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MensagemAssunto: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:16 pm

Penacova
Ao longo destes meses, José Calado e a sua equipa têm-nos apresentado bastantes truques da pesca de competição agora a altura de partilharem connosco os segredos de algumas das melhores pistas Portuguesas.


Penacova é uma das mais belas pistas de pesca de Portugal, as mais apetecidas pelos conhecedores e das mais temidas em competição pêlos que dela pouco conhecem.
Situa-se em Vila Nova, perto da sede de concelho de Penacova, que lhe dá o nome. Nasceu pelo dinamismo dos pescadores locais, conhecedores das riquezas do rio Mondego e das suas potencialidades para a competição.
Foi constituída como concessão de pesca desportiva. Para o efeito foram regularizadas as margens do rio e protegidas contra a erosão por enrolamento de pedra e plantadas árvores adequadas, espaçadas, de forma a valorizar paisagísticamente a pista, sem prejudicar a prática da competição.
É delimitada a jusante por um açude movível e a montante pela ponte do IP 3 — Livraria do Mondego. Referencia-se a montante a existência do açude da Raiva e da barragem da Aguieira, que pela sua função energética e de regularização de caudais condicionam o caudal da pista, que varia bastante durante as provas,
Para conhecermos melhor esta zona do Mondego e até para compreender algumas variações do comportamento do peixe em competição, importa referir que o leito virgem era constituído por zonas de laje maciça, zonas em que predominavam o calhau rolado e zonas de depósito em areia (de referir que a zona da pista era conhecida pelas suas goleiras, zonas de estrangulamento do rio com formação de rápidos, onde era possível a captura de bons exemplares de trutas). Como aparte, constituía um dos nossos troços favoritos para a captura dessa espécie.

As espécies
Não cremos que as obras hidráulicas realizadas tenham alterado significativamente a constituição do fundo do rio, até pela envolvente geológica da pista. Face ao seu enquadramento e aos ventos predominantes, é normalmente, uma pista pouco ventosa.
A sua população é constituída essencialmente por bogas, barbos, góbios, ruivacos, percas, carpas e trutas.
Em competição, a espécie mais valorizada e que permite sem dúvida melhores e mais regulares classificações é a boga; tem igualmente uma população de góbios significativa, muitas vezes significativa de maus resultados, dado o seu pouco peso relativo, não é desprezável, em certas zonas, a existência de barbos, alguns de bom porte.

As técnicas
Elegendo-se a pesca das bogas e havendo a expectativa de muitas capturas, é vital que todo o material esteja afinado.
Começamos pelo posicionamento no pesqueiro: a irregularidade das margens (com pedras de grandes dimensões) obriga por vezes à utilização de plataformas, para que se obtenha um posicionamento estável, muito importante em provas de competição. É necessário saber como vão evoluir, ao longo das horas de pesca, as descargas obras hidráulicas a montante para melhor nos posicionarmos.

Na pesca das bogas quer-se uma cana com 13 m, bastante direita ede acção rápida.
As bóias, ao nosso ver, dado que existe alguma corrente (por vezes bastante, na altura da descarga da barragem), deverão ter corpo e ser ergonómicas, ou seja, uma fraca resistência à entrada na água. Por outras palavras, sensíveis, estáveis e com bom comportamento na corrente.
Pessoalmente, utilizamos do tamanho 4x12 ao 4x18, com predominância da 4x14. A opção reside na fundura do pesqueiro (que poderá ir de 1 a 4.50
m), na corrente e na existência de muito peixe ou não no pesqueiro.
A ponteira deve ser fina q. b., de modo a que se veja e permita que a calibragem da bóia se faça pela mesma.
A quem tem muita dificuldade em lidar com esse tipo de calibragem, sugerimos que o faça e depois unte a antena com uma substância gordurosa (como a vaselina), que permite que a bóia mantenha praticamente a sensibilidade e se torne mais visível.

Os materiais
A distribuição dos chumbos na baixada é, a nosso ver, clássica neste tipo de pesca, ou seja, dois ou três chumbos de toque, espaçados cerca de 10 cm, seguidos do maciço. Se a pesca se toma difícil, por vezes utiliza-se montagens mais ligeiras, tipo cauda de rato, com mais chumbos distribuídos. Se a pesca é demasiado rápida, chegamos a utilizar apenas um chumbo de toque.
A linha da baixada raramente passa de 0.10 mm e a linha do terminal raramente desce de 0.08 mm, por vezes 0.09.
Nos anzóis somos muito conservadores e, embora alguns pescadores recorram a anzóis pequenos (20,22) muito finos e de patilha comprida, preferimos em 90% das vezes o n.° 18, vermelho ou bronze.
Uma palavra especial para o engodo a utilizar: este deve, a nosso ver, ter uma cor pouco contrastante com a cor do fundo do rio — dada a existência de predadores, as bogas não se sentem confiantes em situações muito contrastantes. Deverá ser fino mas não ter partículas muito finas. Por outras palavras, deverá ter uma granulometria homogénea, fina, mas não demasiado.
O não cumprimento do exposto pode atrair demasiado peixe pequeno ao pesqueiro (bogas pequenas e góbios).
Abordados os aspectos preliminares da pesca e antes de nos debruçarmos sobre o acto de pesca, repetimos que tudo à nossa volta tem de estar organizado, da colocação do panier aos iscos, passando pela repechel, pela manga, etc... Temos visto pescadores muito desorganizados que perdem segundos preciosos que, ao longo da jornada, se transformam em largos minutos e se reflectem invariavelmente em menos gramas ou quilos de capturas.
Os iscos mais apetecidos são sem dúvida os ver de vase; e a colocação de fouillis no engodo é extremamente importante. Lembramos a ementa faz parte da dieta habitual dos peixes que queremos capturar. Muitas vezes nos temos perguntado se o peixe digere tudo o que lhe mandamos e qual o doseamento e cadência da engodagem que vamos eleger. Após muitas horas de pesca às bogas, particularmente em Penacova, pensamos que no imediato o engodo não é todo digerido; todavia é extremamente importante manter uma engodagem constante e ritmada, digamos, cada vez que se coloca a cana dentro de água ou se falha um toque. O melhor, atendendo a que as provas têm duração de três horas, é dividir o engodo pelo máximo permitido em quatro tinas iguais e utilizar uma na engodagem inicial, que não necessita de ter bolas muito grandes, e outra por cada hora de pesca, para rapel.


Cuidados
A condução e o posicionamento da linha em acção de pesca são igualmente importantes. Muitas vezes diz-se, por brincadeira, que o mais importante das canas de pesca é o suporte, ou seja, o pescador.
Em Penacova, quando tudo está correcto e se faz de forma cuidada, é exportável que assim que a bóia esteja em acção de pesca tenhamos toques. É, no entanto, essencial que o posicionamento da linha na água se faça com cuidado e de uma forma correcta. A mesma deve ser acompanhada e a bóia colocada com jeito, ligeiramente a montante do sítio que elegemos para a engodagem.
Quanto à condução da linha, é igualmente eficaz a pesca na passata (deixando correr quase livremente), assim como travando a bóia e aliviando-a devagar, simulando negaças. Em último caso, na ausência de toques devemos mesmo negaçar.
É fundamental que o pescador tenha a percepção da melhor maneira de conduzir a linha, face ao modo de comer das presas no próprio dia. Nem sempre o peixe reage da mesma maneira, é preciso encontrar soluções.
Por último, uma dúvida de todos os pescadores: como libertar-se dos góbios, se a cadência de capturas é constante e as bogas não entram? Um grande amigo vai desculpar-nos porque vamos plagiá-lo, mas a resposta mais plausível é simples: apanhando-os todos.
Bom, depois desta escrita, ficámos com o apetite desperto para mais uma pescaria. Para onde? Penacova, claro !


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MensagemAssunto: Chaves   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:17 pm

Chaves
São várias as razões que fazem de Chaves uma cidade única. Situada na orla de uma veiga fecundíssima e vasta, banhada pelo rio Tâmega, a 350 m de altitude, abrigada a Norte pela coroa montanhosa do Brunheiro e a oeste pêlos contrafortes da serra do Larouco, esta cidade reúne as condições necessárias para a prática da pesca desportiva.
Este aliciante desporto constitui um factor importante na oferta turística da cidade e conta com grande número de adeptos, não só entre a população local, mas também pescadores de muitas outras zonas do país, que aqui se deslocam com grande frequência.
A pista de pesca de Chaves oferece-nos excelentes condições para a prática da modalidade. Os pesqueiros têm para além de uma boa acessibilidade, um vasto espaço para a colocação e preparação do material.
Esta pista tem aproximadamente 30 m de largura e a profundidade varia entre os 2 e os 3.5 m.
Das espécies existentes os barbos são os que existem em maior número, por isso a nossa pesca é mais dirigida a este tipo de peixe.
Para isso utiliza-se dois tipos de pesca: a pesca à francesa aos 13 m e a pesca à inglesa com bóia fixa.

Pesca à francesa
Na pesca à francesa, a gramagem das bóias varia entre 0.30 e 0,75 g.
Na montagem, as linhas mais utilizadas são a 0.12 mm e a 0.14 mm. Os terminais são feitos com as linhas 0.10 e 0.12 mm, tendo estes 30 cm de comprimento e anzóis entre o n" 22 e o n° 18. Nos kits, são montados os elásticos em látex, com 0.9 ou 1 mm ao terceiro elemento.
• A montagem
A montagem, a sondagem e a engodagem são pontos fundamentais para o sucesso de uma boa pescaria.
A montagem a ser utilizada é a chamada montagem progressiva, que consiste na colocação de um chumbo junto à argola, um segundo distanciado mais ou menos 15 cm do primeiro, reduzindo-se gradualmente o espaço entre os seguintes até a bóia ficar calibrada.
A sondagem é feita através de uma sonda tipo boca de sapo, que é colocada no primeiro chumbo da montagem. Quando a sonda estiver no fundo, a antena da bóia deve ficar totalmente visível fora da água; assim, consoante a movimentação do peixe na procura do isco, mais à superfície ou mais no fundo, vai-se adaptando a posição da bóia.
• A engodagem
Na engodagem, é utilizado o asticôt colado com gravilha, se a pesca for feita aos 13 m, ou solto e cânhamo, no caso de se pescar com o kit aos 5 m.
Neste tipo de pesca, é aconselhável a utilização de bóias mais leves, os elásticos ligeiramente mais esticados, linhas mais grossas e a sondagem feita com o anzol a tocar no fundo. Este tipo de pesca faz-se normalmente quando falha o peixe aos 13 m.

A inglesa
No entanto, temos ainda como alternativa a pesca à inglesa. Nesta, as bóias variam tanto em formato como em gramagem, podendo ser bodies de 6 a 10 g, ou inseris de 2 a 4 g.
A linha no carreto deve ser 0.14 ou 0.16 mm, afundante, e nos terminais 0.12 ou 0.14 mm, em fluorocarbono, com 1 m de comprimento.
A engodagem é feita do mesmo modo que na pesca à francesa aos 13 m, mas neste caso com a ajuda de uma fisga.
Depois destas sugestões, resta-nos desejar bons momentos de pesca e que usufrua de tudo o que esta bela cidade pode oferecer...
Da ponte romana à estância turística e termal de Vidago, passando por Igrejas centenárias, castelos e fortes, existem inúmeros atractivos para explorar e descobrir nos intervalos da pescaria.


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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:18 pm

Monte Real

O distrito de Leiria volta a ter a oportunidade de receber competições de pesca de grande nível, depois de alguns anos de afastamento por via do elevado grau de poluição do rio Liz na cidade de Leiria. José Amorim saúda este regresso e apresenta-nos as potencialidades desta pista.

Estamos a falar da zona de pesca de competição de Monte Real, no mesmo rio, zona que oferece desde já boas condições para a pesca de competição e que podem ser melhoradas desde que as entidades locais assim o queiram.

Características
Esta é uma zona que permite a marcação de cerca de sessenta pesqueiros com boas condições de acesso. Tem uma largura média de vinte e cinco metros, profundidade de dois a três metros e corrente normalmente lenta.
As espécies predominantes na referida zona são as carpas, que existem em boas quantidades e em diferentes estados de crescimento, as tainhas, os pimpões e os híbridos (de carpa/pimpão). As técnicas de pesca que podem ser adoptadas no local são, pela ordem que segue, a pesca à francesa, a pesca à inglesa e a pesca à bolonhesa.

Iscos e engodos
Os iscos mais utilizados são o asticôt, o trigo e o milho cozidos, sendo que estes também são utilizados na engodagem de rapei,
Na engodagem inicial, usa-se engodos à base de farinhas, em quantidade reduzida e lançados à água sob a forma de pequenas bolas de modo discreto.

Particularidades
Na pesca à francesa, utiliza-se bóias de 0.20 a 0.50 gramas, fios de 0.14 a 0.18mm na linha principal, e terminais de 0.12 a 0.16 mm com anzóis n° 14 a n° 16.
Na pesca à inglesa, utiliza-se bóias de 3 a 5 g, em pena de pavão, fio afundante de 0.14 a 0.16 mm, terminais de 0.12 a 0.14 mm e anzóis do n° 14 ao 16.
A pesca à bolonhesa a que tem menor aplicação no local, mas em situações de corrente média e ausência de vento pode ter um papel muito importante. Nesta técnica, aconselha-se a utilização de bóias de 3 a 6 g e fio especial de carreto de 0.14 a 0.16 mm — e de terminais idênticos aos que se utilizam na técnica anterior.
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MensagemAssunto: Coruche   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:20 pm

Com algumas provas oficiais de relevo no seu currículo, Coruche tem uma excelente pista de pesca, para competição e não só. António Marques mostra-nos como a explorar ao máximo.



Coruche é uma vila desconhecida para muitos... e um refúgio para outros, especialmente para os amantes da pesca desportiva. Nesta vila ribatejana, onde passa o rio Sorraia, foi construída em 1987 uma pista de pesca, com uma largura que varia entre 70 e 120 m e uma profundidade entre 1.20 e 2m.

Desde então, esta pista tem proporcionado excelentes condições para a prática da pesca desportiva, da qual já tem no seu historial várias provas, de âmbito mundial e nacional.

Apresenta como espécies predominantes bogas, carpas, tainhas, percas e barbos, sendo estes últimos em maior número e de fácil captura.



À Inglesa

Os tipos de pesca mais praticados são a pesca à francesa e a pesca à inglesa, sendo esta última a que, em nossa opinião, apresenta mais vantagens, por poder pescar-se a toda a largura do rio. Podemos utilizar na pesca à inglesa duas formas de pescar diferentes:

• Próxima

Uma, entre 15 e 30 m, em que devemos utilizar três ou quatro canas de 3.90 m com acção bastante macia, pois neste tipo de pesca usa-se terminais muito finos, entre 0.6 e 0.10, com 1 m de comprimento, e anzóis que podem variar entre o n" 26 e n° 20,

As bóias devem ser de pena de pavão de 2 a 5 g e a pesca deve ser rente ao fundo ou cerca de 20 cm apoiada no fundo. A montagem é simples: na linha do carreto, 0.12, coloca-se a bóia e um destorcedor e o terminal, com cerca de 1 m, com dois chumbos n° 11 —o primeiro a 15 cm do anzol e o segundo a 60.

A engodagem é feita com cânhamo e asticôt solto, com a ajuda de uma fisga para que seja precisa. Isca-se, normalmente, com asticôt e em algumas circunstâncias ponderasse iscar, também, com cânhamo.

• Distante

A outra forma de pescar à inglesa pode ser entre os 40 e os 60 m. Devemos utilizar canas de acção mais rígida, que podem ir de 4.20 a 4.50 m, para podermos utilizar bóias que variem entre 14 e 25 g.

Os terminais devem ter cerca de 1 m e podem ir de 0.8 a 0.12; os anzóis do 26 ao 18. Podemos utilizar também nesta pesca várias montagens, umas mais pesadas e outras mais ligeiras, que são as que cremos funcionem melhor.

Na linha do carreto, deva usar-se um 0.14 ou um 0,16 conforme a gramagem da bóia. Coloca-se a bóia na linha do carreto um destorcedor e um terminal com cerca de 1 m com um chumbo de toque n° 10 a 25 cm do anzol que pode estar todo apoiado no fundo (por vezes, os barbos comem na descida do asticôt, dai preferir-se uma montagem leve).

A engodagem é feita com asticôt colado, com uma fisga de elásticos mais fortes, para que a engodagem seja precisa — quanto mais precisa for, melhor rendimento tiraremos do pesqueiro.

Neste tipo de pesca, os barbos são, normalmente, maiores do que na pesca entre os 15 e 30 m,



Á Francesa

Esta técnica é mais utilizada para as tainhas e, normalmente, faz-se com uma distancia entre os 6 e 10 m, de preferência com uma cana forte, para se poder montar elásticos entre 1.2 e 1.6. É que as tainhas são um peixe que dá muita luta, e em Coruche consegue-se a captura de bons exemplares.

Deve utilizar-se o máximo de engodo possível: é uma pesca de alguma paciência, pois, normalmente, elas só entram no pesqueiro após uma hora de engodagem contínua. Tendo em consideração as condições atmosféricas e a temperatura da água, temos situações em que, ao fim de meia hora de engodagem já as sentimos no pesqueiro; e outras em que a prova termina sem que tenhamos sentido a sua presença no pesqueiro.

A engodagem deve ser precisa, pois as tainhas comem em cima da engodagem e é lá que devemos pescar. As bóias utilizadas variam entre 0.3 g e 0.75 g, conforme a profundidade e o vento existente, A montagem pode variar entre um 0.14 e um

0.16, com um chumbo de toque n" 10 e o maciço a 20 cm do mesmo. Os terminais podem variar entre 0.12 e 0.14, com comprimento entre 20 e 25 cm. Os anzóis podem ser entre n° 18 e n° 14.

Os iscos mais utilizados são o asticôt e ver-de-vase.

Deve pescar-se geralmente com chumbo de toque, para que a apresentação do isco seja o mais natural possível.

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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:21 pm

Cabeção


A pista de pesca do Cabeção está situada na Ribeira

da Raia, perto da povoação do Cabeção, no

Alto Alentejo, que pertence ao concelho de Mora, a cerca de l00 km de Lisboa.


Apresenta como espécies predominantes bogas, barbos, percas, achigãs e carpas, estas ultimas em maior número. A profundidade da pista varia entre os 3 e os 3.50 m, sendo o fundo em areia e cascalho.

De largura apresenta, em média, os 70 m.

Francesa

Uma vez que encontramos as carpas em maior numero, são estas que deveremos pescar, tendo então duas opções distintas: a pesca à francesa e a pesca à inglesa.

Tendo em conta as características da pista e peixe que ali vamos encontrar, pensamos ser mais correcto iniciar a jornada de pesca pela pesca à francesa.

Assim, precisamos de uma cana francesa com 13 m mais dois a três kits com quatro elementos (4.60 m) equipados com elástico látex de 1 a 1.2 mm, montados ao terceiro elemento. As montagens (baixadas) devem ser feitas em fio de boa qualidade, com espessura de 0.14 a 0.16, para podermos uti­lizar terminais em fio 0.12 e 0.14, que devem ter, aproximadamente, 30 cm de comprimento.

As montagens que melhor rendimento têm dado são as montagens progressivas, com bóias de 0.30 a 1 g e antenas de fibra, sendo a melhor a de 0.50 g. Por outro lado, os anzóis têm de ser finos e muito fortes, atendendo ao peso dos peixes que se pode capturar, estamos, obviamente, a referir-nos às carpas! A preparação do pesqueiro da pesca à francesa implica uma engodagem inicial com 2 kg de engodo de carpas, mantendo-o depois com asticôt solto e colado e cânhamo cozido.

Inglesa

Se optarmos pela pesca à inglesa, serão necessárias duas a três canas de 4.20 m, de acção rígida, equipadas com um carreto de recuperação rápida de 6.2-1, rebobinado com fio afundante 0.14 ou 0.16, indo as bóias mais indicadas de 14 a 18 g. Há quem utilize bóias de 20 g ou mais; contudo, pensamos que as de 18 g são mais do que suficientes. Em termos de terminais, devemos utilizar fio fluorocarbono 0.12 e 0.14. com 90 cm de comprimento.

Os anzóis poderão ser os mesmos indicados para a pesca à francesa, mas agora com barbela. A montagem é muito simples, pois implica unicamente a bóia, um destorcedor n° 22. um chumbo n° 8 junto ao destorcedor e um chumbo n° 11 no terminal, a 25 cm do anzol.

A preparação e manutenção deste pesqueiro são feitas com asticôt colado a três quartos da largura da pista.

Muitos pescadores optam (erradamente, do nosso ponto de vista) por pescar encostado à margem contrária. Não deviam fazê-lo, devido à lenha aí existente, que irá prejudicar a captura do peixe.

É importante ainda lembrar que, em termos de sondagem, esta deve ser feita, na pesca à francesa, pelo último chumbo; na pesca à inglesa, deve pescar-se com o destorcedor assente no fundo. Como mensagem final desejamos a todos uma bela jornada de pesca na bonita pista do Cabeção.

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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:22 pm

Pista de Cavêz



Seguindo para jusante e depois de passar por Ribeira de Pena, encontramos a pista de que nos vamos ocupar hoje.

Trata-se da melhor pista de pesca do norte do País, pois é a única que neste momento oferece condições para a realização de eventos internacionais. No ano passado, foi palco do Campeonato do Mundo de Senhoras, voltando a sê-lo no próximo ano.

É um local que tem servido também para a realização de provas nacionais ao mais alto nível. A zona envolvente oferece aos visitantes belas paisagens verdes, aqui e ali ostentando as terríveis marcas deixadas pêlos incêndios que assolaram o nosso país.

Na zona não faltam belas casas de turismo de habitação e restaurantes onde são servidos pratos regionais de excelente qualidade. Brevemente, esta zona de pesca vai ser servida por uma auto-estrada que vai ligar as cidades de Chaves e de Guimarães, o que lhe dará ainda maior notoriedade e importância no panorama da pesca desportiva nacional.



A pesca

As espécies mais abundantes no local são os barbos sendo também possível apanhar algumas bogas, escalos e pequenos peixes ("abletes").

A variedade de espécies existentes neste local permite aos pescadores fazer diversas opções de pesca, mostrando-se, no entanto, mais eficaz e regular a pesca dos barbos por ser, sem dúvida, a espécie que existe em maior abundância e praticamente em todos os pontos do rio.

A técnica da pesca à francesa, com canas de 13 m de comprimento, é a mais popular e eficaz, podendo ser completada com a pesca à inglesa praticada com cana de 3.90 a 4.20 m, com bóia fixa, isto nos meses de verão quando a corrente é lenta, e com a pesca à bolonhesa, com canas de 5 a 7 m, quando a corrente se faz sentir.



Pesca dos barbos

Como já acima se adiantou, a pesca dos barbos faz-se normalmente nas modalidades de pesca à francesa e inglesa, com larga predominância para a primeira. Em qualquer das técnicas, os pescadores devem estar preparados para apanhar bons exemplares, pois é frequente a captura de barbos de 500 a 1.200 g. Aconselha-se a utilização de terminais de 30 a 40 cm de 0.12 a 0.16 mm de diâmetro e de anzóis robustos de pequenas dimensões, n" 18 a n" 20.

Consegue-se bons resultados pescando na zona do rio entre os 11 e os 13 m da margem com bóias de 0.20 a 0.50 g e com chumbadas constituídas por pequenos chumbos, n" 10 ou 11, distribuídos ao longo da linha.

A engodagem deve ser constante, utilizando se cânhamo cozido, ervilhaca e asticôt solto e colado.

Quando optamos pela pesca a inglesa, ela pode fazer-se entre o meio do rio e a margem contrária, utilizando-se canas de acção média, bóias entre 3 e 12 g e fio afundante.

Os terminais devem ter entre 50 cm a 1 m, com (liame troO.12 a 0.14 mm.



Pesca dos escalos

Algumas zonas do no permitem a captura de um bom número de escalos.

A pesca dos escalos faz se especialmente na margem contraria, utilizando a técnica da pesca a inglesa, com canas de acção "light", bóias de pena de pavão de 3 a 6 g, linhas muito ligeiras, chumbada constituída por dois ou três chumbos n" 10 ou 11 e terminais de 0.08 a 0.10 mm com anzóis pequenos e finos, n" 20 a 24. Nas zonas mais estreitas do rio, e possível pescar escalos com cana de encaixes, utilizando uma linha comprida de 5 ou 6 m com bóia de 1 a 1.5 g, e com uma chumbada muito ligeira constituída por pequenos chumbos n" 11 distribuídos pela linha.



Pesca das bogas e pequenos peixes

A pesca destas espécies não tem glande interesse para os pescadores de competição, dada a existência de uma boa população de barbos de bom porte.

As bogas e os pequenos peixes acabam por ser pescados apenas e enquanto os barbos não fazem a sua entrada no pesqueiro, não merecendo a sua captura qualquer atenção especial. Como é sabido, as bogas são peixes que aderem muito bem aos engodos preparados á base de farinhas de amendoim e de pão ralado. No entanto, se aconselha a utilização de engodos a base de farinhas neste local, porque isso inviabiliza, ou pelo menos dificulta, a captura de bons exemplares de barbos.

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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:23 pm

PISTA DO PRADO



A pista de pesca do Prado situa-se na margem direita do rio Cavado, a jusante da ponte que atravessa este rio na vila do Prado. Esta vila minhota situa-se a curta distância da cidade de Braga e é servida por uma excelente estrada que liga directamente à auto-estrada A3.

É um local de pesca muito agradável com boas potencialidades para a pesca de competição e também para a pesca de lazer, dada a sua excelente localização, a facilidade de acesso aos pesqueiros e a qualidade dos peixes, a Vila do Prado oferece ainda aos pescadores, e seus familiares e acompanhantes bons restaurantes e uma bela praia fluvial onde podem desfrutar das águas frescas e limpas do rio Cávado.

A pista de pesca ainda em construção, tem capacidade para cerca de 100 pescadores. Dispõe do uma margem regular e consolidada com cerca de 250m, sendo intenção dos seus impulsionadores concluir a parte restante em pouco tempo.

Tem já garantido o apoio e o empenho da Câmara Municipal local para a conclusão do projecto. Foi concedida a gestão da pista ao Clube de Pesca do Faial ate 2014,

A pesca na pista está condicionada à modalidade "sem morte", devendo obrigatoriamente ser devolvidas à água todas as espécies capturadas. É obrigatória a obtenção de uma licença diária que custa menos do que um simples café. Pode ser adquirida na loja de material de pesca no local, onde os pescadores normalmente se dirigem para adquirir os iscos e demais acessórios.



A pesca



As espécies mais abundantes no local, também as mais apreciadas pelos pescadores de competição, são barbos, as bogas e os góbios.

Existem ainda trutas, achigãs e algumas carpas. Os barbos são com razoável número e de boas dimensões, sendo vulgar apanhar exemplares de cerca de um quilograma.

A pista tem uma largura superior a 100 m e a profundidade varia entre 6 e 10 m. A acção de pesca pode fazer-se nas três modalidades mais populares — francesa, bolonhesa e inglesa, mas esta última parece-nos mais adequada; tendo em conta a largura do rio e a sua profundidade.



A pesca à inglesa



Deve adoptar-se quando a corrente é lenta ou quase nula, o que acontece na maioria das vezes. Pode ser feita com bóia fixa ou de correr; porém, a primeira só dá resultados quando os peixes

descolam do fundo, o que acontece apenas quando a temperatura da água é mais alta e os peixes são em bom número. A pesca com bóia fixa deve fazer-se com uma cana com cerca de 6 m, o que permite procurar os peixes quase desde o fundo, utilizar bóias de 6 a 15 g, colocando três ou quatro chumbos n" 10 na linha, dispostos com espaços superiores a 50 cm e com um terminal de comprimentos superior a 50 cm ligado a um pequeno destorcedor.



A pesca com bóia de correr deve fazer-se com bóias de 10 a 20 g, comportando cerca de 5 g na parte inferior. Neste caso, a linha deve ainda conter um chumbo de toque a 40 cm da chumbada principal e um terminal de 50 cm.



Aconselha-se o uso de fio afundante com 0.15 mm no carreto, fio fluorocarbono de 0.12 a 0.14 mm no terminal e anzóis do n" 18 ao 22.



A pesca à bolonhesa



É aconselhável quando há corrente e não existe vento. Atendendo ao local, não nos parece uma técnica muito aplicável. Não que só se consiga maus resultados; mas, como é habitual existir vento no local, os pescadores só conseguem estabilizar as suas bóias apoiando a chumbada principal no fundo, situação que viola os regulamentos das competições. Atendendo à profundidade, a pesca à bolonhesa é feita com bóia de correr, de 10 a 20 g.



Aconselha-se o uso de fio 0.14 a 0.16 mm no carreto e 0.12 a 0.13 no terminal e anzóis do n" 18 ao n" 22.





A pesca à francesa



Temos a impressão que esta técnica seria extremamente eficaz em competição, caso não se verificasse a engodagem a grandes distâncias da margem.



Dá bons resultados se pescarem todos a idêntica distância da margem. Como os regulamentos não delimitam as distâncias de pesca, esta técnica acaba por não ser muito eficaz em competição, dada a enorme largura da pista.

No entanto, é importante reter que proporciona bogas e góbios e que a captura destes peixes tem sempre muita influência na classificação final, já que nem sempre se consegue pescar barbos em boas quantidades.



Na pesca das bogas, é conveniente usar canas de 13 m, bóias de 1 a 2 g, fio de 0.10 ou 0.12 mm e terminais mais finos com anzóis n" 20 ou 22.

A pesca dos góbios é feita com canas de 3 a 5 m, fio de 0.10 mm e terminais de cerca de 15 cm com fio de 0.08 mm e anzóis n" 24 ou 26. -_





A engodagem é feita à base de asticôt colado na pesca de fundo, seja à inglesa ou à bolonhesa, e soltos na pesca à inglesa com bóia fixa. Na pesca à francesa, a 13 m da margem, a engodagem também é feita com asticôt colado e com rapei de asticôt solto.

A engodagem dos góbios é feita com engodo à base de farinhas e de terra, na proporção de 50% cada, devendo ser lançadas pequeníssimas bolas de engodo no pesqueiro de forma discreta.

As bolas de engodo podem conter alguns asticôt pequenos ou pinkies.

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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:24 pm

Ponte de Sôr



Foi precisamente na zona ribeirinha da vila de Ponte de Sôr que nasceu uma pequena pista de pesca servida por um pitoresco parque onde o quente sol de Verão cede perante os verdes e vastos choupos que ali foram plantados. Trata-se de uma zona muito agradável, não só para os pescadores como também para os seus acompanhantes e para todos aqueles que gostam da vida ao ar livre.

A pista é bastante pequena, dispondo de cerca de trinta pesqueiros com boas condições para a pesca de competição. Tem uma profundidade média de 3 m e largura de cerca de 30 m. É um local que serve perfeitamente para a realização de campeonatos nacionais ao mais alto nível, desde que o número de concorrentes não ultrapasse o número de pesqueiros referido.



Neste local já se disputou algumas provas de grande nível nacional como por exemplo o campeonato nacional da 1a divisão de seniores, que dá acesso à selecção nacional, o campeonato nacional das camadas mais jovens e de senhoras e um torneio inter - associações regionais.



Por onde escolher

As espécies mais abundantes no local são as bogas, os bordalos e os barbos.

A variedade de espécies existentes neste local permite aos pescadores fazer diversas opções de pesca, mostrando-se, no entanto, mais eficaz e regular a pesca das bogas e dos bordalos por serem sem dúvida aquelas que existem em maior abundância e praticamente em todos os pontos do rio. Isto não quer dizer que não se consiga boas pescarias de barbos, sendo que no local existem exemplares de boas dimensões.

As técnicas de pesca mais adequadas são a denominada pesca à francesa, para bogas e bordalos, e a pesca à inglesa, para barbos.



Bogas e bordalos

A pesca das bogas faz-se com cana de encaixes à francesa, entre 5 e 13 m da margem, podendo Também ser utilizada cana telescópica para distâncias compreendidas entre 4 e 5 m.

Na pesca das bogas, utiliza-se engodo constituído por farinhas a que se juntam, depois de humedecido e passado numa peneira, iscos como pinkies, asticôt ou fouillis. Depois de preparado, o engodo é lançado no pesqueiro em pequenas bolas, sendo lançadas cerca de cinco bolas no inicio da pescaria e as restantes em cadência certa e regular até final. Para uma jornada de pesca de três horas, será aconselhável preparar cerca de dez litros de engodo.

Os iscos mais eficazes para as bogas e bordalos são os ver-de-vase, os pinkies e o asticôt.

As montagens devem sei preparadas com fios muito finos — de 0.06 a 0.10 mm, com uma chumbada mista — agrupada na parte principal e mais um ou dois chumbos separados com distância de cerca de 15 cm, sendo o último colocado a cerca de 20 cm do anzol. As bóias mais indicadas suportam chumbadas de 0.20 a 0.50 g. Utiliza-se anzóis muito finos, preferencialmente de cor vermelho ou bronze, n°s 24 a 20. No interior da cana de encaixes, devemos utilizar elástico de 0.7 a 0.8 mm, aplicado nos dois elementos superiores.





Pesca dos barbos

Como se adiantou, a pesca dos barbos faz-se normalmente nas modalidades de inglesa, utilizando bóias de pouco porte, tipo straightou inseri.

Conseguem normalmente bons resultados pescando na zona do rio entre os 15 e os 20 m da margem, com linhas e bóias muito ligeiras, engodando de rappel com cânhamo cozido a asticôt solto e colado,

As linhas utilizadas na pesca dos barbos devem ser constituídas por fios finos de 0.10a0.12 mm e por chumbadas muito ligeiras. Como é sabido, esta técnica de pesca impõem a utilização de fios afundantes.

Nesta modalidade, podemos utilizar bóias de pena de pavão de 4 a 10 g, com chumbo incorporado. Em dias de muito vento poderá utilizar-se bóias chumbadas de maior porte (8 a 15 g).

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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:25 pm

Vala Real

Azambuja


O conjunto das obras novas incluía a construção da Vala Nova, hoje Vala Real de Azambuja, por ordem de Marquês de Pombal, iniciadas no reinado de D. José I e concluídas no tempo de D. Maria I. A Vala Real de Azambuja é um extenso canal que liga a vila de Azambuja ao Rio Tejo.

É navegável numa extensão de aproximadamente 17 km, outrora por barcos de 30/35 toneladas (fragatas e barcos varinos), que procediam ao escoamento dos produtos da região e pessoas, hoje somente por pequenas embarcações. Esta rede de canais foi administrada por uma empresa de nome, Companhia dos Canais de Azambuja, e que através de um despacho de Estado datado de 30 de Julho de 1839 e de outro de 1 de Maio de 1843, era obrigada a construir um edifício para albergar as pessoas.
Este teria sido o período áureo da estalagem e dos respectivos canais, que culminaria com a construção do Caminho de Ferro do Norte, iniciativa incrementada pelo Governo Regenerador de Fontes de Pereira de Melo, que mais uma vez pretendia aproximar Portugal à restante Europa já industrializada, prescindindo dos serviços da Companhia dos canais de Azambuja.



TÉCNICAS DE PESCA



Como veremos a Vala Real tem características muito especiais. Uma delas é o facto de ter corrente devido ás marés, o que até pode não ser mau, visto que a corrente só se começa a sentir a partir dos 8 a 15 metros, dependendo dos pesqueiros.

Outro facto que a torna especial são as margens com muita vegetação, que com o tempo tem tendência a descair para dentro da vala criando refúgios para todo tipo de peixes, particularmente ás espécies de maior porte, que por sua vez cria dificuldades aos pescadores, o que torna a pesca num desafio de igualdade.

PESCA Á FRANCESA

Praticamente em todos os pesqueiros da vala se pode praticar a pesca da francesa, uma pesca mais rigorosa e com menos margem de erros na altura das ferragens. Esta técnica é utilizada para todos os tipos de peixes existentes na vala, normalmente, faz-se com uma distancia entre os 8 e 13 m, de preferência com uma cana forte, para se poder montar elásticos entre 1.2 e 1.6. É que os barbos e carpas dão muita luta, e aqui na Vala Real consegue-se a captura de bons exemplares.

As montagens devem ser feitas com um bom fio 0.16 a 0.18, para podermos utilizar terminais em fio 0.14 e 0.16, que devem ter, aproximadamente, 30 cm de comprimento.

As montagens que melhor rendimento têm dado são as montagens progressivas, com bóias de 1 a 3 g . Atenção, não podemos esquecer que estamos perante uma vala com corrente e que as bóias de bolacha são uma boa opção.

Por outro lado, os anzóis têm de ser finos e muito fortes, atendendo á dimensão dos peixes que se pode capturar, estamos, obviamente, a referir-nos às carpas!



PESCA Á BOLONHESA

É uma pesca com bons resultados visto que se pesca com bóias de 6 a 16 ou até 20 gr.

Pode-se pescar mais dentro da vala, combatendo a corrente, é a vantagem de pescar com carrete.

As montagens são idênticas ás da francesa com excepção das bóias, é claro.



ENGODAGEM

A engodagem inicial deve ser feita com 1 ou 2 bolas, do tamanho de uma laranja, de engodo para carpas acompanhando com algumas sementes, depois durante a pesca deve-se ir mandando intervaladamente sementes e pequenas quantidades de asticot e por vezes pequenas bolas de engodo, tendo em conta a quantidade de toques que se vai tendo.

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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:27 pm

Albufeira da Barragem do Maranhao



Margens/Pesqueiros

De uma maneira geral o Maranhão apresenta acessos variados e de fácil utilização até às suas margens e pesqueiros, sendo aí onde por vezes surgem algumas dificuldades em virtude do terreno ser mais rochoso e inclinado.
Em situação de chuva persistente torna-se aconselhável evitar os acessos para a Carrapeta, Horta das Rosas e grande parte dos que existem do lado direito da estrada de Benavila para Avis.
Toda a área envolvente do Clube Náutico, das situadas em ambas as margens da ponte da estrada para a Ponte de Sôr, na zona do Ervedal e junto à ponte para Valongo, possui na sua maioria pesqueiros inclinados e de origem rochosa, mas com condições aceitáveis para a colocação de material e para uma pesca tranquila.
Nas áreas de Benavila, Carrapeta e Horta das Rosas, encontramos margens menos acidentadas e mais areosas, havendo até pesqueiros de pouca profundidade em vários locais de Benavila, os quais são muito indicados para juntar o útil ao agradável.
Na maior parte dos locais indicados, com excepção de Benavila, os pesqueiros têm uma profundidade média que vai dos 3/4 até aos 10/12 metros e por vezes mais.
Actualmente as margens do Maranhão estão com demasiado lixo deixado pelo ser humano o que é profundamente lamentável, por isso há que sensibilizar todos os pescadores desportivos e de lazer e seus muitos acompanhantes que não contribuam para poluir ainda mais estas sensíveis águas do Maranhão.



A albufeira da barragem do Maranhão é sem qualquer dúvida a mais concorrida do país quer em quantidade de provas quer na procura da pesca de lazer, e um dos factores que mais tem contribuído para essa situação tem sido a forte predominância da Carpa e a sua grande captura praticamente em toda as zonas da albufeira, tornando as suas águas, apesar de evidenciar alguma poluição, num verdadeiro filão desta grandiosa espécie piscícola.
Na pesca desportiva de competição o peso médio das carpas capturadas tem oscilado entre as 200/300 e as 500/600 gramas,sendo de salientar que em determinados locais essa média aumenta consideravelmente.
Para além da Carpa, o Maranhão possui outras espécies como o Barbo, o Pimpão (têm sido apanhados alguns exemplares com um esplêndido vermelho), a Boga, o Achigã e a Perca Sol, aparecendo esta por vezes também em grandes quantidades e com pesos por exemplar entre 40 e 60 gramas, o que em certas situações poderá funcionar como uma alternativa em competição.
Em número mais reduzido poderemos encontrar ainda o Bordalo, a Pardelha e alguns belos exemplares de híbridos.

Engodos/Iscos

Na utilização dos engodos e iscos há a necessidade de estabelecer critérios diferentes para a época de Verão e de Inverno, já que nesta estação há uma quebra muito acentuada na captura das carpas por estas não se movimentarem tanto em virtude da baixa temperatura das águas e do seu aspecto barrento.
Nas estações frias usam-se farinhas de côr mais escura, de preferência o vermelho, e aplicando como isco o asticot vermelho ou branco e a minhoca, enquanto que nos períodos mais quentes do ano, as mesmas farinhas de tipo comercial deverão apresentar-se mais claras e os iscos como o asticot branco, o milho e o trigo serão os mais indicados.
Em qualquer das situações a engodagem das farinhas deve ser executada a curta distância e acompanhada de asticot e algumas sementes cozidas, sendo no entanto muito recomendável utilizar o asticot colado no Inverno e solto e abundante no Verão.

Tipos de Pesca

Nesta albufeira poderão ser praticadas as várias técnicas de pesca desportiva, sendo até um excelente local para a iniciação e aprendizagem dos jovens.
No entanto e pelos resultados que têm vindo a ser obtidos nas inúmeras provas aqui realizadas, conclui-se que a pesca à francesa é na maioria do ano e em grande parte da albufeira a opção não só mais utilizada mas também a com melhores prestações globais.
Com a técnica da pesca à inglesa a meia água consegue~se também excelentes provas, pelo menos no Verão, e tem vindo ultimamente a ganhar muitos adeptos, mas mais pela maior facilidade de utilização e menor esforço físico do que propriamente pelas vantagens conseguidas em relação à francesa com canas de encaixe ou telescópicas.
A pesca à bolonhesa tem sido também uma terceira opção em determinadas situações mas não tem conseguido produzir os efeitos alcançados pelos outros tipos de pesca.
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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:28 pm

Barragem de Povoa e Meadas



Margens/Pesqueiros

Nas principais áreas, tanto os pesqueiros como os acessos não são os melhores, já que se tratam de margens muito recortadas por blocos de pedra e co profundidades relativamente baixas.
Foi até há uns anos atrás uma albufeira muito solicitada para a pesca de competição, onde se realizaram grandes e prestigiantes provas, mas que actualmente se encontra num estado de quase total abandono quer por parte da EDP quer das entidades autárquicas.
De assinalar algumas áreas boas para a pesca desportiva tais como a Fonte Fria, entre a zona de banhos e o Ribeiro do Gato e ainda junto ao paredão.

Espécies

Actualmente a Perca Sol é o peixe mais abundante, embora peixes como a Boga o Barbo e a Carpa continuem a aparecer em quantidades razoáveis em muitos dos pesqueiros utilizados pelos pescadores desportivos.
Relativamente aos pesos e medidas dos peixes capturados, à excepção da Perca de dimensões reduzidas e da Boga com uma média de cerca de 18 cm. de comprimento e de 80/100 gs. de peso, quer os Barbos quer as Carpas têm apresentado tamanhos muito diferenciados, conforme a natureza do pesqueiro, a época do ano, as opções de pesca e os materiais utilizados.
Nesta albufeira têm sido pescados belos exemplares de Achigã.

Engodos/Iscos

Na pesca do Barbo ou da Carpa utilizam-se regularmente engodos baseados em farinhas com predominância para o milho, as quais devem ser bem amassadas juntando-se em pequenas porções o mesmo que se coloca como isco, o asticot ou sementes cozidas de cânhamo ou trigo para o Barbo e de milho ou ervilhaca para a Carpa. Para a Boga tem sido aplicado como isco o asticot branco ou vermelho e como engodo bolas ligeiras feitas em farinhas sobretudo à base de amendoim.
Na captura de espécies de maior porte é ainda utilizada a minhoca de estrume, sendo esta também muito utilizada em conjunto com o próprio estrume na engodagem das Percas.

Tipos de Pesca

Nas opções de pesca têm vindo a generalizar-se a pesca à inglesa para o Barbo e a Carpa, e a francesa para a Boga.
Na técnica da inglesa é normalmente aplicada uma bóia fixa para distâncias entre os 20/25 m., e dada a grande irregularidade do fundo torna-se muito aconselhável um grande rigor no modo de fisgar para que este tenha a sua queda no sítio exacto dos lançamentos.
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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:29 pm

Ribeira Grande (Fronteira)



Margens/Pesqueiros

Estando situada junto à vila de Fronteira e apesar de ser uma ribeira de pequena extensão, possui uma mini pista para a pesca desportiva com cerca de 30 pesqueiros com boas condições e com acessos sem qualquer dificuldade, embora numa área arborizada.
Nesta zona a ribeira ostenta uma largura média de 18 a 22 metros, com profundidades surpreendentes que vão dos 3 aos 7 metros, tendo ainda alguma corrente e com uma água que se apresenta normalmente cristalina.

Espécies

Actualmente há uma predominância para a Carpa de dimensões pequenas e para o Barbo, este mais junto aos locais com rochas, existindo ainda com alguma frequência a Boga e o Achigã.
Outras espécies como a Perca aparecem em número reduzido.
Nos locais mais profundos conseguem-se capturas de exemplares de Carpa e Barbo superiores a 1 kg.

Engodos/Iscos

Na Ribeira Grande utilizam-se habitualmente os mesmos engodos e iscos que são usados nas albufeiras da região, nomeadamente farinhas, sementes cozidas e asticot.

Tipos de Pesca

Relativamente às técnicas de pesca mais indicadas para estas águas destaca-se a francesa embora haja sempre a forte possibilidade de bons resultados quer à inglesa quer à bolonhesa em especial quando se sente a pressão de alguma corrente.
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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:30 pm

Rio Tejo (Alamal - Gaviao)



Margens/Pesqueiros

Apesar de muitas dificuldades naturais existem locais com bons acessos como a Quinta do Alamal e pequenas áreas junto à ponte e na estação de caminho de ferro.
Por se tratar de uma vasta área com densa vegetação e uma boa parte dos pesqueiros estarem situados junto a encostas de elevada inclinação, os pescadores e seus acompanhantes devem tomar algumas precauções no que diz respeito à segurança de pessoas e bens, nomeadamente no uso do calçado e na qualidade e quantidade de material a transportar para pesqueiros mais longínquos e de acesso mais complicado. Todavia, é uma zona de maravilhas naturais, com grandes recursos piscatórios e onde está prevista a construção de uma plataforma ao longo do rio desde a ponte de Belver até ao Alamal, a qual poderá vir a ser usada como uma pista de pesca para a competição quer nacional quer internacional.

Espécies

Em ambas as margens de Belver e Gavião predominam as Carpas e os Barbos dos mais variados tamanhos e pesos, embora na competição sejam regularmente capturados exemplares de pequeno e médio porte oscilando entre as 140/160 e as 700/800 gramas.
Podemos também encontrar com frequência espécies como o Góbio e a Boga, esta com particular incidência na zona do Alamal e junto à estação de caminho de ferro de Belver, e ainda, mas com menor regularidade o Pimpão, o Bordalo, a Perca e outros com pouco interesse para a pesca desportiva, havendo até por vezes notícias sobre o aparecimento da Enguia e do Lúcio.

Engodos/Iscos

Dadas as características imponentes deste grandioso Rio, torna-se altamente recomendável uma muito criteriosa selecção dos produtos a utilizar nos engodos tendo sempre em conta a força das suas águas e as condições climatéricas entre o Verão e o Inverno.
As farinhas a usar devem ser misturadas com alguma argila, barro ou outro elemento natural pesado, e incluindo a adição de batata, trigo ou milho, etc.
Estes poderão ser também utilizados como iscos que conjuntamente com o asticot, serão os mais aconselháveis para o período estival, enquanto que nas estações mais frias haverá outras alternativas de origem animal como por exemplo a minhoca e o próprio asticot.

Tipos de Pesca

No Rio Tejo será necessário acautelar a utilização de algumas técnicas de pesca, quer a francesa, mais indicada para a Boga e outras espécies mais pequenas, quer a bolonhesa e a inglesa, imprescindíveis para a Carpa e Barbo.
A pesca à bolonhesa será provavelmente quase única opção para os sítios de maior corrente dadas as características afundantes do fio usado na técnica inglesa.
Um dos grandes obstáculos à correcta utilização das opções referidas é a elevada vegetação que naturalmente abunda na maior parte de ambas as margens.
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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:32 pm

Freixo de Espada-á-Cinta, Lagoaça


Trata-se dum troço do Douro que faz de fronteira com Espanha e que não é mais do que uma sucessão de barragens (5 ao todo) sendo 3 portuguesas (Miranda do Douro, Picote e Bemposta) e 2 espanholas (Aldeiadavila e Saucelle). Os locais que aqui são referidos pertencem à albufeira da Barragem de Saucelle. O primeiro (Congida) fica mais próximo do paredão da barragem tendo mais características de barragem; o segundo fica perto da descarga da barragem anterior (Aldeia da vila) pelo que tem mais características de rio.

Congida
Se circularmos pela estrada 221 (designada localmente por Avenida) que atravessa a vila de Freixo de Espada-à-Cinta teremos numa curva a 90º um desvio com a indicação de Congida. Seguindo por aí vira-se na primeira à direita (subida íngreme) e indo sempre em frente começa-se a descer por uma estrada que sai da povoação em direcção ao rio. No final dessa estrada há um largo onde se concentram a maior parte das actividades possíveis nesse centro de lazer. Tem um restaurante, piscina, praia fluvial (no verão tem nadador-salvador), aluguer de barcos e gaivotas, parque infantil, grelhadores públicos, sombras abundantes etc permitindo assim ocupar o tempo de quem não gosta da pesca. Para os amantes desta modalidade há, na continuação da estrada, um caminho em terra batida (normalmente em boas condições) que segue a margem perto da água e que se prolonga por um espaço razoável. Nesse percurso poderá escolher-se um pesqueiro e disfrutar do prazer de apanhar algumas carpas que costumam ser abundantes. Ultimamente, devido à grande afluência de pessoas (pescadores ou não) e à realização de concursos, o que tem acontecido é a diminuição do tamanho médio dos exemplares pescados o que de qualquer maneira não chega para estragar um dia bem passado.
Os engodos e iscos a usar são os comuns para a pesca da carpa (como iscos asticot, milho) e a técnica predominante é a pesca à francesa podendo também recorrer-se à pesca à bolonhesa. São normalmente pesqueiros fundos ( mais de 5 ou 6 metros) com fundo rochoso responsável pela perda de algum material.
Na eventualidade de ser preciso adquirir alguma coisa em termos de material de pesca um sítio onde se pode recorrer é a Ourivesaria Pompílio que fica também na Avenida.

Lagoaça
Continuando pela estrada 221 em direcção a Mogadouro, cerca de 5 Km depois do cruzamento com a estrada 220 (para Torre de Moncorvo) há um desvio à direita que indica Lagoaça. São cerca de 500 m até à entrada da povoação. Chegando ao primeiro largo segue-se em frente, vira-se na 2ª à direita e segue-se depois sempre o mesmo caminho atravessando a povoação até avistar o cemitério (no extremo da povoação). Segue-se a estrada do lado esquerdo (o cemitério fica numa bifurcação da estrada) que começa a descer em direcção ao rio (vale a pena também seguir a estrada do lado direito que, após umas centenas de metros vai ter a um miradouro com excelente vista sobre o Douro). Embora a estrada esteja normalmente transitável é preciso circular com muita precaução pois além de estreita (sobretudo a partir de certa altura em que não se podem cruzar 2 carros) também por vezes sofre com as invernias e como não é arranjada convenientemente com a brevidade que se desejaria acontece haver zonas em que se tem que passar com algum cuidado. Seguindo por essa estrada a certa altura passa-se por cima de um ribeiro (às vezes praticamente seco no verão) e alguns metros depois a estrada continua em frente (sem saída) mas o caminho que se deve tomar é para a direita tendo continuação até à beira de água. A partir daqui é preciso redobrar de cuidados pois só há alguns locais para cruzamento de carros pelo que será preciso ir olhando para a estrada que serpenteia em direcção ao rio de modo a saber se há carros a circular em sentido contrário para escolher um local de possível cruzamento.
Chegando ao rio estaciona-se num largo onde existe uma casa propriedade da Freguesia com um grande alpendre que pode servir de abrigo. A partir daqui é só escolher o pesqueiro. Neste local há também condições para acesso de barcos à água havendo até um pequeno cais flutuante.
As dificuldades da pesca neste local resumem-se a dois factores: enorme irregularidade do fundo e da margem (há enormes rochas submersas pelo que há grandes diferenças de profundidade entre locais contíguos); variaçã o muito sensível do nível da água decorrente das descargas das barragens variações essas que podem facilmente ultrapassar o meio metro. Essas dificuldades são no entanto facilmente esquecidas quando se capturam exemplares de grande porte como aqui é corrente.

Há normalmente sobretudo a meio do rio uma corrente forte que mais junto à margem se atenua mudando regularmente de sentido.
O tipo de pesca aconselhado é a pesca à francesa (profundidades tí picas de mais de 6 metros) mas com carreto ou com elásticos muito fortes. Isto se se quiser apanhar carpas e barbos de grande porte tendo para isso que apresentar anzóis de boa dimensão (10 ou 8 ou até 6) empatados em linha 0.20 (mínimo e se for de boa qualidade). Isto deve-se ao facto dos peixes serem normalmente grandes (é raro apanhar-se uma carpa com peso inferior a 800 g) e se conseguem apanhar a corrente principal…. É preciso retirar o peixe de muitos sítios onde ele se pretende meter e isso tem de ser "à bruta". O fio principal tem de ser de confiança e de resistência claramente superior pois há muitas prisões no fundo devido à sua irregularidade. O engodo é qualquer um que seja indicado para carpas e os iscos a utilizar são o asticot e o milho proporcionando este melhores resultados no verão sobretudo se se pretenderem bons exemplares.
Uma pesca alternativa a esta é a pesca à boga (de excelentes dimensões) para a qual está indicada uma pesca a meia-água ou mais a rasar o fundo com asticot e anzóis mais pequenos e fios mais finos (não é preciso exagerar pois o peixe não é muito esquisito).
Um conselho para quem não quiser perder muito material: virando-se para o rio caminhe para o lado esquerdo junto à água até atingir um ribeiro que desagua no rio. Atravesse-o (às vezes é preciso ir um pouco acima para passar bem) e logo a seguir ao ribeiro há um primeiro pesqueiro facilmente identificável. Aí o fundo é de areia mas cuidado porque em frente a profundidade é relativamente pequena aumentando fortemente para o lado esquerdo. Pescar no meio termo isto é com uma profundidade a rondar os 7 metros.
Outra "dica": no verão para os maiores exemplares a altura ideal é o fim da tarde a partir do momento em que dá a sombra no rio (normalmente a partir das 17:30 , 18:00).
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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:33 pm

Barragem Trigo Morais ou Vale do Gaio


LOCALIZAÇÃO
A barragem Trigo Morais está localizada no distrito de Setúbal, Concelho de Alcácer do Sal.
CONFIGURAÇÃO DAS MARGENS
A inclinação das margens é irregular, existem locais onde se encontra uma profundidade superior a 5 metros a uma distância de 11 metros da margem por outro lado há zonas onde a inclinação é suave onde se atinge uma profundidade de 3 a 4 metros apenas aos 20 ou 30 metros da margem.

ESPÉCIES
Carpas - Barbos - Achigã.

TÉCNICAS

Dependendo da configuração das margens pode usar-se a técnica de pesca á francesa ou inglesa. Quando as capturas são de grande porte aconselho a pesca á inglesa para evitar que os peixes partam a linha.

ISCOS E ENGODOS
Para as Carpas:
No inicio da pescaria engoda-se com bolas de farinha do tamanho de uma laranja, (pode misturar asticot, milho, e trigo com a farinha). O isco pode ser asticot ou milho.
Para os Barbos:
Para os barbos engoda-se com pequenas bolas de asticot, ervilhaca e cânhamo. Como isco aconselho o asticot ou milho.
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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:35 pm

Barragem do Caia

A barragem do Caia bem como o Maranhão tem grandes tradições no Alentejo. Para além de na última década ter mudado radicalmente quanto ao tipo de pesca esta barragem tem mostrado micro-variações constantes na forma de comer dos peixes. Segundo os antigos e eu também apanhei um pouco, a barragem do caia tinha bastantes bogas em todos os locais. Era a pesca das bogas que ditava os primeiros lugares. A pesca às carpas era a pesca bolonhesa ou inglesa com boia fixa. Mas isso são tempos que já lá vão. Hoje em dia, como muitos dizem, ganha quem pescar mais longe. Ora bem, distância implica dois factores muito importantes que ditaram a pesca nesta barragem: boias pesadas e profundiade, muita profundidade. Estes dois factores levam ao uso de boia de correr.
No Caia as carpas comem com o isco parado e bem parado no fundo. Apesar de proibido nos campeonatos, a forma mais frequente de pesca no Caia é o uso de chumbadas, ou olivetes com mais de 15 gramas, de maneira a que a profundidade é medida de forma a deixar a oliva no fundo. Como sabem, isto é o mesmo que pescar ao fundo, mas com uma boia para sinalizar a engodagem e as picadas dos peixes. Mas enfim, quem não faz assim, normalmente tem como resultado uma manhã inteira a dar banho à minhoca. Falo em prova, pois a treinar isto não se verifica sempre, visto que o peixe tem tendência a encostar facilmente às margens, embora nunca para cá dos 10 metros. Em prova com todos a engodar para lá dos 40 metros e por vezes mais, o peixe não vem à margem. Isto deve-se a alguns amigos nossos espanhois, que fazem o favor de ir para a barragem com 10 canas de fundo cada um, o que é proibido, a pescar a distâncias enormes, o que leva a uma certa habituação dos peixes. Para além disto fazem o favor de deixar todo o lixo em montes que mais parecem já estriqueiras. Mas não é só aqui que os nossos amigos espanhois falham, que é bom que se diga que não são todos, pois a Espanha está agora a conhecer uma nova geração de pescadores, mais virados para a competição, facto pelo qual se sagraram em Coimbra campeões do mundo. Para quem desconhece, o santuario da barragem do Caia é a ribeira de Arronches. Todos anos, no Inverno, a ribeira enche, proporcionando às bogas e barbos um local de desova perfeito, visto ter kilometros até Arronches com bastantes pegos. É nesta altura, época de desova, em que é proibido pescar, que muitos espanhois fazem romarias até Arronches, onde pescam e enchem sacas de bogas para levar para retaurantes espanhois e para consumo próprio. Como se sabe o comum português não come as bogas. Assim poderiamos ter uma barragem com muitas bogas e neste momento poucas vezes aparecem. Isto é de lamentar e as autoridades deviam actuar, colocando vigilância permanente à ribeira durante esta época, a ribeira devia ser zona protegida nesta altura e porque não sempre, atenção que devia ser aberta excepção à pesca de competição fora da desova e no final o peixe seria devolvido à água. Reparem que isto é o mesmo que ir matar mães a uma maternidade. Vergonhoso.

Engodagem Caia

A engodagem inicial baseia-se em engodo grosso especial carpas. Se possivel adicionar-lhe milho, trigo e alguns asticots. Para começar deve-se "bombardear" o pesqueiro com cerca de 1,5 Kg em bolas não muito grandes, 20 bolas do tamanho de uma laranja pequena. Asticot colado cerca de 4 ou 5 bolas um pouco à frente do engodo. É ai que vamos colocar a boia. Durante a pesca deve-se engodar com bolas de engodo, alternadas com bolas de asticot colado. Atenção ao facto de que por vezes o peixe não quer asticot colado e até se ter a certeza que eles não param de picar devido ao mesmo, não abusar nas bolas. Esta engodagem deve ser feita sempre para o mesmo local da inicial, engodo mais atrás, asticot 5 a 10 metros à frente, este também é um facto que pode variar. Eu em particular gosto de consentrar a engodagem toda no mesmo ponto e pescar 2 metros à frente. Por vezes quando o peixe não pica é bom tentar 10 metros à frente da engodagem, isto é muito natural que lhe aconteça. Atenção que se descobrir que o peixe está mais à frente, deve continuar a manter a engodagem nos mesmos pontos, a diferença só se vai efectuar no local onde coloca a boia.

Montagens para o Caia

As montagens são muito simples. Temos a conhecida "burra" . Este tipo de pesca é proibido mas para os chamados pescadores de fim de semana é extremamente aconselhável. Esta pesca tem como objectivo aliviar o pescador de todo o trabalho de sondagem. A boia vai subir até à superficie enquanto o fio se mantiver aliviado. Para isso deve-se deixar o carreto aberto até a boia aparecer. Depois é só esticar o fio (enrolar o carreto) para a boia não subir nem descer no mesmo.

Burra


Parecida e mais correcta é a pesca à bolonhesa . Apenas muda o facto de adicionar um nó e uma missanga à montagem. Depois temos de sondar o pesqueiro. Para isso vamos alterando a posição do nó até achar a profundidade do pesqueiro. Esta é encontrada quando a boia fica deitada depois de aparecer, isto significa que a oliva atingiu o fundo. O procedimento seguinte é o mesmo, esticar o fio (enrolar o carreto) até a boia endireitar. Note-se que a explicação que estou a dar é para montagens em que o chumbo não ultrapassa a capacidade da boia. Se ultrapassar, o que é proibido quer em concursos quer em convivios, a sondagem é igual mas desta feita só paramos de subir os nós quando a boia aparecer, pois ela vai para o fundo com o chumbo e o nó limita-lhe a subida. Atenção ao facto de que quer com boia sobrecalibrada quer calibrada, quando à vento ou pequenas correntes, a boia tem tendência a afundar, visto a oliva servir de âncora. Nestes casos temos duas opções: ou mudamos para uma boia maior com mais capacidade para resistir a este tipo de pressões sem afundar, ou cada vez que ela comesse a afundar damos-lhe um pouco de fio do carreto (Menos aconselhável visto que passamos a não distinguir toques lentos do afundar natural da boia).

Bolonhesa



Por fim temos a pioneira "manhosa". Esta foi a primeira do género. Ainda hoje preferida por muitos, a "manhosa" não é mais que a pesca inglesa com boia de correr. A diferença está, que cada vez que em algum local do país alguém usa inglesas de correr, fá-lo com boias tipo 12 + 3 (significa que a boia aguenta 15 gramas e já tem na sua estrutura 12, ou seja leva 3 gramas de chumbo colocadas por nós), colocando olivas de 3 gramas, e mesmo estas não as encostam ao chão. Esta é a pesca inglesa de correr. No Caia usam-se boias de 18 a 25 gramas com olivas de igual peso, pois as boias não devem trazer nenhum peso na sua estrutura. A oliva encosta-se ao chão tal como nas pescas anteriores. Esta pesca tem a vantagem de além das boias serem mais sensiveis ao toque, o que por vezes também pode ser mau, o fio vai por baixo de água até à boia. Isto facilita a pesca em dias ventosos pois o fio nunca fica em arco na água. Tudo bem que nas ateriores também podemos afundar o fio mas, o resultado nunca é o mesmo, visto que o fio tem de vir cá fora para entrar na anilha da boia bolonhesa. Esta pesca tem a desvantagem do controle da boia ser praticamente só num sentido, de lá para cá, enquanto que com a bolonhesa como o fio está fora de água podemos puxar a boia nas diagonais esquerda direita. Na inglesa isso é impossivel visto que o fio está submerso, quando se puxa a boia para a esquerda ou para a direita ela vai na prática andar para cá.
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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySáb Nov 22, 2008 12:38 pm

Rio Guadiana

Vou falar de duas das zonas que conheço melhor, Ajuda e Juromenha, das melhore para a pesca desportiva de competição e lazer. Com cerca de 60 pesqueiros em Juromenha (actualmente e devido ao enchimento do Alqueva estes pesqueiros sofreram alterações) e mais de 50 na Ajuda com profundidades a variar os 2/3 metros ate 4/5, correntes suaves o que o permite a utilização de qualquer técnica de pesca.
As espécies dominantes para a pesca de competição são o barbo e a carpa sendo possível também a captura de algumas bogas.
Em qualquer dos locais os engodos a utilizar poderão ser engodos comercias normais embora para a pesca do barbo aconselho seriamente adicionar ao engodo cânhamo cozido, assim como asticot branco e solto no acto de fisgar.
Quando a opção e a carpa deve-se juntar ao engodo milho e também trigo cozido e fisgar com asticot colado e trigo cozido. Na maior parte do ano os iscos a utilizar conforme as opções e as situações com que nos deparamos são o asticot branco, o milho, trigo cozido e o cânhamo, no Inverno e para capturar exemplares maiores uma excelente alternativa e a minhoca de terra.
Qualquer das técnicas de pesca pode dar excelentes resultados, todavia a utilização da francesa numa primeira fase e a inglesa no restante tempo da prova e o mais aconselhado.
Na francesa devemos usar bóias com cerca de 1 grama numa baixada com fio 0,14 e um anzol 18 ou 20, um empate curto com fio 0,10 ou 0,12.
Para a inglesa ou bolonhesa dever-se-á pescar a uma distancia entre os 20 a 30 metros as vezes mais, utilizando bóias fixas de 12 e 14 gramas, em ambas as técnicas e aconselhável a utilização de anzóis 18/20 e o 16 quando os exemplares forem maiores mas sempre com um terminal de fio 0,10/0,12 de boa qualidade. Os terminais deverão ser maiores para a inglesa 80cm a 1 metro, e menores para a bolonhesa, 25/30cm, em virtude de nesta opção haver o objectivo de fixar bem o isco ao fundo do rio.

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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptyTer Jul 20, 2010 11:12 pm

boas, alguem me sabe dizer por uma forma resumida assim locais bons para pesca entre a zona centro +-
Obrigado jola
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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptyTer Jul 20, 2010 11:16 pm

Rafael escreveu:
boas, alguem me sabe dizer por uma forma resumida assim locais bons para pesca entre a zona centro +-
Obrigado jola

Pois... he he que tipo de pesca?
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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptyTer Jul 20, 2010 11:40 pm

De momento só me interessa locais onde se apanhem os pais desta affraid fish lol!


Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. Carpamonster

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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptyTer Jul 20, 2010 11:47 pm

E eu as avós dessa.... fish lol!
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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptyQua Set 29, 2010 10:46 am

nlidonio escreveu:
E eu as avós dessa.... fish lol!

Na minha zona existe uma albufeira, não muito grande, que tem carpas XXXL e alguns barbos muito grandes, com muito pouca pressão de pesca sobre as carpas, pois são muito más de apanhar, passas um dia sem ter uma única picada. Mas estranhamente não se apanha lá nenhuma carpa juvenil, o tamanha standard ronda os 2kg, a maior que lá ferrei foi quando estava a pescar achigã e ao fazer uma pausa uma atacou o rapala, puxei pensei ser um ramo de árvore, mas afinal era uma carpa enorme, que arrancou e fique sem fio em segundos e partiu o mono filamento, como nada fosse !!
Mas tem um grande problema, pois a albufeira é muito antiga e tem grande acumulação de detritos, e a água é turva.
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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptyQui Out 21, 2010 4:26 pm

boa tarde a todos experimentem a barragem do fratel junto ao paredao com uma caninha directa sem grande ciencia mas com material super leve tudo com tamanhos minimos vao ver como se enche o balde de bogas que mais parecem carapaus ha muito que nao vou la e as saudades sao muitas

desculpem se os meus textos nao sao muito tecnicos e especificos mas sao a minha maneira e sao o meu testemunho



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MensagemAssunto: Re: Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas.   Locais de pesca, descricao, tecnicas utilizadas. EmptySeg Jan 31, 2011 9:20 pm

Um topico de se tirar o chapeu com promenores muito importantes para quem nao conheçe estes ou outros locais de pesca fixe

Continue, o forum e a malta agradece este tipo de comentarios.Existem muitas outras pistas ou lugares de pesca que o amigo pode e deve comentar, como por exemplo:

Montemor o Velho,Medina,Choupal ,Choupalinho, Vila Nova de Anços,....
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