Basset Fauve de Bretagne
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História
O Basset Fauve de Bretagne descende do Grand Fauve de Bretagne, uma raça canina já extinta. Esta última era de grande porte, medindo entre 70 e 75 cm. Existem duas teorias acerca de como se chegou ao pequeno Basset Fauve de Bretagne: cruzado a variedade grande com outras raças de bassets; ou através da selecção dos exemplares mais baixos e lentos ao longo do tempo.
Pensa-se que os primeiros Bassets deste tipo terão sido criados por volta do século XVII, embora só se tenha certeza da existência desta raça a partir do século XIX.
O Basset Fauve de Bratagne tornou-se bastante popular e apesar de rumores de que esteve quase à beira da extinção durante a II Guerra Mundial, historiadores e amantes da raça, vieram desmentir esse facto. A acusação era a de que este Basset foi cruzado com outras raças devido ao baixo número de exemplares que havia em meados do século XX. Mas historiadores e amantes da raça, contrapuseram, afirmando que o Basset Fauve de Bretagne sempre foi bastante popular entre caçadores, sobretudo na zona Oeste de França.
Não há também certezas acerca da introdução de sangue de outras raças nos anos 70 do século XX. Pensa-se que com a crescente popularidade deste Basset, caçadores tenham tentado apurar o seu instinto de caça, cruzando-o com o Basset Griffon Vendeen, e que poderão ter utilizado o Dachshund vermelho para fixar a cor.
A raça não deixou de perder popularidade, pelo contrário. Os registos da raça aumentaram ao longo de todo o século XX. Exímio caçador, sobretudo de lebres, é hoje tido também como animal de companhia.
O Basset Fauve de Bretagne é um caçador dedicado, mas também uma companhia calma.
Sociável e afectuoso, são óptimos cães de família que graças ao seu passado de caçador em matilha, dá-se bem com outros cães. Aceita também gatos, desde que tenha sido educado com eles desde pequeno, mas o seu instinto de caça por vezes torna-os imprevisíveis junto de animais pequenos.
O Basset Fauve de Bretagne é corajoso e determinado, por vezes ao ponto de se tornar teimoso. Apesar destas características o tornarem num excelente cão de caça, fazem com que seja também mais difícil de treinar. Em defesa desta raça podemos dizer que o Basset Fauve de Bretagne aprende facilmente num ambiente controlado, mas quando testado na rua ou em sítios com vários estímulos, o cão rapidamente se distrai e não liga às ordens do dono
Devido ao seu instinto apurado, são cães que se distraem facilmente quando captam rastros de outros animais. Por isso é aconselhável passeá-lo sempre de trela, pois pode fugir e perder-se facilmente.
O Basset Fauve de Bretagne necessita de exercício moderado, mas acompanha sem dificuldade o dono, caso este exija mais do cão.
Aparência Geral
O Basset Fauve de Bretagne é um de porte pequeno, medindo entre 32 e 38 cm, embora haja a tolerância de dois centímetros em exemplares excepcionais.
Esta raça é robusta e bastante rápida tendo em conta o seu tamanho. A cabeça é algo comprida com um stop marcado. O nariz é preto ou castanho escuro com narinas bem abertas. Os olhos são castanhos escuros com uma expressão viva. As orelhas são pendentes e pontiagudas, terminando pouco por baixo do maxilar.
O pescoço é curto e musculoso. O corpo bem constituído do Basset Fauve de Bretagne permite-lhe ter muita energia aliada a uma grande resistência. As pernas são musculosas, sobretudo as patas traseiras, mas permitem-lhe ter um andamento vivo. A cauda é de comprimento médio, grossa na base e afunilando até à ponta.
A pele desta raça é grossa o que juntamente com a pelagem áspera e curta permite ao Basset Fauve de Bretagne caçar em vários terrenos. Apesar de grossa, a pele não tem rugas. O pêlo não é lanoso nem encaracolado, mas tem um aspecto de despenteado. O focinho não deve contudo ser demasiado peludo.
As cores permitidas são o fulvo, desde o dourado ao vermelho tijolo. Alguns pêlos negros dispersos pelo dorso e orelhas são tolerados. Alguns exemplares apresentam uma estrela no peito, o que não é desejável.
Saúde
As doenças com maior incidência no Basset Fauve de Bretagne são o cancro, problemas cardíacos e renais.
Uma das causas mortais mais comuns nesta raça são os atropelamentos. Para isso muito contribui o instinto de seguir um rastro e o facto de andar sem trela na rua.