bem como o número de candidatos aprovados nesse exame.
De destacar no entanto, a melhoria da percentagem de aprovação que, de certo modo, deve reflectir a melhoria da escolaridade dos candidatos a exame.

Caça em Numeros - Estatisticas Carta10


Alguns dados interessantes onde podemos constatar que este sector tem vindo a ter cada vez menos adeptos, isto deve-se a este sector estar cada vez mais exigente, principalmente a nivél económico.

Dados recolhidos na Fencaça

Cumprimentos

Este tema é muito interessante e deveria ter a atenção da comunidade de caçadores e do estado uma vez que pode, em minha opinião, vir a moldar o futuro do ordenamento de caça no nosso país.

Começo por dizer que gostaria de ter disponível uma estatística rigorosa do número de caçadores em Portugal nas últimas três décadas. Só com dados deste tipo conjugados com as estatísticas demográficas se poderia fazer uma projecção estatisticamente perfeita da evolução do sector.

Assim mesmo, e com os poucos dados que existem e são aqui apresentados, é já possível inferir de forma razoavelmente rigorosa a evolução esperada.

Sobre este tema gostaria de saber/discutir no fórum os seguintes tópicos:

I - Causas – a evolução demográfica em Portugal vai no sentido de um envelhecimento da população ( esta parece obvia); Há mais “oferta” e ocupação de tempos livres para os jovens do que havia no passado por isso vejo que muitos descendentes de caçadores ( que noutros tempos teriam seguido os pais nesta actividade) a optar por outras actividades recreativas ( o que vos parece?); Há também uma mais forte corrente ambientalista que não vê com agrado a componente mais “violenta” da caça – o abate (nem sequer discuto este facto apesar de ser uma realidade uma vez que o considero inultrapassável se queremos que respeitem as nossas opiniões temos que respeitar as dos outros);
Complexos (e onerosos) procedimentos documentais ligados ao sector da caça e das armas (há imensos relatos de problemas com licenças nos últimos anos!! Eu próprio relatarei em breve um que me impediu de obter LUPA C por excesso de zelo e abuso de autoridade por parte da entidade licenciadora (a psp) quando tenho LUPA D há 22 e um armeiro recheado com uma boa colecção de armas); A crise económica – conheço já uma boa mão cheia de caçadores que deixou de caçar porque não tem dinheiro!! É verdade!! Há aficcionados da caça que por estarem desempregados deixaram de caçar!

II – Estatísticas – como e onde obte-las? A AFN tem obrigação de as manter e divulgar na minha opinião. Acho que não o tem feito de forma capaz. Qual o seu rigor? Admitindo que são precisas as que aqui são divulgadas e as que aparecem nos jornais (2008/2009 – 153000 caçadores aproximadamente).
A evolução foi em resumo muito breve de 222 mil licenças em 1999/2000 para 153 mil em 2008/2009!!!

III – Consequências - Este é o tem que mais me interessa.
Temos 86% do pais ordenado e os caçadores diminuem aos milhares por ano. O número de novos caçadores fica muito aquém das desistências. Não sinto nenhuma angustia com estes factos – digo isto pois tenho visto opiniões que se referem com preocupação à redução da influencia do sector e aos perigos de passarmos a ser uma minoria. Acho, pelo contrário, que teremos mais e melhor caça. Mas antes de chegar a discutir esta opinião gostava de “trabalhar” um pouco as estatísticas disponíveis. Se continuássemos a regredir ao ritmo actual em 2032 chegaríamos a zero e em 2020 estriamos abaixo dos 50000. Digo isto só para que tenham uma ideia a intensidade actual da regressão após ter feito uma projecção estatística usando uma regressão linear. É claro que não podemos usar uma regressão linear neste tipo de projecções pois a intensidade da regressão não é constante ( tenderá a baixar) e por isso o número de caçadores irá estabilizar (a curva é assimptótica).
De qualquer forma estou muito curioso relativamente ao que se irá passar. Em que número irá estabilizar a descida e quando? Para saber isto seria necessário saber a idade média dos caçadores no activo a média ponderada dos novos caçadores incorporados nos últimos anos e utilizar as estatísticas demográficas e etárias da população portuguesa para fazer uma projecção com correcção estatística.
Para além disto seria importante saber de que forma todos estes dados se distribuem no espaço, ou seja nas diferentes regiões do país. Estou convencido (o meu convencimento resulta da análise matemática que foi já possível fazer, não sonhei com isto) que algumas regiões do interior do país terão em 2020 um número insignificante de caçadores. Se assim for (veremos já só faltam 10 anos) e se o número de caçadores baixar dos 100 mil o ordenamento actual continua a ser válido? Haverá mais caça (hectares e peças) para cada caçador? Ou, por outro lado, dever-se-á reduzir a área a explorar investindo mais na gestão e nos bons terrenos cinegéticos abandonando os de menor aptidão que hoje em dia ainda se exploram ?
Independentemente das respostas a estas perguntas e do que vier a acontecer acho que devemos agora, já, discutir cenários para não sermos surpreendidos. Termino sublinhando que se conseguirmos dados estatísticos actuais e rigorosos esta discussão para a ser um plano de actuação para os próximos anos e não um exercício de discussão e opiniões.
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MensagemAssunto: Re: Caça em Numeros - Estatisticas   Caça em Numeros - Estatisticas EmptySeg Set 07, 2009 2:12 pm

concordo na integra com o que disse amigo loureiroa, acho que um dos factores que tem tambem contribuido para esta diminuição é sem a evolução tecnologica cada vez mais os jovens da minha idade se preocupam em passar tardes e dias em frente a um computador a jogar este ou aquele jogo ou agarrados a uma playsation ou coisas do genero, penso que a gerações mais antigas viviam mais ligados á natureza e por sua vez á caça, sem duvida que a mania dos "defensores do ambiente" aqueles que criticam que mata um coelho mas que quando este lhe é apresentado no prato não pensam que alguem tambem o matou tudo isto caminha para uma diminuição drastica do numero de caçadores, eu estou ligado a caçadore pelo familia do meu pai e pela familia da minha mãe mas tenho 13 primos mais proximos e somente 3 eu o meu irmão e um primo somos caçadores infezlimente Crying or Very sad
tambem temso de ver que o nosso pais tem uma taxa de crescimento negativa, por isso o numero de caçadores que falecem ao longo do ano seja muito superior ao numero de caçadores formados actualmente
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MensagemAssunto: Re: Caça em Numeros - Estatisticas   Caça em Numeros - Estatisticas EmptyQui Fev 25, 2010 3:36 am

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MensagemAssunto: Re: Caça em Numeros - Estatisticas   Caça em Numeros - Estatisticas Empty

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